sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Assembleia decide que JBS deve entrar com ação contra irmãos Batista, FSP

 A Assembleia Geral Extraordinária de acionistas da JBS decidiu que a empresa deve processar os irmãos Batista por prejuízos causados em decorrência dos crimes revelados nos acordos de colaboração e leniência firmados pela empresa com a Procuradoria-Geral da República em 2017.

A assembleia ocorreu nesta sexta-feira (30) e durou cerca de 20 minutos. Foi definida a abertura de uma ação de responsabilização contra a J&F Investimentos, holding dos irmãos Joesley e Wesley, que controla a JBS.

Existia uma expectativa de impasse, por conta do item número oito, que propunha que a administração da JBS avaliasse a melhor maneira de cumprir com a determinação da assembleia. O BNDES questionou o item e afirmou que não concordava que J&F tivesse poder de voto neste caso.

Uma arbitragem resolveu neste ano que a J&F não teria direito a voto com relação aos outros itens, que propunha a entrada das ações contra administradores e controladores.

Com os acionistas controladores sem poder de voto, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que detém 22% da participação na JBS, aprovou sozinho o ingresso da ação de responsabilidade contra os irmãos Joesley e Wesley Batista.

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No caso do ingresso da ação contra os administradores, os votos favoráveis foram do BNDES e do fundo SPS, que já ingressou com uma arbitragem contra os controladores há três anos.

Os outros acionistas minoritários votaram de acordo com a recomendação da empresa, ou seja, contra o ingresso das ações.

Em nota, a J&F Investimentos destacou "a confiança de todos os acionistas minoritários da JBS, que deixaram isolado o voto de um acionista a favor do ingresso de ação de responsabilidade em face dos controladores, em Assembleia Geral Extraordinária."

A holding afirmou ainda que responsabilizará "quem quer que seja pelos prejuízos em que a JBS poderá incorrer em virtude de uma ação temerária."

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