quarta-feira, 15 de maio de 2024

Biden não quer que americanos comprem da China, The News

Obstáculo nada amigo. De olho em segurar o avanço da China na tecnologia, o governo Biden anunciou aumentou de várias tarifas sobre produtos chineses importados.

  • Veículos elétricos: De 25% para simplesmente 100%.

  • Placas de energia solar: De 25% para 50%.

  • Alguns aços e alumínios: De 7% para 25%.

  • Semicondutores: De 25% para 50% (a partir de 2025)

Para se ter uma ideia, todas essas mudanças devem gerar US$ 18 bilhões em prejuízo para a China.

🇺🇲🇨🇳 Por que a Casa Branca está com medo da China? A justificativa do governo é que essa medida foi necessária para proteger as indústrias americanas de “práticas comerciais injustas”.

Simplificando, os EUA não querem ser ultrapassados como potência mundial e ficar para trás na produção interna — principalmente quando o assunto é tecnologia.

Pense que, na prática, se os tributos sobre produtos chineses são maiores, o preço dele sobe para os consumidores americanos — aumentando a escolha pelos produtos nacionais.

Usando um exemplo com preços fictícios, se um BYD (chinês) custa US$ 20.000, ele será vendido a US$ 40.000, pois tem que pagar 100% em taxas. Logo, o americano que quer comprar um EV escolhe um Tesla (americano), que custa US$ 30.000. Pegou?

↔️ Por um lado, isso tende a estimular a economia local e gerar empregos no país. Por outro, isso pode dificultar o acesso a novas tecnologias, além de causar um aumento dos preços, pela menor concorrência.

A Vitória de Samotrácia e a liberdade feminina, Betty Milan , FSP

 Nasci em São Paulo. Mas foi em Paris que eu renasci e quis viver. O porquê disso está no meu livro, "Paris não acaba nunca": "Paris é uma cidade literária e todo escritor, de certo modo, é parisiense de nação, além de ser parrhisiense por sua relação com a palavra, porque parrhisia, em grego, significa liberdade de falar".

Escolhi Paris aos 20 anos, quando vi no Louvre a estátua alada da Vitória de Samotrácia, por ter enxergado nela uma mulher livre, tanto quanto eu podia ser na França, ao contrário do Brasil. Se eu sentasse num bar para escrever ou ler o jornal, em Paris, ninguém ousava me importunar.

Quem vai para lá não pode deixar de ver a Vitória de Samotrácia, que, na Grécia, ficava numa fonte e hoje está em destaque no alto de uma escadaria do museu. Paris exalta a figura feminina como nenhuma outra cidade.

A estátua também é conhecida como Nice de Samotrácia, porque representa Nice, a deusa grega da Vitória. Foi descoberta em pedaços, em 1863, nas ruínas de um santuário de Samotrácia. Fazia parte de uma fonte com a forma de proa de navio. Ao ler isso, a frase que me ocorreu foi "navegar é preciso, viver não". Uma frase imortalizada por Fernando Pessoa.

O escritor navega de diferentes maneiras e eu não nasci para ser sedentária. Não sei o que isso tem a ver com o fato de meus ancestrais serem imigrantes. A história da pessoa começa antes do nascimento e não acaba com a morte se ela não for esquecida. Digo isso no meu romance "A mãe eterna", escrito durante os últimos anos da minha mãe. Graças ao romance, ela continua comigo. Assim como Paris, sempre que eu não posso estar lá. Porque Paris propicia continuamente a beleza.

Visitantes observam a 'Vitória de Samotrácia', no Museu do Louvre - Gao Jing/Xinhua

Distribuição de dividendos foi cortina de fumaça na fritura de Prates, Raquel Landim ,OESP

 Foi uma fervura lenta, com um desfecho que chegou quando ninguém estava prestando atenção, tamanha a tragédia no Rio Grande do Sul.

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Não é segredo em Brasília que os ministros de Minas e EnergiaAlexandre Silveira, e da Casa CivilRui Costa, tentavam derrubar o presidente da PetrobrasJean Paul Prates.

E, não, a demissão de Prates não tem nada a ver com a distribuição dos dividendos extraordinários pela estatal, que foi finalmente realizada depois de um vai e vem.

Desde o início, o tema não passou de cortina de fumaça para enfraquecer Prates. Os reais interesses em jogo envolvem investimentos bilionários em gasodutos e construção de navios, entre outros.

Fontes do alto escalão do governo confirmaram à coluna que Silveira e Costa nunca cessaram de minar Prates e acabaram convencendo Lula a demiti-lo.

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 Silveira e Costa pressionaram pela demissão de Prates
Silveira e Costa pressionaram pela demissão de Prates Foto: Wagner Lopes/CC

O presidente chamou o agora ex-presidente da Petrobras ao Planalto e o comunicou da decisão, embora a versão oficial seja a de que Prates esteja pedindo o encerramento antecipado do seu mandato.

Ele chegou a ganhar alguma sobrevida graças à interferência de Fernando Haddad. O titular da Fazenda teve seus pleitos atendidos: ganhou uma cadeira no conselho de administração e conseguiu aprovar os dividendos, o que ajuda o Tesouro. Mas a pressão de Silveira e Costa era forte demais.

Lula quer alguém mais “nacionalista” no cargo, dizem fontes do governo e da Petrobras, para abraçar com fervor os investimentos que eram uma bandeira dos antigos governos petistas.

Até por isso, a escolha de Magda Chambriand para comandar a estatal. Ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no governo Dilma Rousseff, Magda fez sua carreira na área de exploração e produção de petróleo da Petrobras e tem ligações fortes com à ala da empresa que descobriu o pré-sal.

Segundo fontes da companhia, é também o mesmo grupo que acredita que a Lava Jato é resultado de uma infiltração da CIA para minar a Petrobras — teoria que já foi externada pelo próprio Lula.

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Quando o nome de Magda veio a público, os papeis da empresa nos Estados Unidos despencaram, porque os investidores desconfiam de uma forte mudança de rumos. Com Prates, a despeito do fim da paridade do preço internacional, as alterações foram pouco substanciais.

Nada disso, no entanto, surpreende. Na campanha eleitoral, Lula omitiu suas intenções mais heterodoxas na economia para ganhar o apoio dos eleitores de centro. Mas, sobre Petrobras, ele sempre foi transparente: a estatal para o PT é uma ferramenta de desenvolvimento e de poder. E nem mesmo a Lava Jato mudou essa crença.