Morreu na manhã desta quinta-feira (10) o astrônomo brasileiro João Steiner. Pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, ele tinha 70 anos.
Curioso e apaixonado pela ciência desde menino, Steiner fez graduação, mestrado e doutorado na própria USP, nos anos 1970, seguido por pós-doutorado no Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica. Foi presidente da Sociedade Astronômica Brasileira, tesoureiro e secretário geral da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, diretor do Laboratório Nacional de Astrofísica e diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP.
Professor titular da USP desde 1990, ele foi um dos grandes responsáveis pela participação brasileira nos observatórios Gemini e SOAR, bem como da entrada do Brasil, com apoio da FAPESP, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, no GMT, Giant Magellan Telescope, telescópio de próxima geração que deve ser inaugurado até o final desta década.
Como pesquisador, Steiner se especializou em núcleos ativos de galáxias. Sempre preocupado em levar a ciência ao público, tinha populares cursos online de astronomia e era um brilhante professor e cientista.
Steiner estava com a família, em Santa Catarina, quando foi vitimado por um infarto fulminante. Desmaiou, foi socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu. É uma grande perda para a ciência brasileira.
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