Altamiro Silva Junior e Matheus Piovesana
12 de maio de 2022 | 05h15
A forte queda das ações do Nubank fez a fortuna de seu fundador David Vélez cair R$ 30 bilhões, o que levou o empreendedor a sumir dos postos mais altos das listas dos maiores bilionários do planeta. No momento da abertura de capital do banco digital, em dezembro, Vélez tinha um patrimônio em ações do Nubank avaliado em R$ 50 bilhões. Ontem, novo dia de baixa acentuada do papel da fintech em Nova York, seus papéis no neobanco valiam R$ 20 bilhões. Só em 2022, o Nubank acumula queda de 58% e ontem, pela primeira, vez foi negociado abaixo de US$ 4.
Vélez, que é colombiano, chegou a ser mais rico, no momento do IPO, que sete dos dez brasileiros com as maiores fortunas na famosa lista de pessoas mais ricas do mundo da Forbes. Ficava atrás apenas do fundador do Facebook, Eduardo Saverin, e de Jorge Paulo Lehman e Marcel Herrmann Telles, fundadores da Ambev.
Vélez está atrás de André Esteves em ranking
A lista atualizada em tempo real da publicação norte-americana mostrava ontem Vélez na posição 671 no mundo. Ele está atrás do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, que ocupa a posição 448 com patrimônio de US$ 5,5 bilhões.
Vélez pode recuperar a fortuna perdida, caso as ações do Nubank voltem a subir, claro. Um fator-chave para o comportamento das ações no curto prazo será o balanço do banco digital do primeiro trimestre, que será divulgado no dia 16. O mercado teme que o Nubank mostre desaceleração no crescimento, ou forte alta em gastos com provisões e da inadimplência.
A queda atual, porém, distancia a ação do Nubank das faixas definidas no acordo de remuneração variável fechado entre a fintech e Vélez, no ano passado, e que há duas semanas chamou atenção do mercado. O empreendedor ganhará bônus com base em ações da fintech caso os papéis sejam negociados acima de US$ 18,69 por um determinado período. Segundo o neobanco, o acordo responde por 100% da remuneração variável de seu CEO nos próximos anos.
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