O vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), passou a ser mencionado por integrantes e aliados do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) como uma possível alternativa para a disputa pela prefeitura da capital em 2024.
Segundo relatos obtidos pelo Painel, isso dependerá de duas variáveis: a primeira, ser bem-sucedido no projeto de recuperação da cracolândia, missão que recebeu de Tarcísio. Um bom desempenho numa área de tanta visibilidade ajudaria a impulsionar seu nome eleitoralmente.
Além disso, uma eventual candidatura ganharia terreno caso o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), não cresça politicamente na cidade. A avaliação de aliados é que Nunes, embora tenha dinheiro para gastar, não estabeleceu uma marca na capital até o momento.
Ele tem mencionado ideias grandiosas, como estabelecer tarifa zero no transporte público e a construção de um túnel sob o Minhocão, na tentativa de criar um legado.
O plano A do grupo de Tarcísio é apoiar a reeleição de Nunes, mas há preocupação com sua viabilidade eleitoral num pleito em que a esquerda deve apresentar um nome competitivo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).
Em julho de 2022, pesquisa Datafolha mostrou que o mandato de Nunes era aprovado por 18% da população paulistana. A rejeição era de 31%.
Para ser candidato em São Paulo, Ramuth teria de transferir seu domicílio eleitoral, que atualmente está em São José dos Campos, cidade que ele já administrou.
Procurado, o vice-governador afirmou ao Painel ver "zero chance" de sair candidato a prefeito. "São boatos de quem quer ver um trabalho que está se iniciando já ser desconstruído por motivo político", afirma.
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