sexta-feira, 15 de maio de 2020

Quais brasileiros poderiam ter levado o Prêmio Nobel de Medicina, Veja

poderiam ter levado o mais importante prêmio da medicina

Ao menos 16 brasileiros já poderiam ter recebido o Prêmio Nobel de Medicina. Duvida? SAÚDE traz uma história resumida de cada um – alguns, inclusive, estão vivos. Confira:

Carlos Chagas (1879-1934)

Não satisfeito de ser o primeiro brasileiro a disputar o Nobel de Medicina, foi o único a ser indicado duas vezes, em 1913 e 1921. Foi o único cientista a identificar todo o ciclo (parasita, vetor, hospedeiros, sintomas e a epidemiologia) de duas das mais graves doenças tropicais: a malária e a doença de Chagas.
Em 1909, identificou o protozoário causador do mal que levou seu nome – que ele batizou como Trypanosoma cruzi, em homenagem a Oswaldo Cruz. E também o inseto que transmite a doença, o barbeiro.

Vital Brazil (1865-1950)

Fundador dos institutos Butantan (em 1901, em São Paulo) e Vital Brazil (em 1919, em Niterói), é reconhecido mundialmente por ter criado soros específicos contra venenos de animais peçonhentos, como cobras, aranhas e escorpiões. As duas instituições que ajudou a fundar se tornaram referência tanto na formação de pesquisadores quanto na produção de soros e medicamentos.
No começo do século 20, combateu epidemias de cólera, varíola e peste bubônica. Apesar de ter contraído febre amarela duas vezes, morreu de alta concentração de ureia no sangue, causada por motivo desconhecido.

Antônio Cardoso Fontes (1879-1943)

Graças ao seu trabalho sobre o bacilo da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis), concorreu ao Nobel de Medicina em 1934. Depois de participar de congressos no Brasil e no exterior, foi nomeado diretor do Instituto Oswaldo Cruz, no lugar de Carlos Chagas, que acabara de falecer.
Por coincidência, Oswaldo Cruz foi seu orientador no doutorado, com o tema “Vacinação e Soroterapia Antipestosas”. Como se fosse pouco, fundou a Sociedade Brasileira de Tuberculose, que depois virou a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Adolfo Lutz (1855-1940)

Terceiro brasileiro indicado ao Nobel de Medicina – em 1938, por seu estudo sobre doenças tropicais, como cólera, malária e tuberculose –, é considerado o pai da medicina tropical no Brasil.
Foi o primeiro latino-americano a estudar os mecanismos de transmissão da febre amarela pelo Aedes aegypti. Para comprovar sua tese, serviu ele mesmo de cobaia para o experimento (junto com outros dois médicos, entre os quais Emilio Ribas). É responsável pela identificação dos principais agentes transmissores da malária.

Osvaldo Cruz (1872-1917)

Sanitarista, revolucionou a saúde pública no Brasil. Ingressou na faculdade de medicina aos 15 anos. O interesse era tanto que, ainda garoto, improvisou um laboratório no porão de casa.
Coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela, peste bubônica e varíola. Entre outras medidas, organizou batalhões de mata-mosquitos para percorrer as casas à procura de focos dos insetos transmissores e convenceu o então presidente do Brasil, Rodrigues Alves, a decretar a vacinação obrigatória contra a varíola. A campanha enfrentou resistência popular e ficou conhecida como a Revolta da Vacina.

Manoel de Abreu (1891-1962)

Radiologista, inventou a abreugrafia, exame que permite o diagnóstico precoce da tuberculose. Por ser rápido e barato, possibilitou uma redução considerável no número de casos fatais da doença.
Abreu foi o quarto e último brasileiro indicado ao Nobel de Medicina, em 1946. O dia 4 de janeiro é considerado o Dia Nacional da Abreugrafia.

Nise da Silveira (1905-1999)

É a mulher que humanizou o tratamento psiquiátrico no Brasil. Assim que pode ser descrita, em uma frase, a psiquiatra que trocou correspondência com o suíço Carl Gustav Jung e teve sua vida contada no cinema, em 2016. Em 1944, começou a trabalhar no Hospital Pedro II, antigo Centro Psiquiátrico Nacional, no Rio de Janeiro.
Sua primeira atitude foi banir tratamentos desumanos, como camisa de força e choque elétrico. E estimular pacientes esquizofrênicos a se expressar através da arte e psicóticos, a conviver mais com cães e gatos.
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