A Câmara Municipal de São Paulo tem nesta quinta-feira (11) seu primeiro dia de votações e elegeu os presidentes das comissões temáticas. Das sete comissões temáticas permanentes, PSDB e PT ficaram presidirão duas cada um.
Nesta quinta, também será feita a primeira votação da prorrogação do auxílio emergencial municipal, no valor de R$ 100. A ideia é que o benefício seja pago por mais três meses. Com apoio do governo e oposição, a medida deve ser aprovada.
A Câmara elegeu os presidentes das sete comissões, em acordo que respeitou a proporcionalidade das bancadas.
Os presidentes tem papel estratégico nas comissões, podendo convovar audiências públicas e controlando a pauta das reuniões.
Partido do prefeito Bruno Covas, o PSDB presidirá as comissões de Justiça, com Carlos Bezerra Jr., e de Administração Pública, com Gilson Barreto.
Já o PT presidirá as comissões de Finanças, com Jair Tatto, e Transportes, com Senival Moura —vereador que é próximo do setor de cooperativas de transporte.
A comissão do transporte promete ter muito atrito entre vereadores rivais. Há um vereador ligado aos taxistas, Adilson Amadeu, o vice-presidente, e outro ligado aos aplicativos de carona, Marlon Luz (Patriota), vereador que teve como nome de urna Marlon do Uber, mas depois resolveu usar o próprio nome na Câmara.
Além deles, Camilo Cristófaro, do PSB, tem uma plataforma contrária aos radares e entrou na política com uma plataforma contra a "indústria da multa", como alguns se referem ao aparato fiscalizatório de infrações de trânsito na cidade.
Além das duas legendas, Paulo Frange (PTB) presidirá uma das principais comissões neste ano, a de Política Urbana. Por lá, será analisada a revisão do Plano Diretor, conjunto de regras que define o crescimento da cidade. Frange já atuava na comissão quando o atual Plano Diretor foi aprovado, em 2014.
Eliseu Gabriel (PSB), que é professor da USP, presidirá a comissão de Educação. Felipe Becari (PSD) será o único novato a presidente uma comissão, a de Saúde. Ele é policial civil e youtuber defensor da causa animal.
Apesar de ter seis vereadores, uma das maiores bancadas, o PSOL não presidirá comissão alguma. O partido ficou de fora do bloco de apoio que elegeu Milton Leite (DEM) para presidir a Casa, uma vez que decidiu lançar Erika Hilton (PSOL) para concorrer com o democrata.
O PSOL também decidiu se abster das votações para as comissões. A exceção foi Erika Hilton, que participou da votação que elegeu Eliseu Gabriel e Cris Monteiro (Novo), segundo integrantes do partido, por uma falha de comunicação.
A Casa votará nesta quinta a prorrogação do auxílio emergencial municipal, que tem valor de R$ 100.
O PSOL defende aumentar o valor do benefício para R$ 350. "A gente é a favor que se estenda o prazo. A prefeitura quer colocar o auxílio por mais três meses, mas isso é insuficiente. O auxílio precisa ser garantido enquanto durar o período da imunização. Não tem nenhum tipo de possibilidade da crise passar, dos empregos retomarem antes de termos a vacinação para todos", afirmou a líder do PSOL, Luana Alves.
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