quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Único sistema sustentável que separa ouro a seco, dispensa produtos químicos e tem aproveitamento de 90%, release

Ouro ecologicamente separado através de equipamento de aproveitamento máximo do minério, traz uma nova perspectiva para a mineração, contribui com o meio ambiente e ainda gera uma fonte de renda adicional para os proprietários



O equipamento de separação de ouro e cobre Eco Gold System Joares lançado no mercado brasileiro no ano passado, com apoio da Ourominas, é a tecnologia mais moderna que se tem notícia no setor por ser altamente sustentável. Uma das suas vantagens é a ausência de utilização de água e agentes químicos, além de separar material residual do processo, que pode ser transformado depois em telhas e pisos.
Hoje o Brasil é um grande produtor mundial de ouro, além de joias, o mineral é usado também em equipamentos eletrônicos de aviação, componentes aeroespaciais, fabricação de cabos, entre outros setores que necessitam metais nobres.
A técnica de exploração de minérios, mais conhecida como garimpo, nos sistemas convencionais consome aproximadamente 1 mil litros de água para cada grama de ouro extraído. Esse processo também torna a água barrosa e forma piscinões.
E para facilitar a exploração mineral e aumentar a quantidade obtida do metal precioso, comumente, utiliza-se agentes químicos como mercúrio e cianeto. Esses resíduos químicos deixados pelo garimpo contaminam diretamente o meio ambiente.
Esse processo de amalgamação do ouro já era conhecido pelos fenícios e cartagineses em 2.700 a.C e, até hoje evoluiu-se pouco nesse sentido, o uso do mercúrio e cianeto continua causando danos para a saúde humana, fauna e flora das regiões de garimpagem.
Os produtos químicos do processo de mineração são altamente prejudiciais à saúde, o mercúrio, por exemplo, dependendo da forma de contato pode causar desde fraqueza, problemas gastrointestinais até distúrbios mentais.
Sensibilizado com a situação socioambiental que ronda a extração mineral e vislumbrando uma oportunidade de negócio, o empresário, Juarez Filho, diretor de uma das maiores empresas do setor de ouro no Brasil, a Ourominas, há tempos se dedica para encontrar uma solução mais eficiente e sustentável que atenda tanto o garimpo quanto as mineradoras-júnior e grandes mineradoras. Após quase 10 anos de pesquisas e testes o projeto idealizado por Juarez virou realidade e chega ao mercado, com apoio da Ourominas, a primeira máquina que não utiliza água e nem elementos químicos no processo de beneficiamento do ouro.
Com aproveitamento de 90% do ouro extraído, a grande inovação de tecnologia do Eco Gold System Joares é seu sistema de separação a seco que isola o minério de ouro de outros materiais, o que evita a necessidade de utilização de produtos tóxicos, como cianeto ou mercúrio, entre outros. O novo equipamento, a grosso modo, faz com que a terra seja desidratada e submetida a um processo de moagem, e por meio de uma tecnologia sofisticada faz a separação do ouro de outros materiais.
“Nosso objetivo é a extração extremamente sustentável para gerar também riqueza sustentável”, diz Juarez.
Eco Gold System Joares é extremamente seguro, pois não há manejo de bombas d’água e outros dispositivos como no modo convencional. Por sinal, não deve ser usada em rios, porque seu processo de produção é a seco com umidade máxima de 50%.
Todos seus operadores são treinados pelo fabricante, o que garante mais segurança e produtividade na execução do serviço.
Outro diferencial importante do Eco Gold System Joares está no material residual do processo que pode ser reaproveitado como matéria prima que somada a argila permite a fabricação de cerâmicas, tijolos ou telhas em olarias. Dessa forma, agrega mais uma fonte de renda ao negócio, que pode ser equivalente até ao da mineração do ouro.
O equipamento não tem um preço fixo e seu valor final depende do volume de processamento que cada mina exigir. No entanto, os custos são menores que as tecnologias em uso, especialmente se for considerada a relação custo x benefício. Além disso, o investimento pode ser financiado pelo BNDES.
Eco Gold System Joares possui o Selo Verde, certificado concedido às organizações que em seu maior potencial, buscam em suas atividades e/ou processos produtivos a valorização humana e sustentabilidade ambiental.
Para oferecer ainda mais benefícios, o Eco Gold System Joares solicitou adesão e, aguarda aprovação, no programa de créditos de carbono, que consiste em certificados emitidos para uma pessoa ou empresa que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa (GEE) e esse crédito pode ser negociado no mercado internacional. 


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Estado de São Paulo bate recorde em arrecadação de royalties de petróleo e gás , São Paulo. gov

Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente calcula novo aumento na produção estadual em 2019 
           
A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente divulgou nesta quarta-feira, 30 de janeiro, o Informe das Participações Governamentais de Petróleo e Gás Natural do Estado e dos Municípios de São Paulo 2019. Ao todo, Estado e municípios receberam R$ 4,1 bilhões de royalties mais participações especiais em 2018 um aumento de 64% em comparação a 2017.

Com uma produção média de petróleo e gás de 432,6 mil barris de óleo equivalente por dia em 2018, o
Estado se consolidou como segundo maior produtor do Brasil ficando atrás apenas do Rio de Janeiro.

“A cada ano que passa o setor de petróleo e gás ganha mais importância para o Estado e municípios paulistas. Seguindo a orientação do governador João Doria vamos atuar para que a atividade beneficie ainda mais toda a população de São Paulo, além da geração de recursos onde se prevê um novo recorde neste ano”, disse o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.

