Brasil - Setor se expande rapidamente e espera fechar o ano com crescimento de 800%
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O mercado de geração centralizada se relaciona com centrais geradoras de energia elétrica conectadas às redes de linhas de transmissão de grande porte que começaram o seu desenvolvimento em 2013, através da realização de leilões estaduais e federais. Atualmente, a capacidade de potência instalada no país para esta modalidade é de 27 MW. Este tipo de geração movimentou cerca de R$ 13,5 bilhões com a contratação de aproximadamente 3,3 gigawatts (GW) nos leilões realizados entre 2013 e 2015 e com início de suprimento em 2017 e 2018. Ao término deste ano, a expectativa é que haja uma contratação presumida da ordem de 1 mil a 1,5 mil MW, com investimentos estimados entre R$ 4 e 6 bilhões. O estado da Bahia (BA) é líder em geração centralizada com 1 mil MW contratados e que ainda serão instalados até 2018. Em segundo lugar Minas Gerais (MG), em particular na sua porção norte que detém um recurso solar excelente para projetos de grande porte, seguido pelo estado do Piauí (PI). Já os projetos de geração distribuída dizem respeito aos sistemas de micro e mini geração espalhados ao redor do país e são frequentemente encontrados em telhados de residências, comércios, indústrias, prédios públicos e também nas zonas rurais. No total acumulado até agosto de 2016, a potência instalada atingiu a marca de 35,7 MW com um investimento estimado em R$ 316 milhões e, até o término do ano, a expectativa é de atingir 40 MW fazendo um investimento adicional de R$ 34,3 milhões. Em 2015, os aportes destinados à geração distribuída atingiram R$ 82 milhões. O estado de Minas Gerais (MG) lidera em quantidade de sistemas de geração distribuída com pouco mais de mil pontos de consumo conectados à rede, representando em média de 20% a 25% do mercado nacional, seguido por São Paulo (SP) e Rio Grande do Sul (RS). |
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
08.02.17 | Energia solar fotovoltaica: um caminho ensolarado
Brasil quer elevar exportações ao México, OESP
09/02/2017 - Estadão
BRASÍLIA - O governo brasileiro se movimenta para aproveitar possíveis oportunidades no comércio internacional de commodities, após a chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Um dos alvos é o México, que compra anualmente cerca de US$ 30 bilhões em alimentos dos EUA. Segundo o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o Brasil está se preparando para exportar carne processada, soja e milho ao país.
Com receio de que o fornecimento de alimentos pelos EUA seja prejudicado pela discórdia, entre os países em torno do tema da imigração, o México se aproximou do Brasil nos últimos meses. “Na viagem que fiz em janeiro à Europa, havia lá 80 ministros de Estado da Agricultura. Falei com 17 deles. Muitos têm preocupações relacionadas aos EUA”, afirmou Blairo, em entrevista ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Blairo disse que já tinha se encontrado antes com o ministro José Eduardo Calzada, em dezembro, em Cancún, quando o mexicano sinalizou interesse em ampliar o diálogo. Eles se encontrarão de novo nos dias 20 e 21, em São Paulo, para debater sobre o agronegócio.
De acordo com Blairo, já há representantes do país verificando os frigoríficos brasileiros para a compra de carne processada. Uma das vantagens do Brasil, segundo o ministro, é que as negociações com o México não partirão do zero. “Já temos há alguns anos um protocolo comercial, que nunca evoluiu porque o México não queria. Agora, eles querem e precisam. E no comércio, quando dois países querem, as coisas andam bem”, afirmou o ministro.
Além da carne processada, os mexicanos estão interessados na soja e no milho produzidos no Brasil. Este ano, a safra projetada é de 215,3 milhões de toneladas de grãos – um recorde histórico, conforme os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No caso da soja, serão 103,8 milhões de toneladas, outro recorde.
“Não sei mais quem os EUA estão incomodando com tanta força. Mas a União Europeia, que é um grande parceiro, também está intranquila. O bloco tem um comércio muito grande com os EUA. O importante é estar atento”, disseBlairo.
