A escalada dos preços do petróleo, após a eclosão da guerra na Ucrânia, impulsionou os resultados das petroleiras no primeiro trimestre de 2022. A Shell registrou lucro trimestral recorde, de US$ 9,13 bilhões no período. Levantamento de O Globo mostra ainda que bp, Chevron, Equinor e ExxonMobil também melhoraram os indicadores financeiros. No Brasil, a Petrobras fechou o primeiro trimestre com um lucro 48 vezes maior que o registrado em igual período de 2021, em dólares, no valor de US$ 8,6 bilhões. Jair Bolsonaro acusou a estatal de estar “abusando do povo brasileiro” e apelou para que a companhia segure os reajustes. Confira: A Petrobras lucrou R$ 44,56 bilhões no primeiro trimestre... O lucro líquido da petroleira nos três primeiros meses do ano é 38 vezes maior que os ganhos de R$ 1,17 bilhão registrados em igual período de 2021. O resultado foi impulsionado, sobretudo, pelo aumento dos preços do petróleo e do volume exportado. Valor. -- No mesmo dia em que divulgou o resultado do trimestre, a estatal anunciou uma distribuição de dividendos de R$ 48,5 bilhões – o equivalente a R$ 3,7155 por ação. -- A União é controladora da empresa e recebe cerca de um terço de tudo o que a petroleira paga aos acionistas. ... E Bolsonaro diz que a petroleira está “abusando do povo brasileiro” Minutos antes de a Petrobras divulgar os resultados, o presidente da República voltou a pressionar a empresa publicamente para que ela segure o reajuste dos preços dos combustíveis. “Apelo para que contenham, diminuam um pouco o lucro abusivo que vocês têm em detrimento da população brasileira”, disse Bolsonaro, durante live nas redes sociais. -- Segundo o presidente, um novo aumento no preço do diesel poderá criar uma “convulsão social” no país. Ele disse ainda que a inflação dos combustíveis pode “quebrar e levar o Brasil para uma situação bastante complicada”. -- Bolsonaro fez o apelo diretamente ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e ao novo presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, que tomou posse há apenas 22 dias. Defasagem de preços do diesel provoca racionamento em postos A Petrobras está há 56 dias sem mexer nos preços nas refinarias, e a diferença entre os preços dos combustíveis cobrados pela estatal e os do mercado internacional – sobretudo no caso do diesel – tem provocado um “racionamento seletivo”, acusam postos revendedores. De acordo com a Folha de S. Paulo, distribuidoras e importadores alertam para o risco de restrições no abastecimento em regiões que têm maior dependência de importações, como o Nordeste. -- Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) de quinta-feira (5/5), o preço médio do diesel nas refinarias brasileiras estava R$ 1,59 abaixo da paridade de importação. Na gasolina, a defasagem era menor, de R$ 0,80 por litro. |
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário