A venda de veículos novos subiu 5,5% em março deste ano ante março do ano passado, para 189.143 unidades, informou a Fenabrave, associação que representa as concessionárias. O resultado interrompe uma sequência de 26 meses em que as vendas só caíram na comparação entre um mês e seu respectivo do ano anterior.
Em relação a fevereiro, houve alta de 39,4%, avanço impulsionado pelo maior número de dias úteis em março - cinco a mais. No primeiro trimestre, no entanto, o mercado ainda enfrenta queda, de 1,9%, para 472.004 unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Nos segmentos de automóveis e comerciais leves, juntos, os emplacamentos somaram 183.850 unidades no terceiro mês do ano, expansão de 6,1% ante março de 2016. Sobre as vendas de fevereiro, o crescimento é de 38,8%. E no acumulado do primeiro trimestre, ainda contaminado pelas baixas de janeiro e fevereiro, o mercado tem retração de 1,1%, para 459.806 unidades.
Entre os caminhões, a venda atingiu 4.124 unidades em março, tombo de 14,4% em relação ao março de 2016, mas alta de 57,9% ante fevereiro. No acumulado do ano, a queda é de 25,5%. No caso dos ônibus, foram 1.169 unidades vendidas em março, baixa de 2,5% em comparação com igual mês de 2016, mas avanço de 80,6% em relação a fevereiro. O recuo de janeiro a março é de 24,5%.
A expectativa da Fenabrave para o ano inteiro, considerando todos os segmentos, é de expansão de 2,42% em relação a 2016. No ano passado, as vendas alcançaram 2,05 milhões de unidades.
Vendas para empresas. O crescimento do mercado de veículos novos em março só foi possível porque as montadoras elevaram suas vendas para clientes pessoa jurídica, como locadoras, produtores rurais e frotistas em geral. Isso significa que a demanda do consumidor pessoa física, também conhecido como cliente varejo, continua em queda.
Segundo a Fenabrave, as vendas registradas em março, considerando todos os segmentos, alcançaram 189,1 mil unidades, avanço de 5,5% ante igual mês de 2016. No entanto, em conta que soma apenas as unidades vendidas para o consumidor comum, houve queda de 7,1%, para 118 mil unidades, de acordo com levantamento obtido pelo Broadcast junto ao setor. Enquanto isso, as vendas para empresas subiram 36,2%, para 71,2 mil unidades.
Como resultado, a participação do cliente pessoa jurídica no mercado total subiu para 37,4% em março deste ano, de 29,2% em março do ano passado. A proporção do consumidor pessoa física, por sua vez, caiu de 70,8% para 62,6%.
No encerramento do primeiro trimestre, as vendas totais somaram 472 mil unidades, retração de 1,9% em comparação com igual intervalo de 2016. Entre os clientes pessoa física, os emplacamentos caíram 12,2%, para 310,2 mil veículos. Por outro lado, entre os que são pessoa jurídica, houve expansão de 26,5%, para 161,8 mil. A participação do consumidor comum, portanto, caiu de 73,4% para 65,7%, enquanto a das empresas subiu de 26,6% para 34,3%.
Segundo avaliação de parte do mercado, o crescimento das vendas entre empresas é resultado de uma política mais agressiva de preços por parte das montadoras, que oferecem desconto para eliminar estoque. O nível de veículos encalhados nos pátios das montadoras e das concessionárias, segundo a Anfavea, subiu em fevereiro para 205,5 mil unidades, de 187,7 mil em janeiro. O número de dias necessários para eliminar o estoque também avançou, de 39 dias em janeiro para 42 dias em fevereiro.
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