Mais de 20 associações industriais se reuniram para tentar combater a prorrogação antecipada da concessão da Comgás por mais 20 anos. Entidades como Abrace, que reúne grandes consumidores de energia, Abiquim (industria química) e Abrinq (fabricante de brinquedos) reclamam que o processo está sendo acelerado.
“É importante que a decisão seja tomada após um amplo debate, com tempo adequado para analisar tecnicamente as opções e suas consequências”, diz o grupo em uma carta.
O número de signatários do documento, que será enviado ao governo de SP, subiu de 4 para 23 na última semana. Entidades como Abit (indústria têxtil), Abividro e IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo) também aderiram ao pedido.
“Queremos maior concorrência na oferta de gás em São Paulo e não um monopólio”, afirma José Ricardo Roriz, presidente da Abiplast (indústria do plástico) que apoia o movimento.
A concessão da Comgás vence em 2029. Para aprovar a prorrogação, o governo de São Paulo incluiu no contrato investimentos de R$ 4,1 bilhões entre 2024 e 2029, período em que a concessionária teria que gastar apenas R$ 360 milhões pelo contrato atual.
A antecipação da concessão da Comgás será tema de uma audiência pública marcada para esta sexta (17) na Alesp pelos deputados estaduais Luiz Fernando (PT) e Dr. Jorge do Carmo (PT). Eles pretendem debater os benefícios da medida e opções à prorrogação.
A ideia é chamar algumas das entidades que pedem mais tempo para discutir, além do Ministério Público de SP, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do estado e outros órgãos.
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