quinta-feira, 22 de julho de 2021

FABRICIO BLOISI - Novas regras para novas relações de trabalho, FSP

 A discussão sobre o futuro do trabalho cai, muitas vezes, na improdutiva polarização que reconhece apenas dois caminhos. De um lado, o modelo tradicional de emprego, com controle e subordinação. Do outro, a ausência de qualquer regulação, pautada no imediatismo e na liberdade irrestrita.

Tirar os trabalhadores de plataformas digitais do limbo regulatório em que se encontram é o próximo passo que o Brasil precisa dar, com urgência, para garantir segurança, proteção social e ganhos mínimos aos 22 milhões de brasileiros que prestam serviços com a intermediação de aplicativos móveis.

São entregadores, motoristas, encanadores, designers e manicures, entre tantos outros profissionais que merecem nosso respeito e que carecem de uma regulação específica para ampará-los nesse novo modelo de relação de trabalho, fruto da nova economia.

O iFood está pronto e aberto para estabelecer um diálogo com o Legislativo, o Executivo, a academia, a sociedade civil organizada e, claro, os próprios trabalhadores de plataformas digitais e os aplicativos que se utilizam desses profissionais. Adoraríamos que outras empresas caminhassem juntas conosco para proteger essas pessoas.

Fabricio Bloisi, presidente do iFood
Fabricio Bloisi, presidente do iFood - Danilo Verpa/Folhapress

A ideia não é acabar com a legislação trabalhista existente, que tão bem tem servido a sociedade, mas abrir caminho para construir, coletivamente, um marco regulatório que não obrigue o trabalhador dessas plataformas a escolher entre ter mais benefícios e segurança na atividade ou ter menos flexibilidade e autonomia.

Como promotores dessa causa, que tem a garantia da dignidade do profissional como ponto de partida, defendemos que o conceito de segurança no novo modelo de trabalho ganhe amplitude inédita. Deve envolver o bem-estar físico, social e financeiro dos trabalhadores das plataformas. Na prática, falamos de prover acesso à seguridade social, seguro contra acidentes, vantagens em saúde e fundos de proteção em caso de doenças.

É preciso assegurar ganhos mínimos. A remuneração em plataformas digitais deve ser proporcional às horas trabalhadas e sempre acima do piso calculado na relação hora/salário mínimo vigente no país. Hoje no iFood, por exemplo, o ganho médio dos entregadores, por hora trabalhada, supera em até cinco vezes essa proporção.

Ouvir esses profissionais e garantir que tenham voz no diálogo com as empresas é imprescindível ao longo da construção da futura regulação e, sobretudo, nas próprias relações de trabalho. Portanto, é preciso prever transparência, facilidade de acesso às regras de uso e condições claras e objetivas.

A essa altura, você deve pensar no que querem os próprios trabalhadores. Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva, dois em cada três preferem um modelo mais flexível de trabalho ao registro em carteira. Por isso, para o iFood, liberdade de escolha, independência e autonomia são direitos que devem ser reconhecidos e valorizados. Não só para entregadores, mas para todos os trabalhadores de plataformas digitais.

Lançadas as bases da discussão, nos tornamos agora todos protagonistas dessa revolução. O novo mundo, em permanente construção, exige de nós agilidade para impulsionar a tão necessária transformação também no mundo do trabalho e em suas regras. Isso beneficiará não somente os trabalhadores e as plataformas. A sociedade e a economia como um todo também ganharão relações cada vez mais sustentáveis e dignas.

Regular o trabalho desses profissionais é uma questão de ganha-ganha-ganha. Ganham os trabalhadores, que passam a contar com seguridade mínima. Ganham as empresas, que passam a ter segurança jurídica para investir e inovar. E ganha a sociedade, com a inclusão de milhares de trabalhadores no sistema de seguridade social.

A hora de construir juntos é agora.

Briga por indicadores de inflação, deu no Jota

 A Depois de judicialização em primeira instância e do avanço de um projeto de lei sobre o assunto no Congresso, o PSD protocolou arguição de ordem constitucional, no Supremo Tribunal Federal (STF), para que seja determinada a aplicação do IPCA em qualquer reajuste de contratos de locação residencial e comercial. A ação também exige que sejam consideradas inconstitucionais as decisões judiciais que determinem a aplicação do IGP-M (ou IGP-DI), mesmo quando prevista contratualmente.


No mérito da ação, o partido requer que esse entendimento seja aplicado sem limitação temporal. O partido aponta que enquanto o IGP-M acumulou alta de 32% em 12 meses, calculado até abril de 2021, o IPCA teve alta de 5,20% no mesmo período.

