segunda-feira, 24 de junho de 2024

Meio - Economia

 Os economistas Gustavo Franco, Pedro Malan e Edmar Bacha lançam o livro 30 anos do Real: crônicas no calor do momento, pela editora Intrínseca. A obra reúne uma coletânea de artigos escritos nas datas de aniversário do Real. No pré-lançamento, com um debate na Casa das Garças, no Rio, os autores disseram que nunca houve tanto interesse no plano econômico como agora. Para Franco, organizador do livro e ex-presidente do Banco Central, esse interesse provavelmente acontece pela atual “angústia” no cenário econômico. Segundo Pedro Malan, que estava desde o começo plano e que assumiu o Ministério da Fazenda nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso, a estabilidade dos preços é uma responsabilidade do governo. Edmar Bacha, que também esteve desde o início na equipe que elaborou e pôs em prática o plano e presidiu o BNDES, disse que o povo percebeu a sua capacidade de controlar os preços através do processo eleitoral. “O povo negou o terceiro mandato ao PSDB (quando a inflação chegou a 12%) e apoiou a saída da Dilma (inflação chegou a 10,67%), demonstrando que brincar com a inflação leva a perda de poder”. No contexto do debate, mediado por Rogério Furquim Werneck, os economistas elogiaram a autonomia do Banco Central. (Globo)

Gustavo Franco: "Se a gente, como nação, não for capaz de substituir os dirigentes do Banco Central sem fazer bagunça, há algo de errado com a gente. Não, vamos fazer isso direito. Tenho certeza que vai acontecer tudo certinho." (Globo)

Enquanto isso, Lula afirmou na sexta-feira que Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, é seu “adversário político” e o associou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “O presidente do BC é um adversário político, ideológico e adversário do modelo de governança que nós fazemos. Ele foi indicado pelo governo anterior e faz questão de dar demonstração de que não está preocupado com a nossa governança”, afirmou à Rádio Mirante News, do Maranhão. E voltou a criticar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de interromper as quedas na taxa de juros e manter a Selic em 10,5% ao ano depois de sete cortes seguidos. “Nós estamos chegando no momento de trocar o presidente do BC”, destacou. “Eu acho que as coisas vão voltar à normalidade, porque o Brasil é um país de muita confiabilidade.” (Estadão)

 

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