quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

ESPECIALISTA FALA SOBRE A APROVAÇÃO DA LEI 13.019, QUE MUDARÁ A FORMA DAS ONGS PRESTAREM CONTAS DOS RECURSOS OBTIDOS, A PARTIR DE 2016.

enado aprovou as mudanças na Lei 13.019, também chamada de Marco Regulatório do Terceiro Setor, no mês de novembro
Após essa decisão, todas as organizações da Sociedade Civil são obrigadas a adotar novas regras no que se refere aos recursos obtidos/captados. A Lei 13.019, que visa regulamentar as transferências voluntárias de recursos públicos de entes federados para ONGs, passa a valer em janeiro de 2016 para a Federação, Estados e Distrito Federal e, em Janeiro de 2017 para os Municípios.
Para José Alberto Tozzi, especialista com mais de 15 anos na área, a nova Lei vai impactar demasiadamente a forma de gestão das ONGs e, entre outros aspectos, criará ainda mais competição para aquelas que são mantidas por recursos públicos.
Tozzi é autor do livro SOS da ONG, lançado recentemente pela Editora Gente, e alerta sobre a importância das organizações estarem atualizadas e adotarem as novas exigências já a partir do próximo planejamento anual. “Esta nova lei traz inovações importantes para o Terceiro Setor – transparência total, tanto dos órgãos públicos, quanto das ONGs, apuração do resultado social através de indicadores, possibilidade de pagamento integral de recursos humanos e encargos, ou seja, esta relação deverá ser mais profissionalizada, porém os gestores das ONGs devem estar conscientes de que deverão ser feitas mudanças importantes dentro das organizações, a começar pelos estatutos que deverão estar adaptados aos novos critérios estabelecidos nesta lei”, explica Tozzi. 
O especialista está disponível para entrevistas em que poderá abordar todas as questões e impactos da nova Lei para as organizações do Terceiro Setor.  
Sobre o autor:
José Alberto Tozzi é administrador de empresas pela FGV, com MBA Executivo Internacional na FIA e Mestre em Administração com foco no Terceiro Setor pela PUC-SP. Contador, auditor e sócio da Tozzi Associados, empresa especializada na prestação de serviços para organizações do Terceiro Setor e conselheiro da Associação dos Alunos e Ex Alunos dos MBAs da FIA e membro do NEATS – Núcleo de Estudos Avançados do Terceiro Setor da PUC – SP. Professor em cursos de especialização e extensão na PUC-SP e Núcleo Paulus de Formação. Pesquisador, palestrante e articulista em temas voltados ao Terceiro Setor.  
Para agendamento de entrevistas e mais informações para a imprensa com:

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A decisão corajosa do PT. Por Carlos Fernandes




Postado em 02 dez 2015
Congresso do PT na Bahia, em junho de 2015
Congresso do PT na Bahia, em junho de 2015
Napoleão Bonaparte uma vez disse que nada é mais difícil, e portanto, tão precioso, do que ser capaz de decidir. O Partido dos Trabalhadores tomou nesta quarta uma decisão de extrema coragem e importância cujas consequências, fosse qual fosse a opção, trariam sérios riscos ao futuro de um partido que possui raízes profundas fincadas na democracia brasileira.
Com a instalação do inquérito no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que irá definir o destino político do presidente da casa, Eduardo Cunha, um caminho que sempre se mostrou tortuoso chegou ao instante que inapelavelmente se bifurca e onde apenas uma única vereda pode ser trilhada.
Dono de três votos vitais no conselho, que são determinantes para a permanência ou a extirpação da vida pública de um político que conseguiu a façanha mitológica de esfacelar de vez a autoridade moral e ética de um congresso já marcado historicamente pela sua completa falta de respeito e decoro com a república, o PT decidiu por honrar o seu legado, a sua militância e a vontade popular representada por 81% da população que deseja a cassação de Cunha.
Após uma longa reunião, a bancada do partido, que não escondia o receio das retaliações que se seguiriam, decidiu que os seus três votos serão unânimes pela cassação do parlamentar. Com isso, Cunha, que contabilizava cerca de 8 a 9 votos a seu favor, agora já dá como certa a sua derrota no processo que fatalmente o levará à perda do mandato.
Ninguém sai ileso ao ir de encontro à psicopatia de um sujeito covarde, dissimulado e chantagista como Eduardo Cunha. O que era previsível tornou-se fato consumado. Horas depois da decisão do PT, o país se viu diante da aceitação de um dos pedidos de impeachment que ainda aguardavam apreciação e que eram mantidos como uma vergonhosa moeda de troca.
Lançados os dados, o intrincado jogo político que se formou agora é irreversível. Eduardo Cunha martelou o último prego de seu caixão. Como a única coisa que ainda lhe dava sobrevida, tanto no governo quanto na oposição, era justamente o impeachment, com o processo instaurado nem mesmo os seus mais fiéis lacaios terão a coragem de arcar com o custo político de protegerem alguém tão rejeitado e agora sem serventia alguma.
Resta saber, mais do que o destino da própria presidenta Dilma, o destino que a nossa ainda jovem democracia irá tomar. Uma vez que não existe um único fato jurídico ou criminal que justifique a abertura de um processo de tamanha importância para a afirmação deste pais como nação, o que estamos todos presenciando é a instalação de um golpe histórico movido por puro ódio, rancor e vingança.
Existem várias evidências de que o governo possui os votos necessários para barrar o que seria a maior intervenção no processo democrático brasileiro desde o fatídico março de 1964. Os vetos da presidenta Dilma que foram mantidos desarmando as famosas “pautas bombas” já indicam um fortalecimento da base governista. Hoje mesmo uma importante vitória do governo foi concretizada com a aprovação da alteração da meta fiscal da União de 2015.
Seja como for, Eduardo Cunha e todos aqueles que durante mais de um ano, movidos pelos sentimentos mais inescrupulosos e antidemocráticos, não fizeram outra coisa a não ser conspirar contra a normalidade jurídica e democrática do Brasil, provavelmente não percebem a dimensão da convulsão popular que acabaram de conclamar.
Com a auto-afirmação do Partido dos Trabalhadores aos valores históricos que o fizeram possuir um patrimônio intrínseco inestimável na forma de uma militância fiel e combativa, é mais do que certo que todos os setores e movimentos democráticos e progressistas desse país não medirão esforços para defender o resultado impresso nas urnas em outubro de 2014.
Independente do que venha a acontecer a partir daqui, uma lição importantíssima foi dada hoje pelo PT. A de que é preferível morrer de pé do que viver de joelhos.
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Carlos Fernandes
Sobre o Autor

Assistência após desastres e conflitos negligencia necessidades essenciais de saúde das mulheres


Relatório Situação da População Mundial 2015 do UNFPA define nova agenda para a resposta humanitária e reforça apoio à milhões de pessoas deixadas para trás
Nações Unidas, Nova Iorque, 3 de dezembro de 2015 - As necessidades em saúde de mulheres e adolescentes são muitas vezes negligenciadas na resposta humanitária aos desastres naturais e conflitos em todo o mundo, mesmo quando suas chances de viver ou morrer em uma crise dependam do acesso a serviços de saúde sexual e ações de saúde sexual e reprodutiva, como atenção de parteiras e parteiros profissionais, ou outros profissionais especializados, e prevenção do HIV, diz um novo relatório divulgado hoje pelo UNFPA, o Fundo de População das Nações Unidas.
O relatório Situação da População Mundial 2015, intitulado “Abrigo da Tempestade - uma agenda transformadora para mulheres e meninas em um mundo propenso a crises”, mostra que das 100 milhões de pessoas que necessitam de ajuda humanitária em todo o mundo hoje, cerca de 26 milhões são mulheres e meninas adolescentes em idade reprodutiva.
Serviços e ações de saúde sexual e reprodutiva essenciais para a saúde e a sobrevivência de mulheres e adolescentes são mais escassos no momento em que são mais necessários, diz o relatório. Três quintos das mortes maternas ocorrem hoje em países que são considerados frágeis por causa de conflitos ou desastres. A gravidez e o parto matam 507 mulheres todos os dias em tais contextos.
"A saúde e os direitos das mulheres e adolescentes não devem ser tratados como uma reflexão tardia na resposta humanitária", diz o Diretor Executivo do UNFPA, Dr. Babatunde Osotimehin. "Para a mulher grávida que está prestes a dar a luz, ou para a adolescente que sobreviveu à violência sexual, tais serviços, que salvam vidas, são tão vitais quanto água, comida e abrigo."
Sem a proteção usual da família e da comunidade, as mulheres e as adolescentes são mais vulneráveis ​​à violência sexual, gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis, como HIV. Necessidades básicas para um parto seguro, planejamento da vida reprodutiva e cuidados em saúde sexual e reprodutiva raramente são atendidas quando mulheres e adolescentes deixam de ter acesso aos sistemas de saúde em decorrência das crises.
"Ter os meios para evitar uma gravidez e estar a salvo da violência sexual são direitos humanos básicos", diz Dr. Osotimehin. "Direitos não desaparecem e mulheres não deixam de dar à luz quando irrompe um conflito ou ocorre um desastre."
O relatório mostra que a maior ocorrência de conflitos e catástrofes no mundo atual tem levado o UNFPA a dedicar boa parte dos seus esforços e serviços aos contextos de crise. Em 2015, o UNFPA respondeu às crises em 38 países.
Proteger a saúde e efetivar os direitos das mulheres e adolescentes não são apenas fundamentais para resistir à piora no cenário de guerras e desastres naturais, mas também podem acelerar a recuperação após as crises, mostra o relatório do UNFPA. As mulheres e adolescentes necessitam um abrigo melhor, mais forte e mais resiliente para ajudá-las a enfrentar as tempestades que põem em perigo a sua saúde, seus direitos e seu futuro.
O abrigo atual, de acordo com o relatório do UNFPA, é incapaz de proteger todas que necessitam. Em 2014, por exemplo, as Nações Unidas precisaram de um montante recorde de 19,5 bilhões de dólares para responder a crises humanitárias ao redor do mundo, mas enfrentou um déficit recorde de 7,5 bilhões, o que colocou em risco a saúde e a vida de milhões de pessoas. Em 2015, o UNFPA recebeu menos da metade do financiamento necessário para satisfazer as necessidades essenciais de saúde sexual e reprodutiva de mulheres e adolescentes.
A demanda por assistência humanitária supera a oferta, e por essa razão é necessária uma nova abordagem, com uma nova ênfase na prevenção, preparação e construção de resiliência das nações, comunidades, instituições e indivíduos. Um caminho para a resiliência, conclui o relatório, é o do desenvolvimento equitativo, inclusivo, que protege os direitos, incluindo os direitos reprodutivos.
"Manter as coisas como estão na assistência humanitária significa deixar muitas pessoas para trás, num momento em que as necessidades são muito grandes", diz Dr. Osotimehin. "Precisamos fazer um trabalho muito melhor no sentido de ajudar as pessoas que estão em situações de maior vulnerabilidade, especialmente meninas e adolescentes. Mas também temos de fazer um trabalho muito melhor em investir para construir um mundo mais estável, capaz de suportar as tempestades que virão pela frente".
Brasil
O relatório Situação da População Mundial 2015 menciona o aumento das contribuições dos países emergentes para a ajuda humanitária, citando o exemplo do Brasil. As contribuições brasileiras aumentaram de 2,6 milhões de dólares em 2005 para 14,9 milhões em 2014. O relatório alerta que, apesar do aumento das contribuições na última década, os déficis de financiamento continuam crescendo.
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O UNFPA trabalha para criar um mundo onde cada gravidez seja desejada, cada parto seja seguro e potencial de cada jovem seja realizado.
Para mais informações ou entrevistas, contatar:
Midiã Santana (71) 3183.5718, msantana@unfpa.org
Ulisses Lacava, (61) 3038.9259, (61) 8146.5532, ulisses.lacava@gmail.com

Para o relatório completo e outras informações, visite: