terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Logística reversa traz geração de renda e protege o meio ambiente, portal alesp

Da Redação: Monica Ferrero Fotos: Bruna Sampaio


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Marcos Neves, ao centro, e integrantes da mesa debatem projeto de lei sobre reciclagem de óleo
Projeto de Lei 154/2014, que trata do estabelecimento da logística reversa para fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de óleos e gorduras de origem vegetal ou animal, foi debatido nesta segunda-feira, 30/11, em audiência pública, a pedido de Marcos Neves (PV). Segundo o parlamentar, a reciclagem do óleo usado é importante para o meio ambiente, pois seu descarte inadequado é extremamente poluente: um litro de óleo pode contaminar 20 mil litros de água.

Neves lembrou ainda que o PL 154/2014, de autoria do ex-deputado José Bittencourt, recebeu um substitutivo do deputado Chico Sardelli (PV), e está em exame nas comissões temáticas da Assembleia. A realização da audiência visa debater com especialistas do setor de reciclagem propostas para aprimorar o projeto antes de sua votação, que ele disse esperar ser o mais breve possível.

A presidente e fundadora da Associação Brasileira de Sensibilização, Coleta e Reciclagem de Resíduos de Óleo Comestível (Ecóleo), Célia Marcondes, lembrou que a reciclagem de óleo gera trabalho e renda, além da proteção das águas. Ela apresentou a Ecóleo, que começou no bairro de Cerqueira César, na capital paulista, em 2007, coletando óleo de cozinha usado nos condomínios da região, e hoje tem pontos de coleta espalhados por todo o Estado de São Paulo e também pelo Brasil.

Embora a conscientização da população e dos estabelecimentos comerciais esteja crescendo, na opinião de Célia Marcondes, é preciso uma lei para que a reciclagem possa aumentar, pois ela representa ainda apenas 10% do que se joga fora. Do óleo reciclado, 70% é reaproveitado para biodiesel, e os restantes 30% vão para uma ampla cadeia industrial que inclui ração animal, tintas e velas.

Há também a utilização para a produção de sabão, mas Célia alertou que a fabricação caseira pode causar problemas por conta do alto teor corrosivo da soda cáustica necessária.

O reciclador Leonardo Giardini, da empresa Preserva, informou que já foram usados para geração de biodiesel 25 milhões de litros de óleo reciclado, o que representa apenas 7% de todo o biodiesel produzido. Ele garantiu, entretanto, que há capacidade industrial pra elevar esse número para 10% da produção.

Diretor da Ecóleo, Joel Calhau, lamentou que apenas 10% do óleo seja coletado, sendo que, desse percentual apenas, 1% é de uso doméstico. A dificuldade, disseram os recicladores e coletores presentes, é a logística de coleta e transporte do óleo de cozinha usado nas residências. Por isso são importantes iniciativas como a doação voluntária em pontos de coleta, que deveriam ser instalados nos mesmos lugares onde o óleo é vendido para o consumidor: os supermercados.

Também colaboraram na discussão o coletador José Ribamar Piauilino de Sousa, que falou sobre o preço de revenda do óleo usado. Estavam presentes ainda outros recicladores de óleo e representantes de sindicatos da indústria do óleo.
Célia Marcondes e Marcos Neves
Célia Marcondes: é preciso uma lei para que a reciclagem possa aumentar, pois ela representa ainda apenas 10% do que se joga fora

Comissão especial da Câmara dos Deputados realiza audiência pública na Assembleia Da Redação Foto: Maurício Garcia de Souza


30/11/2015 20:25



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Ramalho da Construção (esq)
Diversas matérias sobre o custeio das entidades sindicais e a unidade do movimento sindical tramitam no Congresso Nacional. A Câmara dos Deputados criou, no dia 1º/10, uma comissão especial para debater e apresentar uma proposta unificada para o financiamento das entidades sindicais.

O deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), presidente da comissão, tem realizado audiências públicas em diversos Estados com o objetivo de reunir mais contribuições para a proposta. Nesta segunda-feira, 30/11, foi a vez de São Paulo sediar a discussão, que ocorreu no Plenário Juscelino Kubitschek da Assembleia Legislativa. Representantes de diversas centrais sindicais e de sindicatos comparecerem à audiência, presidida pelo deputado Paulo Pereira da Silva.