O relator da ADPF 869 é o ministro Alexandre de Moraes. Como o ministro está trabalhando no recesso, caberá a ele avaliar o pedido de liminar. O tema também está em debate no Câmara dos Deputados com o PL 1026/2021. O projeto já tem parecer do relator, teve urgência aprovada e será votado direto em plenário.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

SP avança em vacinação e tem menor média do ano de internações por COVID-19, Site do governo de SP

 O Vice-Governador Rodrigo Garcia anunciou nesta quarta-feira (21) que a média de internações no estado de São Paulo por COVID-19 nos últimos sete dias é a menor já registrado em 2021. Entre os dias 15 e 21 de julho, a média de hospitalizações ficou em 1.403, refletindo diretamente o impacto positivo da imunização para evitar casos graves da doença.

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“O número de novas internações do coronavírus registradas nos últimos sete dias foi o menor registrado neste ano. Isso é reflexo do avanço da vacinação aqui no estado de São Paulo”, afirmou o Vice-Governador. “A [relação de] causa e efeito da vacinação está demonstrada claramente no nosso estado com essa queda”, acrescentou Garcia.

São Paulo iniciou a campanha de imunização em todo o Brasil no dia 17 de janeiro, com vacinas produzidas e fornecidas a todo o país pelo Instituto Butantan. Agora, as internações na última semana epidemiológica caíram 10% em relação ao período com a menor média de hospitalizações até então, verificada em 9 de janeiro, com 1.560 registros de novas internações no estado.

Neste mês, São Paulo se tornou o primeiro estado brasileiro a vacinar mais de 50% da população com ao menos uma dose de imunizantes contra o coronavírus. Até as 13h25 desta quarta, eram 25.105.528 pessoas protegidas com pelo menos uma dose, o equivalente a 54,24% dos habitantes do estado.

Outras 8.660.649 pessoas estão com o esquema vacinal completo com duas doses dos imunizantes do Butantan, Fiocruz ou Pfizer ou ainda a aplicação única da vacina fornecida pela Janssen. Desta forma, 18,71% da população de São Paulo já completou o ciclo de imunização contra a COVID-19.

A redução consistente do número de internações permite que os serviços de saúde comecem a retomar atividades que foram prejudicadas pela pandemia, como realização de cirurgias eletivas e ampliação do atendimento a pacientes com doenças graves. Assim, quanto mais rápido o cronograma da vacinação, menor será a pressão sobre a capacidade hospitalar em São Paulo.

“No dia 1º de abril, quando tivemos o pico da segunda onda, estávamos com 13.150 pacientes internados. São 50% a menos de pacientes internados nas UTIs. E o que chama atenção também é a queda na enfermaria, com 6.437”, afirmou o Secretário de Saúde Jean Gorinchteyn. “Isso é claramente relacionado com a vacinação. Estamos vacinando e impactando na mortalidade e nas internações.”

Indicadores diários

De acordo com levantamento desta quarta da Secretaria da Saúde, a taxa de ocupação de em UTIs por COVID-19 é de 60,19% no estado e de 55,65% na Grande São Paulo. Os leitos ocupados por pacientes graves somam 6.920, ante 7.194 na véspera. Já as hospitalizações em enfermaria registram 6.437 pacientes com sintomas moderados da doença, ante 6.684 do dia anterior.

Ao longo de toda a pandemia, o estado de São Paulo registrou 3.966.009 casos de COVID-19, com 135.973 mortes. Os casos recuperados marcam 3.643.435 até o momento, além de 418.131 altas hospitalares. A apresentação detalhada está disponível no link https://issuu.com/governosp/docs/apresentac_a_o_-_sau_de-1 .

Prevenção

Apesar do impacto positivo da vacinação, as autoridades de saúde do Estado reforçam que toda a sociedade deve continuar mobilizada em ações preventivas que comprovadamente reduzem o contágio pelo coronavírus. O uso de máscaras, higienização das mãos e o distanciamento social são as formas mais eficazes para frear a pandemia até que campanha de vacinação seja concluída.

“Nós estamos caminhando com bastante cautela e segurança. Por exemplo, nós não pensamos neste momento na retirada das máscaras. Nos países com recrudescência de casos, principalmente pela variante delta, as medidas de segurança e distanciamento foram suspensas e alguns estão tendo que voltar atrás para aumentar a proteção da população”, reforçou Paulo Menezes, Coordenador do Centro de Contingência da COVID-19.