Conquistando cada vez mais espaço e sem histórico de envolvimento em polêmicas do governo de Jair Bolsonaro, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, foi o entrevistado do programa Conversa com Bial, da Rede Globo, na madrugada desta segunda (21) para terça-feira (22).
No bate-papo com o experiente apresentador, o ministro disse que sua meta mais ambiciosa é entregar ao Brasil a Ferrogrão, corredor ferroviário que ligaria as regiões produtoras de grãos do Centro Oeste aos portos do Arco Norte. Os estudos referentes ao projeto, classificado como Ferrovia EF-170 - MT/PA junto ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), estão sendo elaborados pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL).
O trecho ferroviário poderá cumprir, de acordo com o PPI, um papel estruturante para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do estado do Mato Grosso, prevendo-se ainda o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo.
O Arco Norte é a melhor porta de saída para o mercado consumidor asiático e europeu. O potencial de redução de custos [com fretes] é enorme. Demanda nunca vai faltar. Mato Grosso hoje produz 65 milhões de toneladas e tem condição de produzir 120 milhões de toneladas até 2028. O que a gente fizer de infraestrutura vai ser pouco.
Para a modelagem da concessão da Ferrogrão está sendo adotado o modelo vertical de exploração da ferrovia, no qual uma única empresa é responsável pela gestão da infraestrutura e prestação do serviço de transporte. O prazo de concessão previsto é de 65 anos. Na concessão não há a perda da propriedade do ativo, continua sendo do Estado. Vai explorar por determinado período de tempo e vai devolver o equipamento ao Estado. Na privatização a gente transfere a propriedade, explicou o ministro ao apresentador.
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