segunda-feira, 27 de abril de 2020

Nelson de Sá China corta tarifa e dispara compra de soja dos EUA, FSP

South China Morning Post diz que preço brasileiro ainda é competitivo, devido à desvalorização cambial

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Começou com sites americanos como Agri-Pulse festejando que a "China está comprando mais soja dos EUA", 198 mil toneladas na quarta e 272 mil na quinta, segundo o Departamento de Agricultura.
Dois analistas ligados aos exportadores americanos creditaram o resultado à isenção das tarifas por Pequim, que tornaram os preços competitivos em relação à soja brasileira. O salto nas compras chinesas vale também para a carne americana.
Na sexta, a Reuters noticiou que a "China compra soja dos EUA pelo terceiro dia seguido", agora 136 mil.
Citando duas fontes, a agência acrescentou que o plano chinês é comprar 10 milhões de toneladas de soja americana no ano de mercado 2019/20, o que foi confirmado pela Bloomberg, com a imagem acima, de colheita de soja em Illinois (EUA).
Mas a soja brasileira resiste, garante o South China Morning Post, do grupo chinês Alibaba. "Mesmo com a remoção da tarifa sobre os EUA", diz ao jornal a consultoria Grains Council, "os suprimentos brasileiros são ainda muito competitivos, especialmente dado o enfraquecimento cambial [do real] contra o dólar".
Ainda assim, domingo na Reuters, "Compra chinesa de soja brasileira caiu em março".

TRUMP SEGURA ATAQUE

O site Politico noticia, com chamada no Drudge Report, que os senadores republicanos candidatos à reeleição foram instruídos pelo comando do partido a "atacar a China".
Mas o New York Times informa que Trump discorda, por avaliar que é cedo para voltar com o "vírus chinês". O problema é que "novas pesquisas sinistras em Michigan, Pensilvânia e até Flórida deixam o partido temeroso de perder" não só a Presidência, mas o Senado.

'CAIXIN DESAFIA'

A revista dominical do francês Le Monde perfila o chinês Caixin, que manteve dois repórteres, fotógrafo e editor em Wuhan nos 77 dias de confinamento.
Foi a equipe que entrou no hospital (acima) e entrevistou em janeiro o médico Li Wenliang, que havia sido o primeiro a falar publicamente do coronavírus, sendo punido por isso, e morreria uma semana depois, infectado.
Nelson de Sá

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