Evans-Pritchard e Clastres indicam, é claro, que o restante do processo agrícola e decriação de animais cabe às mulheres, que, por sua vez, não têm qualquer lazer – já que, além defazer esse trabalho, também têm de preparar as refeições e cuidar dos filhos. Essa é uma provade que a dominação masculina não esperou a expansão do capitalismo para se imporradicalmente.6 Nisso se baseia nossa conclusão um tanto quanto ousada: os homens não gostamde trabalhar e só o fazem quando se sentem obrigados, são forçados, ou ainda quando esperam(como em nossas sociedades) ser reconhecidos pelos superiores e colegas das instituições dasquais fazem parte, e quando esperam satisfazer sua necessidade de sucesso, orgulho, glória e seugosto pelo dinheiro que é fonte de prazer. Esse pouco gosto pelo trabalho é encontrado (seremos breves a respeito desse assuntobem conhecido) nas sociedades que formaram a base da civilização ocidental. São muitos osestudos que destacam a falta de interesse dos cidadãos atenienses pelo trabalho. Em primeirolugar, o cidadão (daí seu nome) é um homem que cuida dos negócios da cidade e que decide,com os outros cidadãos, a melhor maneira de geri-los. Os outros (camponeses, artesãos,apátridas, escravos) são obrigados a trabalhar
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