terça-feira, 8 de maio de 2012

Venda de imóveis novos sobe 27% em São Paulo


Gabriela Forlin, da Agência Estado
SÃO PAULO - As vendas de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo registrou no primeiro trimestre de 2012 alta de 27% em termos reais no valor movimentado em relação a igual período do ano passado. Foram comercializados R$ 2,73 bilhões ante R$ 2,15 bilhões registrados de janeiro a março de 2011, segundo a pesquisa sobre mercado imobiliário na cidade, feita pelo departamento de economia e estatística do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Em quantidade de unidades o crescimento é de 26,6% no período, para 5,4 mil imóveis comercializados, contra 4,265 mil no primeiro trimestre do ano passado.
Conforme dados apurados pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), os lançamentos residenciais na cidade de São Paulo totalizaram 3,635 mil unidades até março, o que representa uma queda de 29,2% na comparação com igual período do ano passado, quando era de 5,133 mil unidades.
Os resultados indicam que o mercado pode estar em processo de ajuste em relação ao desequilíbrio entre volume de lançamentos e de vendas ocorrido no ano passado.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

5 mil ton de alimentos jogados no lixo em SP



Quantidade é recolhida mensalmente pela Prefeitura da capital.
Parte é jogada no asfalto por consumidores e feirantes.

Do G1 SP
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Mais de 5 mil toneladas de restos de comida são recolhidos mensalmente pela Prefeitura de São Paulo e encaminhados para os aterros sanitários da cidade. Com o uso do sistema de compostagem, esse material poderia ser transformado em adubo.
Além de frutas, verduras e pastel, as feiras têm muito material desperdiçado. Muitos alimentos em condições de consumo vão parar no asfalto.
Depois que os feirantes desmontam as barracas e que os responsáveis pela coleta fazem a limpeza, todo o material separado na calçada e em caixas de plástico é recolhido e levado para os aterros da cidade.
“Nos planos atuais da Prefeitura, através da Secretaria de Serviços, nós não estamos colocando nas nossas metas prioritárias a compostagem”, diz Drauzio Barreto, secretário de Serviços da Prefeitura.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos estipula para as prefeituras a implantação de um sistema de compostagem para o reaproveitamento do lixo orgânico. O projeto deve ser apresentado até o mês de agosto.

A transição para o novo modelo da caderneta de poupança



Coluna Econômica - 07/05/2012

No primeiro dia após o anúncio das mudanças na caderneta de poupança, a avaliação do Ministério da Fazenda é que a transição para o novo modelo será tranquila.
Para o Secretário Executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, havia dois objetivos a serem alcançados:
Montar o novo modelo sem mexer nos depósitos atuais e sem tirar a competitividade da poupança para os novos depósitos.
Abrir espaço para a política monetária, para o Banco Central poder baixar ou aumentar os juros, de acordo com os cenários econômicos, sem os empecilhos anteriores do piso da poupança - em 6,17% ao ano mais TR. Não se podia baixar a Selic a menor de 8,5% sem provocar uma revoada de investimentos de outros ativos para a poupança
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Evitou-se também sofisticar demais a poupança, estipulando taxas maiores para depósitos que permaneçam mais tempo na poupança. O banco que quiser poderá criar um ativo novo qualquer, batizar de poupança especial ou algo do gênero, e lançar.
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Mesmo com as mudanças, a poupança continuará bastante competitiva. Pelos cálculos da Fazenda, quando a Selic cair abaixo de 8,5%, a remuneração da poupança será equivalente a de um fundo DI (remunerado pela remuneração dos certificados de depósito interbancário) com uma taxa de administração de apenas 0,5%. Banco que quiser conversar seus fundos, terá que reduzir substancialmente sua taxa de administração.
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As mudanças efetuadas darão mais trabalho aos bancos, para reduzir o trabalho dos poupadores. Haverá a distinção entre depósitos anteriores e posteriores a 3 de maio. Os primeiros continuarão recebendo a remuneração de 6,17% mais TR. Sempre que a Selic for de 8,5% ou menos, os novos depósitos receberão 70% da Selic mais TR.
Mas ambos os depósitos ficarão na mesma conta, para evitar que o poupador tenha que abrir novas contas. Caberá ao banco especificar nos extratos o saldo antigo e o novo, devidamente atualizados a cada mês.
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Todo esse movimento - redução da Selic, do spread bancário, da remuneração da poupança - será aprofundado, mas encerra-se aí.
O próximo desafio da Fazenda será reduzir o custo da energia. Numa ponta, haverá a renegociação de tarifas na renovação das concessões. Há inúmeras fórmulas sugeridas e que serão definidas até o final do ano.
Na outra ponta, estudam-se maneiras de desonerar a energia de tributos que incidem sobre ela - embora o mais pesado seja o ICMS estadual.
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Prosseguirão também os estudos para desoneração de setores mais atingidos pelas importações.
Nelson Barbosa admite que esse modo de atuação pode passar a sensação de medidas dispersas de política industrial. Mas não vê outro caminho, já que a estratégia mais adequada - colocada em prática pela Fazenda - é a da mudança gradativa do ambiente econômico sem traumas, sem gestos heróicos.
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Pelos cálculos da Fazenda, o nível de atividade industrial deverá começar a reverter a partir do segundo trimestre. Espera-se que a partir do segundo semestre, a economia já esteja rodando a 5% ao ano, na ponta, embora ainda haja incógnitas no mercado internacional: EUA melhorando, Europa estagnada e a Argentina enfrentando seus próprios problemas.