Açúcar e café. De olho no mercado europeu, o Brasil também fez uma proposta formal à Argentina para incluir o açúcar na pauta de produtos do Mercosul. Assim, será possível negociar a venda à União Europeia em condições mais vantajosas. O problema é que a Argentina, que também é produtora, teme que o açúcar brasileiro, mais competitivo, invada suas fronteiras.
Segundo Blairo, foi proposto à Argentina uma blindagem contra o açúcar brasileiro, que inclui o estabelecimento de limites para exportação ao país vizinho e taxação de 35% – a alíquota máxima permitida no Mercosul. “O que o Brasil quer é o apoio da Argentina, e não o mercado do país”, afirmou. O ministro disse ainda que o tema foi colocado na reunião com o presidente argentino, Maurício Macri, que esteve no Brasil esta semana.
Além disso, Maggi confirmou que a importação do café do tipo conilon – usado na indústria brasileira – deve ser anunciada amanhã. Será importada 1 milhão de sacas de café.
“Já temos protocolo, que nunca evoluiu porque o México não queria. Agora, eles querem e precisam. E quando dois querem, as coisas andem bem.”
Sistema de gestão de resíduos sólidos do CeMEAI é testado com sucesso em Matão, Fapesp
Agência FAPESP – Pesquisadores do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP, em parceria com a Reenvolta – cooperativa de trabalho de profissionais na área socioambiental –, desenvolveram um sistema para a gestão de resíduos sólidos testado com sucesso pela prefeitura de Matão, em São Paulo.
“Desenvolvemos um sistema com base matemática e estatística que permite captar e analisar, em tempo real, informações sobre volume, origem, destino, reciclagem, entre outras, subsidiando iniciativas do município”, explicou Francisco Louzada Neto, coordenador de transferência de tecnologia do CeMEAI e professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, instituição-sede do CEPID.
O sistema foi desenvolvido em plataforma de software livre e pode ser customizado para demandas de municípios de diversos portes, instituições e indústrias, como a da construção civil, ele exemplifica. “Se a prefeitura adotou ações para aumentar a reciclagem, o sistema permite medir a efetividade dessa iniciativa”, disse Louzada.
Batizado com o nome de SISGERES, sigla de Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos, o sistema foi testado por meio de parceria com prefeitura de Matão. “O convênio teve início em março de 2016 e, mesmo sendo recente, já nos permite observar que, em alguns meses, tivemos uma produção maior de resíduos e sabemos quais os tipos mais recorrentes. O objetivo é determinar os melhores momentos para a criação de campanhas de redução, reutilização e reciclagem”, afirmou Michela Adriane Alves, diretora da Divisão de Coleta de Lixo do Departamento de Meio Ambiente de Matão até o final de 2016, à Assessoria de Comunicação do CeMEAI. Com isso, ela acrescentou, é possível diminuir a quantidade de resíduos que vai para o aterro sanitário e, consequentemente, aumentar a vida útil do aterro.
O funcionamento do SISGERES é simples: a cada despejo de resíduo, o usuário registra no programa a data do descarte, a quantidade e o tipo de material descartado, assim como a origem e o destino dos resíduos. A partir desses dados, o sistema gera, em tempo real, relatórios dinâmicos, tabelas e gráficos que facilitam o entendimento do processo de descarte no período de tempo escolhido pelo usuário e permitem uma rápida tomada de decisão.
“O sistema pode ser utilizado por qualquer município. Os dados são armazenados em nuvem e a prefeitura precisa apenas ter uma conexão com a internet”, disse Louzada.
O sistema contribuirá para que os municípios se adaptem à Lei 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A gestão de resíduos “precisa da tecnologia da informática, da computação”, já que envolve uma enorme variedade e imensa quantidade de resíduos, além de um grande volume de informações qualitativas e quantitativas, afirmou Paulo Mancini, coordenador administrativo da Reenvolta.
De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2015 o Estado de São Paulo gerou mais de 62 mil toneladas por dia, numa média de 1,4 kg por habitante.
Para assistir um vídeo sobre o SISGERES e para mais informações acesse: http://www.cemeai.icmc.usp.br/component/k2/item/448-sistema-de-gestao-de-residuos-tem-resultados-positivos-em-projeto-piloto.
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