quinta-feira, 21 de julho de 2016

Usina de reciclagem de material da construção civil inicia obras da sua sede e unidade de operações em Valinhos



Projeto da Serello Ambiental otimiza custos e viabiliza a cadeia de reciclagem de materiais da construção civil no município, proporcionando alternativa viável às cidades da RMC
 
A empresa Serello Ambiental lançou nesta quinta-feira, 21 de julho, a pedra fundamental da usina de reciclagem que implantará em Valinhos. A unidade de reciclagem de resíduos sólidos da construção civil atenderá toda a Região Metropolitana de Campinas. O projeto proporcionará a Valinhos, Vinhedo, Louveira e parte de Campinas um destino mais próximo ao descarte de entulho, que atualmente é enviado para outras unidades recicladoras como Hortolândia, Americana, Várzea Paulista e até mesmo para aterros sanitários em Paulínia. A construção da usina qualifica Valinhos e amplia o acesso às cidades vizinhas para a certificação Município VerdeAzul.

Serão investidos R$ 11,8 milhões na construção da planta, que deverá empregar aproximadamente 14 pessoas. O projeto é apoiado pela Investe São Paulo, agência de promoção de investimentos ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo.

“A gestão responsável de resíduos sólidos é uma das prioridades do governo paulista, que se orgulha de uma política de incentivo à reciclagem moderna e rigorosa”, explica o presidente da Agência, Juan Quirós.

A usina terá capacidade para receber de 100 a 200 caçambas por dia que correspondem a 500 metros cúbicos de entulho, podendo chegar até 1.000 por dia. Os materiais gerados pela planta de produção como pedrisco, pedras de classificação 1 e 2, rachão, areia e bica corrida serão reinseridos na cadeia da construção civil. Desta forma, poderão ser usados, por exemplo, em drenos, base e sub-base de pavimentação, aterramento de valas, aplicações em alvenaria, muros, calçadas, pisos, valetas e fabricação de artefatos cerâmicos e de concreto como tijolos, blocos entre outros. A planta produzirá ainda cavaco de madeira para utilização como biomassa.

“A região toda irá se beneficiar com a instalação dessa nova tecnologia, que aumentará a eficiência de vários processos, colaborando com o desenvolvimento sustentável da nossa cidade. Valinhos mais uma vez foi escolhida devido ao apoio do desenvolvimento econômico e industrial oferecido e pela localização privilegiada”, comemorou o prefeito Clayton Machado.

"Há uma necessidade crescente de gerir corretamente os resíduos da construção civil. Nossa expectativa é diminuir os custos de destinação e frete deste resíduo que pode ser reciclado integralmente, retornando ainda ao mercado como um material para consumo de alta qualidade", afirmou o diretor da empresa, Pedro Serapião.

"Trabalhando com excelência operacional e respeito ao meio ambiente, a Serello Ambiental se orgulha de fazer parte do desenvolvimento sustentável de Valinhos", comentou o diretor Rafael Cossiello.

Sobre a Serello Ambiental
A Serello Ambiental foi criada em 2014 por Pedro Henrique Serapião e Rafael Di Falco Cossiello. Serapião é engenheiro mecânico e já trabalhou em empresas como Parker, Camozzi, MWV Rigesa e Grupo Ecotech ao longo de 12 anos. Já Cossiello é bacharel, mestre e doutor em química pela Unicamp, tendo atuado em empresas como Natura, Oxiteno e Braskem ao longo de 8 anos.

Sobre a Investe SP
A Investe São Paulo - Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade é a porta de entrada das empresas que pretendem se instalar no Estado ou expandir seus empreendimentos.

A Agência fornece, gratuitamente, informações estratégicas que ajudam os investidores a encontrar os melhores locais para seus negócios, prestando assessoria ambiental, tributária e de infraestrutura, facilitando o relacionamento das empresas com instituições governamentais e concessionárias de serviços públicos.

Estão ainda entre as atribuições da Investe SP prospectar novos negócios, recepcionar delegações estrangeiras, promover a imagem de São Paulo no Brasil e no exterior como principal destino de empresas na América Latina e propor ao Governo do Estado políticas que contribuam para a melhoria da competitividade de São Paulo.

