O auxiliar do governo Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia do Senado e, agora, o MPF terá que decidir se denuncia Martins ou se opina pelo arquivamento.
Martins foi indiciado com base no artigo 20 da lei 7.716/1989, que fala em pena de reclusão de um a três anos e multa para quem "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional."
O inciso 2º do artigo 20 diz que a pena de reclusão passa a ser de dois a cinco anos caso os crimes sejam cometidos por intermédio de meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza.
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Em países que vivenciam o crescimento de movimentos de extrema direita, o gesto feito por Martins é associado ao movimento supremacista branco. Os três dedos esticados simbolizam a letra "w", que seria uma referência à palavra em inglês "white" (branco). O círculo formado representa a letra "p", para a palavra "power" (poder). Ou seja, o símbolo é apontado como simbolizando "poder branco".
Pesquisadores que estudam as simbologias da extrema direita alegam que o gesto vem sendo utilizado como uma mensagem codificada com o intuito de que membros de grupos racistas possam identificar uns aos outros.
A obscenidade também associada ao gesto vem de seu uso no Brasil como uma forma de dizer "vai tomar no c.".
No Twitter, Martins afirmou que estava ajeitando a lapela do terno e negou que tenha feito um gesto racista.
BRASÍLIA - O ministro daEconomia,Paulo Guedes, disse que oPTganhou quatro eleições “merecidamente” após criar o programaBolsa Família. A afirmação foi feita durante audiência pública realizada pelaCâmara dos Deputadosnesta terça-feira, 4.
“O PT teve realmente a belíssima iniciativa de fazer um programa de transferência de renda importante. Ganhou quatro eleições seguidas merecidamente, porque fez a transferência de renda para os mais frágeis. Um bom programa, que envolvia poucos recursos e que tinha altíssimo impacto social, e que foi até inspiração para fazermos o dinheiro chegar na base”, afirmou.
O ministro ressaltou, porém, que o valor do Bolsa Família não foi de R$ 600, como o auxílio emergencial no ano passado, porque não havia recursos disponíveis. “Na democracia, você dá mérito ao que for bem feito, mas explica porque não feito antes. O auxílio de R$ 600 não foi feito antes porque exige bases de financiamento sustentáveis no longo prazo. O próprio PT, que esteve no governo tanto tempo, não botou o Bolsa Família de R$ 600. Era R$ 170 porque o dinheiro tem que ser apanhado em outro lugar”, completou.
Paulo Guedes disse que o governo deve lançar, em breve, um programa para os chamados “invisíveis”, pessoas que não têm emprego formal nem são cobertas por medidas de auxílio econômico governamentais. O ministro voltou a citar o programa Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e disse que deve “soltar isso brevemente”.
Em entrevista ao jornal O Globo no domingo, Guedes disse que o BIP deve pagar entre R$ 200 e R$ 300 para pessoas que fizerem curso preparatório para o mercado de trabalho. “Algum programa nós vamos dirigir para os invisíveis. Para quem não tem nem BPC nem Bolsa Família e estão andando por aí em busca de seu ganha-pão. É o nosso principal desafio”, afirmou.
Atraso no Orçamento
O ministro afirmou que a demora na aprovação do Orçamento de 2021 foi “culpa de todos” os atores envolvidos. O Orçamento deste ano foi sancionado apenas no dia 22 de abril. “É culpa de todo mundo, porque Orçamento estava lá desde agosto. Com a guerra da pandemia o texto não foi aprovado, depois houve mudanças no comando da Câmara e do Senado. A política que dá o timing da coisa, e é assim que tem que ser”, disse Guedes. “Não prevíamos a segunda onda da pandemia quando fizemos o Orçamento de 2021. Ninguém imaginou que a pandemia se transformaria num pesadelo dessa profundidade,”
Mais uma vez, o ministro alegou que foi o Congresso que cortou os recursos para o Censo de 2021 que estavam orçados na proposta inicial do governo. “Como vou mandar um pesquisador para diversas casas como um vetor de transmissão de doença. Imagino que o Congresso avaliou isso durante o processo político de debate do Orçamento. Não é que alguém levantou e cortou isso, é um processo complexo”, repetiu.
A desindexação dos orçamentos públicos voltou a ser defendida pelo ministro. “Carimbar o dinheiro com indexação não protege o povo. Quem protege o povo é a política. A política deu 8,5% do PIB para a Saúde em 2020 e deu 130% de aumento no Fundeb para a educação básica. Se fosse só pela indexação o aumento seria de apenas 2% ou 3%”, completou.
Câmbio
Em sua avaliação, o forte superávit comercial do Brasil deve ajudar a baixar a cotação do dólar no País. A equipe econômica espera um saldo positivo recorde US$ 89,4 bilhões na balança comercial em 2021. “Acho que o dólar vai cair mais para frente”, projetou.
O ministro voltou a dizer que o governo alterou o mix de juros altos com dólar baixo. “Dissemos que iríamos mudar e os juros realmente chagaram a 2% ao ano, e o câmbio ficou mais alto um pouco. O câmbio brasileiro estava fora do lugar equilíbrio, que é mais alto. Não é tão alto como está agora, mas todas essas incertezas, doenças, perspectiva de recessão, dúvidas sobre reformas, boatos de que toda hora o ministro pode cair. Vivemos uma fase difícil, turbulenta”, afirmou.
Guedes alegou que o Brasil ficou mais rico com a alta dos preços das commodities no mercado internacional, mas disse que essa riqueza precisa ser repartida com os mais pobres. Segundo ele, a competição no mercado de gás natural deve baratear o custo do combustível. “Espero que dentro de um ano, um ano e meio, o preço do gás natural possa cair 40%”, completou.
De um lado, membros do MDB que têm pressionado a prefeitura por influência na gestão deverão aumentar a carga sobre Nunes.
De outro, ele é observado de perto pelos aliados de Covas, que enxergam o mês como oportunidade de medir a fidelidade de Nunes ao prefeito. Ou seja, o quanto ele vai cumprir do roteiro estabelecido pelo tucano.
Deputados emedebistas têm pedido apoio de Nunes para emplacar projetos na cidade —e com urgência, dado que 2022 é ano eleitoral. Mais que cargos, eles pedem influência na definição de políticas públicas na cidade.
Na prefeitura, o combinado é que Nunes administre o dia-a-dia e consulte Covas em decisões estratégicas.
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Nunes diz ao Painel que não há a menor chance de encaixar pleitos partidários nesses 30 dias e que tocará a prefeitura seguindo rigorosamente o que combinou com Bruno Covas.