O sistema de saúde, que representa 8,8% do PIB brasileiro, competindo com o Petróleo (10%), é dissecado nas páginas de economia, policial e de ciência, infelizmente não obrigatoriamente nesta ordem. As curas são superadas pela corrupção e descaso. Sofremos pelas doenças e com a hipocrisia.
A questão não é salarial. Médicos não são atraídos por salários de R$ 39 mil reais para trabalhar no importante Programa de Saúde da Família. Por que será? Querer ir para o interior já foi um atrativo, mas não é mais. Por que? Ganha-se mais, gasta-se menos e quem sabe um dia vira-se prefeito?
Para resolver a falta de profissionais surgiu uma ideia mágica e incrível: se forme, vá para interior, ganhe um "bom" dinheiro, treine (bastante) no pobre. Após um ou dois anos você tem assegurado um "bônus" extra nos pontos das provas seletivas para vaga numa residência ou pós-graduação, concorrendo para quem não foi para o interior "treinar".
Criar mais vagas em cursos de medicina e facilitar a validação do diploma de quem se formou em outros países é outra ideia mágica. Isto é outro grande equívoco. O Brasil só perde para a Índia no número de faculdades de medicina. Vencemos até os EUA.
Das 185 faculdades de medicina autorizadas para funcionar no Brasil a sua maioria é particular.
O curso de medicina é o mais lucrativo de todos de ensino superior (R$ 3,5 mil a R$ 6 mil apenas pela mensalidade). Menos de 10% deixam de receber o diploma, um dos menores índices de abandono ou reprovação entre os cursos de nível superior. Estará havendo permissividade no ensino e na aprovação?
Após a diplomação a maioria não consegue, por falta de vagas, fazer uma residência médica ou uma pós-graduação complementar. Apenas com o diploma e três a quatro empregos, em sua maioria plantões de emergência, seguem na vida. Preferem ganhar menos que a metade que receberiam no interior em troca de ficar com suas famílias, auxílio de outros profissionais e uma infraestrutura mínima. Dinheiro não é tudo, acreditem.
A ideia de validar automaticamente os diplomados em escolas argentinas, bolivianas e principalmente cubanas é uma ação criminosa. A maioria destes cursos tem curriculum defasado e faculdades mal-equipadas.
Os alunos, em sua imensa maioria, não foram submetidos a um processo seletivo regular, mas por indicação de caráter político, ideológico e condições sociais.
O índice de reprovação de mais de 98% destes candidatos, pelo sistema atual de validação, confirma o alerta feito pelo Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos. Dos formados em Cuba menos de 9% conseguiram validar seu diploma no Brasil.
As entidades médicas e categorias profissionais têm estudos com boas sugestões. Importar ou formar pela metade vai duplicar o problema.
A questão não é salarial. Médicos não são atraídos por salários de R$ 39 mil reais para trabalhar no importante Programa de Saúde da Família. Por que será? Querer ir para o interior já foi um atrativo, mas não é mais. Por que? Ganha-se mais, gasta-se menos e quem sabe um dia vira-se prefeito?
Para resolver a falta de profissionais surgiu uma ideia mágica e incrível: se forme, vá para interior, ganhe um "bom" dinheiro, treine (bastante) no pobre. Após um ou dois anos você tem assegurado um "bônus" extra nos pontos das provas seletivas para vaga numa residência ou pós-graduação, concorrendo para quem não foi para o interior "treinar".
Criar mais vagas em cursos de medicina e facilitar a validação do diploma de quem se formou em outros países é outra ideia mágica. Isto é outro grande equívoco. O Brasil só perde para a Índia no número de faculdades de medicina. Vencemos até os EUA.
Das 185 faculdades de medicina autorizadas para funcionar no Brasil a sua maioria é particular.
O curso de medicina é o mais lucrativo de todos de ensino superior (R$ 3,5 mil a R$ 6 mil apenas pela mensalidade). Menos de 10% deixam de receber o diploma, um dos menores índices de abandono ou reprovação entre os cursos de nível superior. Estará havendo permissividade no ensino e na aprovação?
Após a diplomação a maioria não consegue, por falta de vagas, fazer uma residência médica ou uma pós-graduação complementar. Apenas com o diploma e três a quatro empregos, em sua maioria plantões de emergência, seguem na vida. Preferem ganhar menos que a metade que receberiam no interior em troca de ficar com suas famílias, auxílio de outros profissionais e uma infraestrutura mínima. Dinheiro não é tudo, acreditem.
A ideia de validar automaticamente os diplomados em escolas argentinas, bolivianas e principalmente cubanas é uma ação criminosa. A maioria destes cursos tem curriculum defasado e faculdades mal-equipadas.
Os alunos, em sua imensa maioria, não foram submetidos a um processo seletivo regular, mas por indicação de caráter político, ideológico e condições sociais.
O índice de reprovação de mais de 98% destes candidatos, pelo sistema atual de validação, confirma o alerta feito pelo Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos. Dos formados em Cuba menos de 9% conseguiram validar seu diploma no Brasil.
As entidades médicas e categorias profissionais têm estudos com boas sugestões. Importar ou formar pela metade vai duplicar o problema.