segunda-feira, 12 de março de 2012

Corrupção está mais 'rasteira e evidente', na folha.com


A corrupção vem crescendo no Brasil, nas últimas duas décadas, porque o Congresso, na prática, aboliu as cassações de mandato como forma de punição. É o que diz Modesto Carvalhosa, que na próxima quinta-feira completa 80 anos.
Em meio a uma dezena de obras que publicou, sobretudo em direito societário e comercial, Carvalhosa coordenou as 493 páginas de "O Livro Negro da Corrupção" (1995), centrado nas revelações que levaram à queda, em 1992, do então presidente Fernando Collor de Mello.

Modesto Carvalhosa foi professor de direito comercial na USP, presidente do Condephaat (1984-1987), quando foi tombada a Serra do Mar, consultor da Bovespa e presidente do Tribunal de Ética da OAB-SP. Também presidiu a Associação de Docentes da USP, liderando em 1978 uma greve contra o regime militar.

Sua publicação de maior fôlego foram os quatro volumes dos "Comentários à Lei das Sociedades Anônimas", publicados em 1977 e atualizados em sucessivas edições até o ano passado.
O professor e advogado é homenageado em documentário de 45 minutos produzido por sua filha Sofia.

O filme passará em duas sessões na próxima quarta-feira, no MIS (Museu da Imagem e do Som), às 21h e às 22h. Os ingressos são gratuitos, mas para a primeira sessão eles já estão esgotados.

Folha - Excetuados os textos de direito, sua obra mais conhecida é "O Livro Negro da Corrupção", de 1995. Desde sua publicação, a corrupção aumentou ou diminuiu no Brasil?
Modesto Carvalhosa - A situação piorou. Na época prevalecia uma ética na sociedade que levava os corruptos, ao menos no Congresso Nacional, à cassação. Hoje em dia a corrupção é mais rasteira e evidente. O instituto da cassação foi abolido, na prática. O último político atingido foi o José Dirceu, em 2005. A sanção política desapareceu, e com isso há agora muito mais campo para corruptores e corruptos.

E a Lei da Ficha Limpa?
É é uma grande medida, mas não impede que o político eleito vá sujar sua ficha dentro do Congresso, o que ocorre se ele for cooptado pelos lobbies corruptores. A única inibição da corrupção é a sanção social, representada pela falta de decoro e pela cassação.

O chamado "presidencialismo de coligação" teria algo a ver com a impunidade?
Claro, já que o Brasil é um país presidencialista, mas que adota um governo que teoricamente tem um pouco a ver com o Parlamentarismo europeu no pós-Guerra. No Brasil a coalizão de partidos não dá sustentação ao governo, ela divide o poder com ele. Cada partido troca o seu apoio por cargos. Isso gera crises frequentes. E os partidos, por lotearem o poder, acabam por se unir para evitar a punição de ministros, deputados e senadores.

Há alguns anos a percepção era de que a corrupção estava circunscrita ao Executivo e ao Legislativo. O Conselho Nacional de Justiça mostra que uma minoria do Judiciário também está contaminada. A seu ver o CNJ já está solidificado, ou ainda podem cortar as asas dele?
A dialética dessa questão é interessantíssima. A partir de dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal enfrentou um desgaste, uma desmoralização na opinião pública, por ter impedido que o CNJ fiscalizasse desembargadores. Mas a opinião pública elegeu o CNJ como um órgão de atuação positiva e moralizadora, como a grande instituição brasileira capaz de atuar contra as improbidades.

O sr. é um crítico histórico da lentidão do Judiciário. Até que ponto a quantidade de recursos emperra os processos, muito mais que o anacronismo dos tribunais?
A reforma do Poder Judiciário deveria seguir recomendações de outro tribunal superior, o STJ (Superior Tribunal de Justiça), que tem a visão mais arejada e moderna do problema. O papel do STJ é extraordinário. Ele sugere um sistema em que os casos podem terminar em conciliação ou arbitragem. Seria necessária uma emenda à Constituição, que, sem afetar o direito pleno à defesa e à cidadania, desse força judicial a essa alternativa. Seria o caminho para as questões que não são de interesse coletivo. Um acidente de trabalho é questão de interesse coletivo. Mas não é o caso de uma disputa societária, entre sócios e acionistas. É um litígio próprio à arbitragem, sempre e apenas em primeira instância. Há 80 milhões de processos em curso no Brasil. Seriam necessários 800 mil juízes e 100 mil desembargadores para lidar com essa massa, o que é materialmente impossível.

E a súmula vinculante [decisões do STF que devem ser seguidas em instância inferior], de que se falou tanto há alguns anos?
Isso é algo muito, muito importante. Pena que não esteja se expandindo.

Vejamos o direito societário, sobre o qual o sr. lecionou e publicou. As empresas com controle acionário pulverizado e com administração profissional deram -ou não- mais dinamismo aos mecanismos de decisão?
Cada caso é um caso, dependendo dos administradores. Nos anos 90 falou-se em "governança corporativa" como se fosse uma religião, ao lado do cristianismo e da fé islâmica. Mas os administradores das companhias de controle pulverizado muitas vezes se apropriam de recursos imensos, por meio de bonificações que eles têm o poder de conceder a si mesmos. Há na Europa e Estados Unidos casos em que administradores recebem honorários de US$ 10 milhões, US$ 50 milhões. Companhias com controladores mantêm a rédea sobre os administradores. No mercado americano, montadoras há três anos falidas distribuíam milhões em bônus aos administradores.

Como o sr. avalia o desempenho das estatais brasileiras, que têm um grande controlador, a União?
Depois das privatizações, as estatais que permaneceram sob controle do Estado são administradas de modo mais técnico, conveniente, mais profissionalizado, mas com deficiências próprias à ingerência política e pressão dos fundos de pensão, que atuam como repúblicas independentes, dentro do Brasil.

Qual seu tombamento preferido: o Caetano de Campos, em 1975, quando o sr. chefiou um grupo de pressão, ou a Serra do Mar, quando o sr. presidia o Condephaat, durante o governo de Franco Montoro (1983-1986)?
No caso do Caetano de Campos eu era jovem, e, além da questão urbanística, havia a contestação de uma decisão autoritária do regime militar. Além disso eu estudei no Caetano de Campos, onde tenho fortes raízes sentimentais. Naquela época, o governo pretendia fazer uma grande estação de metrô na praça da República, às custas da demolição daquele colégio. Nas semanas em que durou o caso a Folha dava chamadas de primeira página. Eles ao fim recuaram.

Entre 1977 e 1979 o sr. também presidiu a associação dos professores da USP, que promoveu uma greve. Havia também contestação ao regime?
Claro que sim. Foi um momento que aconteceu quando tomávamos consciência da necessidade urgente de mais democracia. Nossa greve ocorreu na mesma época que a dos metalúrgicos de São Bernardo.

Chegou a ser convidado para entrar em algum partido político?
O governador Montoro me fez alguns convites, mas eu preferi nunca me filiar a nenhum partido.

Sua geração viveu a adolescência no pós-Guerra, quando as pessoas acreditavam que o mundo seria melhor, diferente.
O mundo mudou desde então, e para melhor. A democracia se impôs em certas áreas e ela funcionou como uma forma de aperfeiçoamento civilizatório. Houve um grande avanço nos direitos da sociedade civil. Com relação ao Brasil, estávamos em mãos de uma oligarquia que acreditava em valores éticos, mas não tinha uma visão social. Ocorreu uma abertura, mas a classe política ficou com um perfil mais vulgar. A sociedade civil, no entanto, cresceu e está bem mais poderosa.

Qual o papel das ONGs nesse processo?
Todos os movimentos sofrem, depois de determinado tempo, os efeitos da burocratização, da degeneração, de perda de seus objetivos iniciais. As ONGs perderam muito de seu impulso generoso ao se institucionalizarem. Em lugar de um ideal, elas hoje querem se aproximar dos governos. A institucionalização degrada as ideias.

Como pianista amador, quantas horas por semana o sr. tem se exercitado?
Muito pouco, talvez umas quatro horas. Tenho estudado peças menos difíceis de Mozart, Bach, Satie e o Liszt que seja mais fácil.

E com relação às leituras?
Tenho lido historiadores franceses e obras de psicologia, à procura de respostas a uma antiga obsessão minha, que são as impulsões do ser humano, no sentido de Nietszche. As impulsões são muito negativas, uma tragédia. Saramago tem uma frase terrível: "O ser humano não merece a vida." Só por essa frase ele já teria merecido o Prêmio Nobel.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Aguardando o tsunami monetário



Coluna Econômica - 09/03/2012
Entrevista relevante a de Edward Mott, fundador e CEO da Oxford Capital Partners, a Humberto Sacomandi, do Valor Econômico, alerta: o tsunami monetário mundial mal começou.
Trata-se do movimento dos bancos centrais da Europa, Inglaterra, Japão e Estados Unidos, de injetar dinheiro na economia global, visando prevenir a crise bancária. A economia global já foi irrigada em US$ 4,7 trilhão, mas o volume maior desses recursos mal começou a circular, segundo Mott. O que aconteceu até agora não passa de uma marolinha.
***
É um movimento que não terminou. Em 21 de dezembro o BCE (Banco Central Europeu) emprestou € 489 bilhões a 523 bancos; na semana passada, mais € 529,5 bilhões a 800 bancos. O prazo foi de três anos a taxas de 1% ao ano, abaixo da inflação da zona do euro, que é de 2,6% ao ano.
Foi alcançado o objetivo maior, de reduzir o prêmio pago pelos governos nacionais na rolagem de suas dívidas. Mas o crédito não chegou às empresas. A maior parte dos recursos está sendo aplicado em títulos da dívida dos países mais seguros e em depósitos no próprio BCE.
Pelos cálculos de Mott, mais da metade dos empréstimos do BCE está depositada no próprio banco, rendendo apenas 0,25% ao ano. Se recebem a taxas de 1% ao ano e aplicam a 0,25%, obviamente os bancos estão perdendo dinheiro. Isso se deve à cautela excessiva, para o caso de, por exemplo, um default caótico da Grécia.
Conclusão de Mott: é o maior volume de liquidez empoçada da história.
***
É esse medo que tem impedido um fluxo maior de recursos para os emergentes Vai chegar um momento em que de algum modo se resolverá a situação grega e o risco internacional cairá.
Haverá três fatores impulsionando uma bolha próxima:
1.      A redução do risco sistêmico global.
2.      O diferencial de juros entre países desenvolvidos e emergentes.
3.      A perspectiva de valorização dos ativos dos emergentes, antes do próximo crash.
***
Esses movimentos já foram exaustivamente estudados na literatura econômica, especialmente após as diversas bolhas ocorridas dos anos 80 para cá.
1.      Os gestores de fundos colocam a mão no gatilho, esperando o início do ciclo.
2.      Dado o tiro de largada saem correndo, apostando na valorização adicional dos ativos da vez (os emergentes). Quem chegar primeiro ganha na valorização.
3.      Entram no jogo com todos os sentidos ligados. Ao primeiro sinal de fim do ciclo de alta, começará a corrida. Quem sair primeiro, ganha – ao vender seus ativos no pico. Quem demorar, perde. Daí porque a corrida será louca.
Esse desenho de um novo “crash” é tão previsível quanto as crises a que o Brasil se expos nos anos 90. A cada crise, em vez de corrigir o câmbio, o governo FHC promovia um aperto fiscal, derrubava a atividade econômica e a economia permanecia exposta aos novos movimentos especulativos.
***
Desta vez há um diagnóstico maduro – até em função do aprendizado com as velhas crises -, uma consciência clara dos riscos do grande tsunami, estudos exaustivos sobre prós e contra de medidas a serem adotadas.
Falta começar a agir. Não dá mais para adotar medidas convencionais contra um tsunami que já apontou no horizonte.

Grito de alerta em defesa da produção e do emprego brasileiros


Grito de alerta em defesa da produção e do emprego brasileiros -Manifesto das Centrais sindicais e do empresariado

A estagnação da indústria de transformação em 2011 é algo extremamente grave e preocupante. Por este motivo, entidades patronais e de trabalhadores se unem para ressaltar que apesar do forte crescimento do consumo, o setor industrial reduziu drasticamente a geração de empregos, agudizando ainda mais o processo de desindustrialização no Brasil.

Juros altos, câmbio valorizado, guerra fiscal favorecendo as importações, entre outros fatores, incentivam artificialmente a entrada de produtos importados, fazendo com que a indústria pouco contribuísse para o crescimento do PIB em 2011. Como consequência, o crescimento total da economia deverá ficar abaixo de 3%, após crescimento de 7,5% em 2010.Esses dados revelam o descompasso entre as ações promovidas pelo governo, e a realidade da indústria que demanda medidas emergenciais e efetivas.

A desindustrialização não se iniciou nos últimos anos, mas vem se intensificando desde 2008. Em 1985, a indústria de transformação representou 27% do PIB, em 2011 deve ter chegado a menos de 16% e mantida a atual situação, chegaremos ao fim de 2012 com menos de 15%. O declínio da indústria coloca o país numa situação perigosa e vulnerável, com dificuldade de gerar empregos de qualidade e salários decentes para as presentes gerações e para as vindouras. Não se pode ignorar o impacto futuro que a redução da atividade da indústria brasileira, e da capacidade de consumo dos trabalhadores afetados, poderá ter sobre a expansão sustentável do emprego no comércio e serviços.

Não há como negar a importância da indústria para a transformação social de uma nação e a melhoria nas condições de vida de seus habitantes. Educação de qualidade, serviço de saúde eficiente, maior oferta de habitação e transporte, segurança e salários dignos são realidades dos habitantes de países ricos, que não descuidam de sua indústria, pelo contrário, defendem-na e incentivam-na com unhas e dentes, pois sabem que o setor industrial é vital para o desenvolvimento e bem estar da sociedade, senão, vejamos a atual posição do governo norte-americano conclamando para a defesa e recuperação da indústria de seu país.
Infelizmente o Brasil não tem dado a devida atenção àquilo que arduamente construiu. Basta lembrar que em 1980 o parque industrial brasileiro era equivalente aos parques de Tailândia, Malásia, Coréia do Sul e China somados. Em 2010, a indústria brasileira representou menos de 8% em comparação com as indústrias desses mesmos países.

Estamos regredindo e voltando a ser uma economia produtora e exportadora de produtos primários, cujas cotações dependem dos humores da economia internacional. As mercadorias importadas invadem nosso mercado, enquanto as exportações de produtos industrializados se reduzem. Em 2011, o déficit na balança comercial de manufaturados foi de US$ 93 bilhões.

Em 2030 o Brasil contará com uma população economicamente ativa de 150 milhões de pessoas. Precisamos, desde já, fortalecer os setores que serão capazes de gerar emprego de qualidade para esse contingente de brasileiros. As atividades do setor financeiro, da moderna agricultura e da extração mineral expandiram-se e tornaram-se economicamente importantes, porém sem uma
indústria pujante não teremos capacidade de gerar postos de trabalho decentes na quantidade que o Brasil demandará no futuro próximo.

O ano de 2012 se inicia com a atividade industrial estagnada, com perspectivas de crescimento anual próximo a zero. Neste cenário, mesmo que a demanda continue em expansão, novamente a economia brasileira como um todo não terá forças para crescer acima de 3%.
A sociedade brasileira não pode se comportar de forma passiva e resignada ante a tudo isso, como se décadas de desenvolvimento e a história nada significassem. Neste momento de crise internacional, crescimento de demanda é uma das coisas mais raras do mundo. Precisamos garantir que a demanda brasileira seja atendida pela produção brasileira, gerando empregos de qualidade e melhorando a distribuição de rendano Brasil.

