Chocado, como todas as pessoas decentes, com o vídeo da reunião ministerial de Jair Bolsonaro no dia 22 de abril? Sim, mas só porque, graças à decisão do ministro Celso de Mello, do STF, ela foi tornada pública. Quem sabe não a teríamos encarado com naturalidade se já tivéssemos assistido às reuniões anteriores de Bolsonaro com seu ministério? Quem garante que não tenham sido o mesmo festival de perversidade, escatologia, baixeza, cinismo e inconstitucionalidade?
Não há motivo para acreditar que fossem diferentes. É o presidente da República quem dita o tom de seus encontros, públicos ou particulares. E, como observamos todo dia, Bolsonaro só se dirige às pessoas em seu estilo equino, de servente de estrebaria —daí sua intimidade com bosta, estrume e outros clássicos de seu vocabulário. Mas a importância de consultar essas reuniões, se elas tiverem sido gravadas, estará em penetrar nos repulsivos intestinos da história recente do Brasil.
Por elas saberíamos quem, quando e como se planejaram, discutiram e executaram os crimes e indignidades que Bolsonaro já praticou. A julgar pela reunião de 22/4, nada coube ao acaso —mesmo as suas medidas mais gratuitas e absurdas visavam a uma estratégia de corrosão das instituições e ocupação de espaço por sua quadrilha.
Pelas gravações ou atas dessas reuniões, saberíamos ainda que ministros ele humilhou diante dos colegas para que pusessem seus planos em ação —não será surpresa se até ministros militares já tiverem sido esbofeteados. E saberíamos também de quem, por convicção ou oportunismo, partiram as ideias em curso para devastar a educação, a saúde, o meio ambiente, a cultura e o respeito aos Poderes.
Os tribunais do futuro precisarão dessas informações para distinguir entre os criminosos e os cúmplices de seu governo—sem esquecer os omissos, escondidos atrás de seus cargos "técnicos" e orelhas murchas.
Não há motivo para acreditar que fossem diferentes. É o presidente da República quem dita o tom de seus encontros, públicos ou particulares. E, como observamos todo dia, Bolsonaro só se dirige às pessoas em seu estilo equino, de servente de estrebaria —daí sua intimidade com bosta, estrume e outros clássicos de seu vocabulário. Mas a importância de consultar essas reuniões, se elas tiverem sido gravadas, estará em penetrar nos repulsivos intestinos da história recente do Brasil.
Por elas saberíamos quem, quando e como se planejaram, discutiram e executaram os crimes e indignidades que Bolsonaro já praticou. A julgar pela reunião de 22/4, nada coube ao acaso —mesmo as suas medidas mais gratuitas e absurdas visavam a uma estratégia de corrosão das instituições e ocupação de espaço por sua quadrilha.
Pelas gravações ou atas dessas reuniões, saberíamos ainda que ministros ele humilhou diante dos colegas para que pusessem seus planos em ação —não será surpresa se até ministros militares já tiverem sido esbofeteados. E saberíamos também de quem, por convicção ou oportunismo, partiram as ideias em curso para devastar a educação, a saúde, o meio ambiente, a cultura e o respeito aos Poderes.
Os tribunais do futuro precisarão dessas informações para distinguir entre os criminosos e os cúmplices de seu governo—sem esquecer os omissos, escondidos atrás de seus cargos "técnicos" e orelhas murchas.
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