Vamos combinar? O (até a conclusão desta coluna) pré-candidato à Presidência João Doria não é O problema do PSDB, mas UM DOS problemas de um partido que foi tão importante, mas não respeitou o próprio passado, não cuidou do presente e não preparou o futuro. Vive seu ocaso, sem renovação e sem união.
O País em chamas, com um presidente que armou sua milícia e brinca com fogo e com guerra, e cadê o PSDB, que comandou a estabilidade da economia, elegeu Fernando Henrique Cardoso em primeiro turno duas vezes e deixou uma herança bendita? Está perdido em reuniões inúteis e em rachuncho do fundo eleitoral.
Fazer novas pesquisas com MDB e Cidadania para chegar a um nome da terceira via? Como ironiza o tucano Aloysio Nunes Ferreira, ao anunciar apoio ao petista Lula, é pura perda de tempo, jogar dinheiro fora. O que essas pesquisas vão mostrar? O que todo mundo já sabe.
Já FHC ressaltou o óbvio, que as prévias devem ser respeitadas, mas a cúpula do partido ameaça derrubar Doria, que ameaça entrar na Justiça contra o nome da senadora Simone Tebet (MDB), que ameaça ser candidata de “união” no tapetão. É hora de petistas e bolsonaristas disputarem votos do centro, hora de atrair, não repelir. Logo, é burrice o PT bater nos tucanos e Bolsonaro amedrontar o País e falar em golpes. Mas é o que fazem.
Enquanto Lula põe o ex-tucano Geraldo Alckmin na sua vice e colhe o voto de Nunes Ferreira, como reagem os petistas? Atacam partidos, políticos de centro e até o que eles chamam de “jornalistas tucanos”. O que vem a ser isso? Os que estão alertas para o risco de Bolsonaro levar a “eleições conturbadas”, mas não babam ovo para Lula e não tapam nariz, boca, olhos e ouvidos para os erros do PT.
Alguém precisa dizer aos petistas que estiverem no mundo da lua que os “inimigos” não são o centro nem os tucanos e avisar a eles que tem um tal de Jair Bolsonaro arregimentando suas forças armadas, civis e militares, contra ministros do Supremo e defensores da democracia e das eleições, como defendiam vacinas, máscaras, isolamento social e Amazônia.
E Bolsonaro? Ele tem a caneta e as verbas, só faz campanha e inventou até uma “lanchaciata” em Brasília, que concentra a elite do funcionalismo e a maior renda per capita do País. Em vez de dar uma banana para o povo, os apoiadores esfregavam picanha na cara dos que passam fome. É assim que Bolsonaro disputa o voto de centro?
Com petistas xingando tucanos e a terceira via, bolsonaristas desdenhando da fome e do pobre, o PSDB passando rasteira no vencedor das prévias e o centro jogando dinheiro e tempo fora, a polarização é desesperadora.A
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