quarta-feira, 11 de março de 2020

Ronaldinho entrou na maior fria de sua vida com os passaportes falsos do Paraguai, OESP

Robson Morelli
11 de março de 2020 | 16h06

Ronaldinho Gaúcho entrou numa fria, talvez a maior de sua vida. Ele e seu irmão não se deram conta de que pudessem ser presos e investigados como estão nesse momento em Assunção, capital do Paraguai. A família Assis Moreira desembarcou no vizinho sul-americano com a certeza de estar entrando em um país ainda “bagunçado” e condescendente a qualquer tipo de falcatrua. Só isso explica a ingenuidade de ambos em aceitar e participar abertamente de um esquema, que ainda não se sabe ao certo qual é, com passaportes e cédulas de identidades falsificadas, com fotos e assinaturas.
Sem pensar direito, Ronaldinho e Assis se envolveram em um esquema perigoso no Paraguai, que pode estar diretamente ligado à lavagem de dinheiro. Gente pesada e sem sobrenome. Não foram astutos o suficiente para imaginar que passaporte falso não é presente nem aqui nem na China nem no Paraguai. Logo Ronaldinho, um cidadão do mundo. E seu irmão, que sempre esteve ao seu lado. Eles se meteram com gente perigosa. A empresária Dalia López ainda estava nesta quarta-feira foragida. Ela é peça-chave para entender o caso. Não está foragida por acaso.
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Ronaldinho poderá ficar até seis meses na prisão, tempo que pode durar a investigação. Todo o seu dinheiro não será suficiente para tirá-lo da cadeia. Os promotores paraguaios fazem valer as leis do país, sua constituição e os direitos dos estrangeiros quando pegos em contravenções. No mínimo, falsidade ideológica. Quando percebeu o tamanho da encrenca, Ronaldinho e Assis logo tentaram embarcar de volta ao Brasil. Mas antes que isso acontecesse, foram presos.
Sua imagem, o caso e o desfecho dele podem mudar a cara desse Paraguai tido pelos vizinhos sul-americanos como país das facilidades e das impunidades. Ao que parece não é mais. Ou nunca foi.

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