A Estrella Galicia é uma das principais marcas de cerveja da Espanha. O rótulo faz parte da Hijos de Rivera, que também é dona da 1906 —que recebe o ano devido ao ano de abertura da empresa. A companhia centenária continua com o capital fechado, sob domínio da família Rivera, e está com forte empenho em modernização.
Para atingir esse objetivo, uma das estratégias está voltada para o ecossistema empreendedor, mais precisamente o de startups. A empresa traz para o Brasil o programa TheHop, que acelera esse tipo de negócio inovador e escalável.
A ideia é selecionar startups nacionais que tenham relação com a cadeia de valor da cervejaria e suas diversas áreas —que vai da produção da cevada à entrega do produto final ao consumidor. As inscrições podem ser feitas a partir desta segunda (2) e ficam abertas até 30 de setembro no site thehopbrazil.xyz.
A fase final deve contar com 15 finalistas que vão se apresentar em 15 de outubro. Por esta peneira, vão passar os cinco selecionados para receber mentoria e treinamentos com executivos da Hijos de Rivera —tanto no Brasil quanto na Espanha, aonde irão para uma imersão por uma semana.
O diretor-geral da Estrella Galicia no Brasil, Juan Paz, destaca que propostas de tecnológicas ligadas a inteligência articial, big data e internet das coisas estão entre os pontos buscados pela cervejaria espanhola. “A Estrella quer cocriar com essas startups. Está no nosso plano de transformação digital”, afirma ele, que cita também buscar soluções para ecommerce, pontos de venda e logística, por exemplo.
Esta será a primeira edição do TheHop no país, mas a segunda do programa, que teve início em 2018 na Espanha.
Foram 423 startups inscritas no processo europeu, com 18 finalistas. Seis chegaram à fase de aceleração. Entre elas a paulistana Flexsas, que desenvolveu uma espécie de Airbnb para armazéns e centros de distribuição, explica Paz. A solução basicamente reduz custos para a construção de vários centros pela empresa e faz com que quem já tenha um armazém com espaço ocioso alugue para outras companhias.
“Estamos trabalhando com eles para uma solução real”, ressalta Juan Paz.
O Brasil é o segundo principal mercado para a companhia, que não abre os números. Juan Paz cita alguns desafios em relação à terra natal: “A complexidade própria do mercado brasileiro atrelada à parte tributária e logística.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário