segunda-feira, 1 de abril de 2019

Nota Monica Bergamo, Coluna FSP

NA TELA 

A Câmara Municipal de São Paulo prorrogou por mais três meses o contrato firmado com a Fundação Padre Anchieta (FPA), que cuida da TV Cultura, para que esta administre a equipe e o conteúdo da TV Câmara. O valor do aditamento foi de 
R$ 3.330.172,98. ​

Com cortes da Vale, exportação de minério tem menor volume em 6 anos, FSP

Brasil registrou queda de 25,9% em comparação ao mesmo mês de 2018

SÃO PAULO
    As exportações de minério de ferro do Brasil em março caíram 25,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 22,18 milhões de toneladas, o menor volume mensal em seis anos, diante de cortes de produção pela mineradora Vale, maior produtora global da commodity.
    Os dados divulgados nesta segunda-feira (1º) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) confirmam tendência de perda de ritmo nos embarques verificada em meados de março, após crescerem em fevereiro, antes de os desdobramentos da tragédia com a barragem da Vale em Brumadinho (MG) apresentarem seus efeitos.
    Logo da mineradora Vale em Brumadinho, Minas Gerais
    Logo da mineradora Vale em Brumadinho, Minas Gerais - Adriano Machado/Reuters
    Na semana passada, a Vale informou que poderá vender até 75 milhões de toneladas a menos do que o programado em 2019, ou 20% menos do que o previsto neste ano, uma vez que tem atualmente cerca de 93 milhões de toneladas/ano de capacidade de produção congelada, por iniciativa própria ou determinação de autoridades.
    Os cortes da Vale ocorrem enquanto há um aumento das exigências de segurança em estruturas para armazenar rejeitos de minério após o rompimento da barragem em Minas Gerais, em 25 de janeiro.
    A Vale responde pela grande maioria do minério de ferro exportado pelo Brasil, que tem no produto um dos principais da sua pauta de exportação.
    Apesar da queda no total embarcado, o preço do minério de ferro exportado pelo país subiu 11,6% ante o mesmo período do ano passado, para US$ 62,5 por tonelada, limitando uma perda maior no faturamento com as exportações.
    A exportação de minério de ferro rendeu ao país em março US$ 1,39 bilhão, queda de cerca de 17% ante o mesmo mês do ano passado.
    A alta nos preços do minério de ferro tem ajudado a sustentar as ações da Vale, apesar de uma queda nos volumes previstos pela própria companhia.
    A ação da Vale subia mais de 3% nesta tarde, na esteira do preço do minério de ferro negociado na China, que atingiu uma máxima de sete semanas nesta segunda-feira.
    Em parte de março, além dos cortes já anunciados de capacidade produtiva, a Vale sofreu os efeitos da interdição do terminal portuário de minério de ferro na Ilha da Guaíba, pela Prefeitura de Mangaratiba (RJ), que citou problemas de poluição. O terminal, que tem exportado cerca de 40 milhões de toneladas ao ano, já voltou a operar.

    Doria promete aplicar R$ 94,7 milhões no Projeto Guri em 2019 e ampliar em 2020, G1

    O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na tarde desta segunda-feira (1º) que irá aplicar integralmente os R$ 94,7 milhões previstos no orçamento deste ano para o Projeto Guri, para o funcionamento de 382 polos em todo o estado é o atendimento de 64 mil alunos. O governo de São Paulo voltou atrás e disse que não haverá demissões nem fechamento de pólos do projeto.
    Parte do dinheiro, R$ 20,7 milhões, que havia sido contingenciado em janeiro (ou seja, seria suspenso ou não disponibilizado), será descontingenciado e liberado totalmente ao projeto, conforme o secretário de Cultura, Sérgio Sá Leitão.
    Para 2020, segundo Doria, a ideia é ainda ampliar o projeto, com apoio de recursos da iniciativa privada. “Eu mesmo vou me responsabilizar por esta busca, mas depois de conseguir os R$ 160 milhões para a reforma do Museu do Ipiranga”, disse Doria.
    Segundo Sá Leitão, as organizações sociais que são responsáveis pelo projeto “se adiantaram” ao anunciar demissões e dar aviso prévio a professores dos polos, pois o processo ainda estava em negociação sobre quais medidas seriam tomadas devido ao contingenciamento de R$ 150 milhões no total do orçamento deste ano para a Cultura.
    “Foi uma decisão da organização social devido ao impacto do contingenciamento do orçamento. A OS resolveu tomar esta medida preventiva e que o processo estava ainda se desenrolando.
    Foi uma decisão exclusiva da OS (adiantar as demissões)”, disse Sá Leitão.
    “A decisão do governador é que nenhuma demissão será feita, nenhum polo será fechado e nenhuma criança ficará sem atendimento”, garantiu Doria.
    “O governo tomou a decisão e decidiu descontingenciar este valor para aplicar no projeto”, afirmou o secretário.
    “Os boatos que se espalharam (do encerramento do Projeto Guri) tiveram efeito positivo para fazer muita gente valorizar o Projeto Guri e mostrar seu relevo estratégico e sua importância”, salientou o secretário estadual.
    Segundo o governo, o déficit fiscal projetado de R$ 10 bilhões de 2019 obrigou o governo a contingenciar R$ 5,7 bilhões em todas as áreas.

    Projeto Guri

    Mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, o Projeto Guri é o maior programa sociocultural brasileiro e oferece, nos períodos de contraturno escolar, cursos de iniciação musical, luteria, canto coral, tecnologia em música, instrumentos de cordas dedilhadas, cordas friccionadas, sopros, teclados e percussão, para crianças e adolescentes entre seis e 18 anos (até 21 anos nos Grupos de Referência e na Fundação Casa).
    Os mais de 330 polos localizados no interior e no litoral, incluindo os da Fundação Casa, são administrados pela Amigos do Guri, enquanto o controle das unidades na capital paulista e na Grande São Paulo fica por conta de outra organização social.
    A gestão compartilhada do Projeto Guri atende a uma resolução da secretaria que regulamenta parcerias entre o governo e pessoas jurídicas de direito privado para ações na área cultural. Desde seu início, em 1995, o projeto já atendeu mais de 770 mil jovens na Grande São Paulo, no interior e no litoral.
    Desde 2004, a Amigos do Guri é responsável pela gestão do programa no litoral e no interior do Estado de São Paulo, incluindo os polos da Fundação Casa.
    Além do governo de São Paulo, a Amigos do Guri conta com o apoio de prefeituras, organizações sociais, empresas e pessoas físicas.