Uma das questões debatidas foi a PEC 36/2013, do senador Blairo Maggi (PR-MT), que busca retirar o inciso IV do artigo 8º da Constituição Federal e, portanto, acaba com o caráter compulsório da contribuição sindical. Como alternativa para a manutenção financeira dos sindicatos o parlamentar propõe a instituição da contribuição negocial, a ser fixada em assembleia geral e com a necessidade de anuência dos trabalhadores não sindicalizados.

A PEC aguarda votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde o relator José Medeiros (PPS-MT) apresentou parecer pela aprovação. É também de autoria do senador o PLS 245/13, que revoga os artigos 579 a 589 da CLT referentes à contribuição sindical compulsória, estabelecendo que o custeio sindical será operado pela contribuição negocial, a ser estabelecida em convenção coletiva de trabalho.

Os sindicalistas consideram que caso haja a aprovação dessas duas matérias estará sacramentada a imposição de dificuldades ainda maiores para o conjunto do movimento sindical.

Roberto Santiago, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), realizou um resgate histórico do movimento sindical para demonstrar a importância da manutenção da contribuição sindical; José Calixto Ramos, da Nova Central sindical de Trabalhadores (NCST), afirmou defender peremptoriamente a manutenção da contribuição sindical e se disse favorável à regulamentação da contribuição assistencial. João Carlos Gonçalves, da Força Sindical, também defendeu a manutenção da contribuição sindical, alegando a necessidade de garantir a infraestrutura e a autonomia dos sindicatos.

Diversos outros líderes sindicais se pronunciaram a favor da manutenção da contribuição, como Ubiraci Dantas de Oliveira, da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), e José Avelino Pereira, o Chinelo, da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). Participou também do evento o deputado Ramalho da Construção (PSDB).
Presentes no evento
Plenário JK da Assembleia

Economia de energia no Senado equivale ao consumo de 360 residências - Procel

30.11.15
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Fonte: Agência Senado - 30.11.2015
Distrito Federal - Entre 2012 e 2014, o Senado economizou 740 mil kWh de energia elétrica, o equivale ao consumo de aproximadamente 360 residências no mesmo período. Se for considerado o gasto médio mensal de 2015, registrado até outubro, a economia, desde 2012, seria de 937 mil kWh. Para reduzir o consumo e aumentar a qualidade do sistema energético, a Casa tem focado em campanhas de conscientização junto aos servidores e na aquisição de equipamentos com alto nível de eficiência energética.

A coordenadora do Núcleo de Coordenação das Ações Socioambientais do Senado, Andréa Bakaj, afirma que a redução não deve ser pautada apenas na redução do valor das contas de luz, mas também na preocupação com a escassez de energia no planeta. Com o intuito de alertar os funcionários sobre a importância das atitudes sustentáveis, algumas medidas devem ser implementadas ainda este ano, explica a gestora.

“Vamos fazer uma campanha de sensibilização corpo a corpo em todos os setores para buscar o apoio de ‘ecolegas’. Uma das nossas ações está voltada para a redução do consumo de energia” disse, referindo-se ao programa “Ecolega”, criado para disseminar as boas práticas adotadas por algumas unidades da Casa, tendo os servidores como aliados.

Segundo a coordenadora, a campanha contará com linguagem simples e direta, tanto nas explicações orais quanto no conteúdo dos materiais publicitários. Serão entregues adesivos com frases como “Ligue o bom senso e apague a luz”. Para Bakaj, a difusão de práticas sustentáveis no ambiente de trabalho depende do engajamento de todos.

“Trata-se de um trabalho contínuo e feito em conjunto. Cada servidor pode ajudar muito, e aos poucos a gente vai difundindo essa mentalidade. É um trabalho de formiguinha para formar um exército de servidores conscientes”, afirmou.

Eficiência

De acordo com Joelmo Borges, diretor da Secretaria de Infraestrutura, a iluminação do Senado é considerada de alta eficiência, levando em consideração “a quantidade de luz por watt de energia gasto”. Ele ressalta que os novos equipamentos adquiridos, a exemplo dos aparelhos de ar-condicionado, possuem o selo Procel Classe A de eficiência energética.

O diretor salienta que as prioridades da Secretaria de Infraestrutura são a adequação às normas vigentes e a modernização das instalações elétricas da Casa. O primeiro passo será a substituição de uma subestação por instalações mais seguras e adequadas à realidade atual.

“As normas evoluíram e as nossas instalações não acompanharam isso. A troca de uma das subestações será o primeiro passo para uma modernização completa. O impacto imediato para os usuários após a implantação do projeto será o aumento na qualidade da energia e confiabilidade do sistema. Para as equipes de manutenção existirão ganhos na segurança das instalações”, concluiu Borges.