terça-feira, 18 de junho de 2024

Campos Neto virou bode expiatório do PT, Elio Gaspari, FSP

PT está fazendo uma tempestade num copo d'água com a revelação de que o presidente do Banco CentralRoberto Campos Neto, disse ao governador Tarcísio de Freitas que aceitaria ser seu ministro da Fazenda.

A inconfidência veio num contexto em que Campos Neto defendia a candidatura do governador de São Paulo na eleição de 2026. Ele não é conhecido pela sua habilidade política fora do mundo dos números. A oferta, portanto, seria para um governo a ser formado depois da eleição de 2030. Até lá, muita água passará debaixo da ponte.

Um homem vestido formalmente com terno e gravata senta-se pensativamente em um evento, com um fundo azul escuro e a palavra "HOJE" visível atrás dele. A iluminação foca em seu rosto.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em seminário realizado em São Paulo - Rubens Cavallari - 22.abr.24/Folhapress

A indignação petista tem outro aspecto. Com a economia andando de lado e o cancelamento de várias promessas, convém que apareça um bode expiatório e Roberto Campos Neto é a figura ideal para esse papel.

EREMILDO, O IDIOTA

Eremildo é um idiota mas nunca acreditou na conversa de que se chegaria a um ajuste fiscal por meio de um aumento da receita. Lula, por exemplo, nunca disse que acreditava nisso.

Para alegria do cretino, a Faria Lima começa a expor publicamente seu ceticismo, porque no escurinho da avenida ninguém acreditava no cumprimento de promessa.

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O cretino sabe que a turma do papelório solidariza-se com quaisquer iniciativas de Brasília, até a hora em que a casa cai.

GUERRA DE EGOS

Há alguns meses a PUC do Rio reuniu sete economistas responsáveis pela formulação e a aplicação do Plano Real, que devolveu o valor à moeda nacional. É um bom documento, mas tudo indica que é o último.

Trinta anos mais velhos, alguns dos doutores cultivaram tanto seus egos que produzem saias justas do tipo: se ele for convidado eu não vou e rompo relações contigo.

RISCO BRASIL

Desde maio o indicador da percepção do risco Brasil vem subindo. O suspeito de sempre é o mau estado das contas públicas, mas não deve ser desprezado o funeral da Operação Lava Jato, com o Congresso e o Supremo Tribunal segurando as alças do caixão.

Para um investidor tradicional, um governo gastador é uma forte gripe, mas insegurança jurídica, aliviando-se larápios, é pneumonia. 

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