segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Governo de SP fecha acordo para elevar de 14% para 40% esgoto tratado pela Sabesp em Guarulhos, G1

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), assinou nesta segunda-feira (23) um acordo de cooperação com a Prefeitura de Guarulhos para que a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) eleve de 14% para 40% o tratamento de esgoto da cidade. O investimento, compartilhado entre governo do estado e as prefeituras da capital e de Guarulhos, é de R$ 1,7 bilhão.
No ranking nacional do Instituto Trata Brasil, Guarulhos, a segunda maior cidade do estado, ficou na 81ª posição entre os 100 municípios analisados. O município trata menos de 20% do esgoto e despeja o restante no Rio Tietê. A cidade tem estação de tratamento de esgoto. A primeira foi inaugurada 9 anos atrás, mas a maior parte dos imóveis não foi conectado à rede.
O acordo prevê ainda, pelo serviço, a redução da dívida de R$ 3 bilhões que Guarulhos possui com o governo estado, disse Doria. O objetivo é impedir que o esgoto de Guarulhos desague totalmente no Rio Tietê, já que a cidade é a maior poluidora do rio por meio de dejetos domésticos, conforme o prefeito de Guarulhos, Gustavo Costa, conhecido como Guti.
"Nossa meta é a despoluição do rio Tietê em 10 anos. Seria absolutamente impossível despoluir o rio Tietê se não tivéssemos começando agora o programa de tratamento do esgoto", disse Doria.
Segundo Guti, até então, Guarulhos tratava apenas 2% do seu esgoto, e "conseguimos elevar isso para 14% atualmente". A meta inicial é elevar até o fim de 2020 para 40% o tratamento, salientou o presidente da Sabesp, Benedito Braga.
Doria ressaltou que, desde um acordo inicial realizado no início de 2019, houve a regularização da entrega de água na cidade. "Temos 1,4 milhão de moradores em Guarulhos que faziam rodízio de água, passavam até 30 horas sem água. Isso não existe mais, a situação foi resolvida. Não existe mais rodízio de água em Guarulhos", afirmou.

Privatização

O governador salientou que, por enquanto, não há planos para a privatização da Sabesp, como havia defendido no início da gestão, já que demanda autorização da Assembleia Legislativa, o que ainda não ocorreu.
"Dentro do que a legislação permite, atualmente, vamos nos ater ao que a legislação permite, que é a capitalização da Sabesp", disse Doria.

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