Sylvia Colombo
BOGOTÁ
O presidente paraguaio, Horacio Cartes, poderá ter de permanecer no cargo até o final, em 15 de agosto, uma vez que o Senado não reuniu o quorum suficiente para votar a aceitação ou a rejeição de sua renúncia.
O presidente do Congresso, o ex-presidente Fernando Lugo, seu principal adversário político, disse que uma nova sessão tem de ser pedida pelo presidente. “Cumpriremos as formalidades de convocar o Congresso tantas vezes quanto forem necessárias”.
Porém, acrescentou que seu partido, o esquerdista Frente Guasu, que ele lidera, tem a intenção de não dar quorum —a fim de que a renúncia não seja aceita.
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A sessão, iniciada na manhã desta quarta-feira (30), teve quorum entre os deputados, com a presença de 50 dos 80 parlamentares, mas não no Senado, onde apareceram apenas 13 dos 45 senadores. Segundo a lei, é necessária a aprovação em ambas as casas. Desta forma, a sessão foi cancelada.
A intenção de Cartes é a de assumir como senador eleito em 1º de julho, e assim ficar com um cargo em que teria mais peso político do que como senador vitalício, posto honorário sem muita autonomia que se outorga a todo ex-presidente. Seu mandato como senador eleito iria até 2023, o que reforçaria a bancada do Partido Colorado.
"Estivemos juntos nas eleições e devemos estar juntos agora. Prestarei juramento como senador quando os colorados votarmos juntos", afirmou nas redes sociais Cartes, dando a entender que pedirá uma nova sessão.
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