Bolsonaro e filhos são sociopatas mudos diante da mortandade do coronavírus
Ninguém sabe como terminará, institucionalmente, o governo desnaturado de Jair Messias Bolsonaro. Para todos os outros efeitos, ele chegou ao fim da picada. Sobram os mortos da guerra contra fatos e leis da natureza, na esteira de uma epidemia de coronavírus descontrolada.
"Desnaturado", aqui, como sinônimo de cruel, perverso, desumano, depravado. E de desequilibrado, aquele que não recua de seus delírios nem quando põem em risco a própria sobrevivência, como demitir o ministro da Saúde no meio de uma pandemia e forçar a saída do titular da Justiça oito dias depois.
Enquanto fazia o pronunciamento de sexta-feira (24) sobre "a verdade" acerca da debandada ministerial, o mundo se aproximava de 3 milhões de portadores de Covid-19 e 200 mil mortos. No Brasil, já eram mais de 53 mil infectados e 3.670 os mortos com o que o presidente teve a indignidade de chamar de "gripezinha".
Confiando em enganadores do quilate do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), comparou-a com o surto de influenza H1N1 em 2009. Nessa outra pandemia, morreram 18 mil pessoas em 2009/10, no mundo todo. Em apenas 4 ou 5 meses, o CoV-2 matou dez vezes mais, e nem sinal de parar.
Bolsonaro e seus filhos são sociopatas, gente sem responsabilidade moral nem consciência. Pouco lhes importa que garimpeiros estejam levando o Sars-CoV-2 para terras indígenas, ou que o vírus tenha tirado a vida de Alvanei Xirixana, 15.
Bolsonaro e seus filhos são sociopatas, gente sem responsabilidade moral nem consciência. Pouco lhes importa que garimpeiros estejam levando o Sars-CoV-2 para terras indígenas, ou que o vírus tenha tirado a vida de Alvanei Xirixana, 15.
Pouco lhes importa que tenham morrido Naomi Munakata, Moraes Moreira e Rubem Fonseca, enterrados sem uma palavra de luto presidencial. Pouco se importarão se a Covid-19 levar Aldir Blanc.
Pouco lhes importa que o coronavírus inicie sua marcha macabra sobre prisões superlotadas, bairros pobres e abrigos de idosos. Pouco lhes importa que os hospitais de Manaus e Belém se encontrem em colapso e que essas cidades arrisquem repetir as cenas tétrica de Guayaquil, no Equador.
Pouco lhes importa que o coronavírus inicie sua marcha macabra sobre prisões superlotadas, bairros pobres e abrigos de idosos. Pouco lhes importa que os hospitais de Manaus e Belém se encontrem em colapso e que essas cidades arrisquem repetir as cenas tétrica de Guayaquil, no Equador.
Pouco lhes importa que o desmatamento esteja em disparada na Amazônia. Tampouco lhes importa que o sinistro ocupante da pasta do Meio Ambiente tenha anistiado, na calada da noite epidêmica, derrubadas ilegais em áreas de preservação permanente de mata atlântica que ajudam a regularizar recursos hídricos.
Natureza, índios, velhos, prisioneiros, médicos, enfermeiros "“que morram. O gabinete do ódio não é uma salinha do palácio do Planalto de onde o filho 02 comanda uma rede de robôs e boçalminions, mas o próprio coração do presidente.
Que outro governante se preocuparia, com uma epidemia a galopar, em suspender restrições para a importação de armas de fogo e a quantidade de projéteis que podem ser adquiridos no comércio? Ou em desfiar lamúrias sobre namoro não investigado do filho 04, no dia da maior crise de seu governo?
A cara de velório do ministro Nelson Teich durante o pronunciamento de Bolsonaro na sexta-feira diz tudo. Foi mais elucidador do que quando acacianamente explicou que, se a epidemia de Covid-19 exibir tendência de aumento, haverá mais casos a cada dia.
A pasta da Saúde é, no presente, a mais importante do governo federal. E o que há lá é um pau-mandado que tem a desfaçatez de anunciar ter dobrado de 23 milhões para 46 milhões os testes providenciados para detectar coronavírus ou anticorpos contra ele.
É uma besteira sem tamanho, mesmo que seja verdade. Nenhum país do mundo testou quase 1/5 de sua população, um despropósito. Mas nenhum país importante do mundo tem um presidente desnaturado como Bolsonaro.
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