Visando contribuir para a construção de um Brasil próspero e com boas oportunidades para todos, é que estamos reunidos - representantes dos trabalhadores e dos empresários - para este alerta em defesa da produção brasileira e de um ambiente econômico favorável ao crescimento.

Assinam este manifesto:
FIESP/CIESP, Força Sindical, UGT, CTB, CGTB, CNM/CUT, Sindicato Metalúrgicos de São Paulo, Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, SINAFER, SIMEFRE, SINDITEXTIL/ABIT, ABINEE, ABIMAQ, ABIQUIM, ABIPEÇAS, SICETEL, FIEP, FIEMG.

MEDIDAS EMERGÊNCIAIS PARA RETOMADA DA INDÚSTRIA NACIONAL
I - MEDIDAS MACROECONÔMICAS1- Redução da taxa básica de juros;
2- Redução do Spread;
3- Adotar medidas urgentes para atenuar a sobrevalorização cambial.

II- INVESTIMENTO PRODUTIVO COMO PROMOTOR DO CRESCIMENTO ECONÔMICO4- Desoneração integral do investimento produtivo de todos os tributos federais e estaduais;
5- Conteúdo local mínimo efetivoem todas as compras governamentais e privadas quando beneficiadas por financiamento público e/ou incentivos fiscais, e em setores estratégicos;
6- Disponibilização de linhas de financiamento com volume adequado e custos isonômicos aos concorrentes internacionais;
7- Perenização do PSI
8- Incentivar linhas de financiamento de longo prazo pelo setor bancário público e privado.
9- Utilização do compulsório não remunerado como instrumento de incentivo ao desenvolvimento de linhas privadas de financiamento de longo prazo.
10-Utilização das compras governamentais, inclusive da Petrobras, como indutoras da produção nacional, da agregação de valor e da geração de emprego e renda, com aplicação de margensde preferência para todos os setores industriais em percentuais que efetivamente incentivem a produção nacional.
11-Inovação tecnológica: extensão dos incentivos fiscais a todas as empresas, independente do regime de tributação (simples, lucro presumido e lucro real) da indústria de transformação, e oferta de financiamento com volume adequado e custos isonômicos aos que dispõem os concorrentes internacionais.


III- DEFESA COMERCIAL - INVERSÃO DO ATUAL QUADRODEINVASÃO DAS IMPORTAÇÕES NO MERCADO BRASILEIRO12-Fortalecimento das estruturas do MDIC relacionados à defesa comercial (DECOM, DECEX e DEINT), assegurando os recursos humanos e materiais necessários.
13- Disponibilizar as informações das operações de importação e exportação, como forma da sociedade fiscalizar operações de comércio exterior;
14- Incrementar o uso de instrumentos de defesa comercial, incluindo medidas compensatórias, licenças não automáticas, valoração aduaneira, salvaguardas e antidumping.
15-China: manter o tratamento como economia que não opera em condições predominantes de mercado e definir medidas de defesa comercial específicas.
16- Implementar a abertura e a aplicação de medidas de defesa comercial comfundamento em ameaça de dano.
17- Aprofundar a regulamentação técnica, sanitária e fitossanitária, bem como assegurar a fiscalização de seu comprimento por parte das importações.

IV - FIM DOS INCENTIVOS FISCAIS ÀS IMPORTAÇÕES18- Guerra dos portos: Aprovação da resolução 72 do Senado Federal, com definição na própria resolução do conceito de industrialização conforme art.4º, inciso I, do RIPI, e alíquota residual de 4% na origem.
19- Regimes tributários especiais: Fim dos incentivos concedidos às importações.

V- CRESCIMENTO INDUSTRIAL COMO PRIORIDADE DA POLÍTICA ECONÔMICA – METAS E CONTRAPARTIDAS20-Criação de metas anuais de aumento do nível de emprego na indústria de transformação.
21-Definição de metas anuais de crescimento da produção física e da taxa de investimento da indústria de transformação.
22- Incorporação dessas metas como objetivo prioritário da política econômica.