O lançamento foi feito pelo presidente do Parlamento paulista, deputado Carlão Pignatari; junto ao primeiro secretário da Casa, deputado Luiz Fernando; e demais parlamentares.
Na ocasião, a Assembleia Legislativa também assinou a adesão ao Acordo Ambiental de São Paulo, firmado na COP 21 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), de Paris. Com isso, o Parlamento paulista passará a integrar a comunidade de lideranças a favor da preservação ambiental e combate às mudanças climáticas. Participaram da cerimônia de assinatura o secretário de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, e a presidente da Cetesb, Patrícia Faga Iglecias Lemos.
O presidente do parlamento, deputado Carlão Pignatari, classificou o programa como emblemático e destacou a importância da participação da Assembleia Legislativa em ações voltadas ao desenvolvimento sustentável. "Hoje é um dia muito especial para essa Casa Legislativa. Estamos tomando atitudes efetivas para neutralizar a emissão de gás carbônico e reduzir o consumo de água e papel aqui no Legislativo. São medidas que vão favorecer os recursos naturais e além de ajudar o meio ambiente e defender a vida da população, essas medidas ainda vão possibilitar a economia de dinheiro público", disse.
O deputado Luiz Fernando, primeiro secretário da Casa, destacou a série de ações do Legislativo em prol do meio ambiente e da população, em especial no momento de pandemia. "Essa Casa produziu muitas leis, realizou ações importantes e necessárias. Num momento de muita tristeza, esse Parlamento resolveu cortar na carne. Todos os deputados abriram mão de 30% do salário e 40% da verba de gabinete. A Casa tem feito a diferença num momento importante. O presidente Carlão vem trazendo junto à Mesa Diretora importantes ações de desenvolvimento sustentável", falou.
Ações
Com o projeto Carbono Zero, a Alesp vai plantar 20 mil árvores e neutralizar a emissão total de carbono de três anos -2020, 2021 e 2022. Um levantamento feito com parlamentares, servidores e visitantes apontou a emissão de 1,7 mil toneladas de gás poluente na atmosfera no deslocamento das pessoas e o tipo de transporte utilizado até a Alesp.
Na parte da água, a Assembleia de São Paulo contratou um serviço para avaliar toda a estrutura hidráulica do Palácio 9 de Julho, sede do Legislativo paulista, para propor mudanças visando a redução do consumo. O trabalho prevê ainda um projeto para implantação de sistema de utilização de água da chuva, com captação, armazenamento e distribuição.
Para a energia solar, um projeto vai indicar as possibilidades de instalação de painéis fotovoltaicos para geração de eletricidade. Somente a laje do prédio do Legislativo paulista conta com uma área de 3 mil metros quadrados. A Alesp usaria a energia solar para consumo próprio, por meio da fonte alternativa eficiente, renovável e não poluente.
Todas essas ações gerarão economia de recursos públicos, podendo reverter os valores em mais ações diretas para a sociedade. Só para se ter uma ideia, atualmente a Alesp gasta mais de R$ 1,5 milhão por ano com energia elétrica. Com a energia solar, a expectativa é reduzir esse custo em até 90%.
Outra meta da Alesp é eliminar, até o final de 2022, o uso do papel. Para isso, foram feitos parcerias e investimentos em softwares de gestão para eliminação do papel na atividade legislativa. Além disso, o Parlamento paulista trocou sua frota antiga de veículos por locação de carros novos que emitem menos poluente. Diversas campanhas internas, de redução de consumo de água e energia, e impressão, também estão em prática.
Para o secretário de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, a Alesp, junto aos poderes públicos municipais, tem extrema importância na difusão de ações sustentáveis. Ele enalteceu ainda a série de medidas realizadas pelos deputados estaduais.
"Cabe aos gestores públicos darem o exemplo. A presença dos Estados é fundamental para mostrar esse compromisso. Aqui nessa Assembleia Legislativa, que é a Casa do Povo, esse projeto é perfeito, é o exemplo do que é possível ser feito. O Legislativo cumpre seu papel de trabalhar em prol da população. Esse exemplo da Alesp tem de passar para as câmaras municipais e prefeituras. Se todas essas partes cooperarem na neutralização dos carbonos, esse exemplo começa a permear e ser seguido", falou.
Patrícia Faga Iglecias Lemos, presidente da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), também destacou a importância da adesão em acordos por desenvolvimento sustentável por parte dos poderes públicos Estaduais e Municipais, e enfatizou o pioneirismo de São Paulo nessas ações.
"Não avançaremos na questão climática sem apoio dos Estados, e essa é a visão que o Estado de São Paulo tem, mantendo o protagonismo, sendo um Estado pioneiro. Temos a alegria de celebrar o início do programa aqui na Alesp e assinatura do acordo ambiental. Coloco a Cetesb sempre à disposição dessa Casa. É um trabalho conjunto que deve acontecer nas diversas esferas do poder, e é o nosso principal programa para avançar em prol da sustentabilidade", afirmou.
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