A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta terça-feira (7) um homem suspeito de ter negociado armas que foram furtadas do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, em setembro do ano passado.
Luiz Cláudio Severo dos Santos foi encontrado por agente da Delegacia de Repressão a Entorpecentes na comunidade do Quitungo, na zona norte da capital fluminense.
Contra ele foi cumprido um mandado de prisão preventiva. Questionado, a polícia não informou se o suspeito tem advogado. A reportagem não localizou a defesa de Santos.
Segundo a Polícia Civil, o homem também é investigado por integrar um grande esquema de lavagem de dinheiro. A investigação apontou que Santos atuava com Jesser Marques Fidelix, outro suspeito de envolvimento no esquema de receptação, que foi preso no mês passado. Os policiais afirmam que a dupla acumula extensa ficha criminal.
Santos possui anotações criminais por lesão corporal e estava em liberdade provisória em um processo por estelionato e associação criminosa.
A ação que culminou na prisão contou com apoio das inteligências do Exército e da Polícia Civil do Rio.
Em outubro, a Polícia Civil Fluminense encontrou 8 das 21 armas que haviam sido desviadas do Arsenal de Guerra. O armamento estava no bairro da Gardênia Azul, na zona oeste do Rio, área de atuação uma narcomilícia ligada ao Comando Vermelho.
Já no início de novembro, mais duas metralhadoras foram recuperadas pelos agentes, na Praia da Reserva, na mesma região.
A venda dos armamentos foi negociada com duas facções criminosas, o Comando Vermelho e o PCC, segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.
O sumiço de 13 metralhadoras .50 e oito de calibre 7,62 do Arsenal de Guerra foi notado durante uma inspeção no dia 10 de setembro. Quando a informação se tornou pública, o Exército afirmou que as armas furtadas estavam "inservíveis" e estavam no depósito de Barueri para passar por manutenção.
Durante as investigações, o Exército puniu administrativamente 38 militares. Segundo o Comando Militar do Sudeste, entre as punições internas estão a prisão disciplinar, de 1 a 20 dias. Sete deles foram apontados pelo Exército como suspeitos pelo furto ocorrido nas primeiras horas do dia 7 de setembro, feriado da Independência, quando o quartel estava esvaziado.
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