Agora, a Agência tem novas e importantes atribuições: o incentivo às exportações dos produtos paulistas, o gerenciamento de parques tecnológicos e apoio às pequenas e médias empresas.

Para mais informações, acesse www.investe.sp.gov.br.

 
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Capacidade de produção ociosa freia investimento, OESP



RENÉE PEREIRA, LUIZ GUILHERME GERBELLI - O ESTADO DE S.PAULO
02 Julho 2016 | 05h 00 - Atualizado: 02 Julho 2016 | 05h 00

Dados mostram que indústria trabalha com 64% da capacidade e, sem necessidade de novos projetos, recuperação será mais lenta

Os investimentos do setor produtivo ainda vão demorar algum tempo para sair do papel, mesmo se a economia brasileira reagir nos próximos meses. Atualmente, com mais de um terço da capacidade produtiva ociosa, as empresas conseguem facilmente atender a um aumento de demanda sem a necessidade de ampliar a produção. Em resumo, isso significa que a saída da crise será mais lenta e dolorosa.
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Os novos projetos, como a construção de fábricas, só devem ser desengavetados em pelo menos dois anos. Os números da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que, neste ano, as empresas trabalham com o uso da capacidade instalada de 64%. É o menor índice da série histórica iniciada em 2001. A lista de setores mais prejudicados pela queda na demanda é liderada por veículos automotores, equipamentos de transportes, químico e máquinas e equipamentos.
“Num cenário com ociosidade tão grande, é difícil pensar em recuperação dos investimentos. No ciclo de retomada, primeiro as empresas usam a capacidade instalada e depois, se houver melhora no cenário e nas expectativas, pensam em ampliar a produção”, afirma o economista da CNI, Marcelo Azevedo. Segundo ele, no entanto, as projeções futuras não são nada animadoras uma vez que as incertezas políticas e econômicas devem continuar a turvar a confiança dos empresários.
A Sondagem de Investimento, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), vai na mesma direção. No levantamento do segundo trimestre, apenas 16,2% das empresas planejavam aumentar os investimentos. Segundo o levantamento, 69,1% das companhias encontram limitações para realizar novos projetos.
As principais dificuldades apontadas pelos empresários são incerteza com relação à demanda, limitação de recursos e carga tributária elevada. “O fator incerteza está sendo muito relevante, podendo levar a revisões de planos das empresas com mais frequência do que ocorria no passado”, diz Aloisio Campelo, superintendente adjunto de ciclos econômicos do Ibre/FGV.
Recuo. Com a demanda enfraquecida e a confiança em baixa, a taxa de investimento do País, que já é menor quando comparada a de outros concorrentes, recuou uma década. Dados da Tendências Consultoria Integrada mostram que, em 2016, a formação bruta de capital fixo recuou para 16,9% do PIB, bem abaixo dos 20,9% de 2013, uma das maiores taxas que o País já teve nos últimos anos.
Considerada fundamental para a retomada consistente do crescimento econômico, a taxa de investimento não deve ter grandes avanços nos próximos anos. Na melhor das hipóteses, o Brasil retomaria o nível de 2013 em 2019, afirma o economista da Tendências, Rafael Bacciotti. Segundo ele, no entanto, a consultoria trabalha com um cenário básico de recuperação apenas em 2025.
Sem caixa. Outro efeito da elevada ociosidade é a piora da saúde financeira das empresas. Com caixa debilitado, sem crédito e endividadas, muitas empresas estão sem dinheiro até para o capital de giro, o que afasta a possibilidade de novos investimentos. “Nos últimos anos, houve um período muito difícil do ponto de vista da rentabilidade das empresas”, diz Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). “Isso prejudica a recuperação econômica por meio da retomada de investimentos.”
Uma das consequências dessa fragilidade das empresas pode se refletir na redução de mercado. Com faturamento menor, as companhias afetadas pela crise podem perder competitividade e, consequentemente, ser superadas por concorrentes, segundo José Ricardo Roriz, diretor do Departamento de Competitividade da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O setor cerâmica, por exemplo, deve perder o posto de segundo maior produtor mundial para a Índia neste ano. As empresas, afetadas pela retração do mercado imobiliário e varejo de construção, operam com 70% da capacidade instalada.
O superintendente da Anfacer, associação do setor, Antonio Carlos Kieling, afirma que, com sorte, o setor só vai cair 7% neste ano. “Com taxa de crescimento médio de 5% ao ano desde 2010, as empresas investiram pesado em novas linhas de produção. O resultado é que agora temos fábricas que ficaram prontas em 2015 e estão fechadas por falta de demanda.”
Situação delicada também vem enfrentando o setor de máquinas e equipamentos. Com a paralisia dos investimentos, a produção caiu em média 20%. Mas em algumas áreas a atividade despencou 50%, como o de empresas que forneciam para a Petrobrás. “Mesmo que as coisas entrem nos eixos em Brasília, não prevejo nenhuma melhora sensível até 2018”, afirma o diretor de competitividade da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mario Bernardini.



