Paris não foi chamada cidade–luz por acaso. Cintila de várias maneiras : nas ruas, onde a luz alaranjada dos lampadários se espraia convidando ao passeio; no Sena, quando o bateau-mouche passa como se fosse uma centopeia iluminada; na Torre Eiffel, que, no dia 14 de julho –dia que comemora a Revolução Francesa– varia de cor conforme a luz e, como se fosse uma fonte, jorra fogos de artifício sempre inusitados.
Paris é cidade luz desde o século 17 porque Luiz 14 mandou instalar lanternas nas ruas para controlar a desordem social. Paris foi primeiro cidade-luz por uma questão de segurança. Depois, no século 18, por causa do Iluminismo, um movimento que promoveu ideias de liberdade e conhecimento. A cidade que, até então brilhava pela luz física, passou a brilhar também pela luz espiritual. Com a chegada da eletricidade, no século 19, ela se consagrou como cidade-luz. A Torre Eiffel foi construída para a Exposição Universal de 1900 e se tornou um ícone cultural.
Por ser de treliça de ferro, também é chamada Dama de Ferro. Tem o nome do engenheiro que a concebeu, Gustave Eiffel, e foi construída para comemorar a Revolução Francesa. Isso importa mais que o fato de ela ter sido, por mais de 40 anos, a estrutura mais alta do mundo –Gustave Eiffel terminou uma das suas palestras sobre ela dizendo que a torre simbolizava o século da indústria e da ciência... para o qual o caminho foi preparado pelo movimento científico do século 18 e pela Revolução de 1789, que, apesar da guilhotina, culminou na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Pela primeira vez, o lema "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" foi invocado
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