Pós-Copa, hotéis demitem, fecham e viram até clínica médica, FSP


MARCELO TOLEDO
DE RIBEIRÃO PRETO
03/07/2016  02h00
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Em Salvador, 12 hotéis já foram fechados, e 16 mil pessoas, demitidas no setor hoteleiro como um todo. Em Belo Horizonte e em Cuiabá, nem metade dos leitos é ocupada. Após dois anos, o legado da Copa do Mundo na hotelaria é marcado por ociosidade, falências e demissões.
Para tentar reduzir o impacto da ociosidade, hotéis têm tentado abrigar eventos, seminários, alugado salões para festas e fomentado restaurantes. Um deles, em Cuiabá, será transformado em clínica médica.
Em Manaus, o setor hoteleiro obteve isenção do ICMS de energia elétrica.
Prevendo demanda excessiva para o Mundial, capitais elevaram muito a oferta de quartos. Como resultado, a taxa de ocupação sustentável –superior a 60%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis– está longe de ser alcançada.
REFLUXO GERAL
Há problemas em Belo Horizonte, Cuiabá, Manaus e Recife, mas a situação mais dramática é a de Salvador, que tem mais de 40 mil leitos e taxa de ocupação de 53%.
A crise não poupou nem o hotel Pestana Bahia, ícone do setor, que neste ano encerrou uma trajetória de 36 anos.
"De legado da Copa, só ficou a Fonte Nova, além de dívidas", diz Glicério Lemos, presidente da associação de hotéis no Estado.
Após uma lei que incentivou o surgimento de hotéis, Belo Horizonte também vive superoferta de quartos –de 8.700 para 14 mil–, com taxa de ocupação de 48%. Sem os novos leitos, seria de 77%.
A diária média caiu a valores abaixo dos de 2010, diz Patrícia Coutinho, 38, presidente da ABIH-Minas e diretora da associação nacional.
Já em Cuiabá, dois hotéis fecharam e outros três devem parar, segundo Bruno Delcaro, novo presidente da associação dos hotéis do Estado. Para a Copa, 5.000 novos quartos surgiram e foram somados aos 7.000 já existentes. São 80 hotéis, dos quais 12 novos para o Mundial.
RISCO OLÍMPICO
No Rio de Janeiro, a preocupação é com a superoferta após os Jogos Olímpicos, que começam em 5 de agosto.
Segundo a RioNegócios, agência municipal de fomento, a capital chegou a 267 hotéis, com 33,4 mil quartos, no mês de maio. Em 2010, eram 19.800. Com albergues, motéis e flats, são 58 mil quartos disponíveis, segundo a associação dos hotéis.
Assim como ocorreu na capital mineira, o Rio ofereceu incentivos fiscais ao setor, o que fez o total de quartos deslanchar. "O crescimento foi meteórico. Sobreviver [depois] é lei de mercado", afirmou Alfredo Lopes, presidente da ABIH-RJ.

Ele espera que a vinda de grupos estrangeiros, porém, ajude a estabilizar o setor.