Localizados no pré-sal paulista da Bacia de Santos a produção de petróleo e gás natural do Estado é oriunda de seis campos de exploração; Merluza, Lagosta, Mexilhão, Baúna, Lapa e Sapinhoá, sendo esse último o maior, responsável por 72% de toda a produção em 2018.

A receita de participações governamentais do Estado foi de R$ 2,4 bilhões, sendo R$ 772 milhões de royalties e R$ 1,6 bilhão de participação especial. Já os municípios paulistas receberam ao todo R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 1,3 bilhão de royalties e R$ 395 milhões de participações.

No ano passado houve uma forte valorização do barril de petróleo no cenário mundial, o que impactou principalmente na arrecadação da participação especial que é um tributo ligado a produção dos campos.

Os municípios paulistas receberam 14% de todos os royalties pagos as cidades brasileiras beneficiadas. Dos R$ 1,2 bilhão que o Estado recebeu R$ 358 milhões ficou com Ilhabela, seguida por São Sebastião com R$ 138 milhões e R$ 122 milhões Caraguatatuba.

O cálculo da apuração e a distribuição dos royalties oriundos da produção de petróleo e gás natural no Brasil são atividades realizadas pela Superintendência de Participações Governamentais da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP. A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo consolida e divulga periodicamente estas informações ao público interessado e toda sociedade.

Para acessar o estudo completo acesse o site www.energia.sp.gov.br
 

Vale comprou empresa que elimina necessidade de barragens, FSP (pauta AL)

Leão Serva
SÃO PAULO
Pouco antes da tragédia provocada pelo rompimento de sua barragem em Brumadinho (MG), a mineradora Vale fechou a compra de uma empresa responsável pelo desenvolvimento de um processo de extração de ferro a seco. A New Steel, startup brasileira que desenvolve novos processos de mineração, foi comprada por US$ 500 milhões (R$ 1,9 bilhão) em negócio anunciado em dezembro e autorizado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no início de janeiro.
A negociação entre a Vale e o fundo de investimento Hankoe, proprietário da New Steel, foi iniciada há dois anos, um ano depois do desastre de Mariana (MG). Considerada a maior tragédia ambiental da história do Brasil, o rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, resultou na morte de 19 pessoas e lançou uma enxurrada tóxica responsável por eliminar a vida em inúmeros rios que formam a bacia do rio Doce.
O processo desenvolvido pela startup separa o minério de ferro do solo usando magnetismo, sem uso de água, o que elimina a poluição de rios e reduz o impacto ambiental da mineração.
Adicionalmente, pode recuperar minas abandonadas, pois permite explorar solos com percentual menor de ferro do que é economicamente viável para o método tradicional. Por isso, a empresa atingiu o valor de meio bilhão de dólares com o desenvolvimento de uma patente já registrada em 56 países, segundo seu site.
A mineração convencional de ferro envolve uso intensivo de água. Para cada tonelada de solo rico em ferro retirada de uma mina, são usados mil litros de água, em um processo de “lavagem” que vai resultar em cerca de 400 kg de ferro bruto (40%), que serão transformados em barras de ferro ou aço por metalúrgicas e siderúrgicas; 600 kg (60%) de terra e outros detritos, que, misturados com os mil litros de água, formam o líquido tóxico que é acumulado em grandes barragens como as que romperam em Mariana e Brumadinho.
Como as duas barragens rompidas, há centenas de outras ameaçando vidas e o meio ambiente em Minas Gerais e em outras regiões do país. As fortes tempestades que têm marcado o verão nos estados do Sudeste aumentam o volume das represas e a pressão sobre construções, que têm se revelado precárias.
O anúncio do acordo para a compra da New Steel foi feito pela Vale em 11 de dezembro de 2018. O negócio valorizou suas ações, mas necessitava de autorização do Cade. O órgão de controle concorrencial emitiu parecer favorável no dia 2 de janeiro.
Em princípio, a técnica da New Steel foi desenvolvida para o uso em minas, sem relação com os detritos acumulados em barragens nas décadas anteriores.

TRAGÉDIA EM BRUMADINHO

Uma barragem da mineradora Vale se rompeu e ao menos uma outra transbordou na sexta-feira (25) em Brumadinho, cidade da Grande Belo Horizonte, liberando cerca de 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no rio Paraopeba, que passa pela região. A lama se estende por uma área de 3,6 km² e por 10 km, de forma linear.
Até o início da manhã desta terça-feira (29), 65 corpos haviam sido encontrados. Desses, 31 já foram identificados, segundo a Polícia Civil de Minas. Até o momento, foram resgatadas 192 pessoas pelos bombeiros. Há 288 desaparecidos, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais.
Na segunda (28), as forças de segurança que trabalham nas operações de busca se reuniram com a equipe israelense que chegou na noite de domingo (27) para auxiliar no resgate, e com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Espera-se que, somados aos 280 bombeiros, os 136 militares agilizem o processo de retirada de corpos. Entre os equipamentos trazidos de Israel estão sonares que podem detectar sinais de celular a até três metros de profundidade e distinguir a lama de outras substâncias, como corpos. A chance de encontrar sobreviventes é quase zero. 
No domingo os bombeiros iniciaram a evacuação de comunidades de Brumadinho após a constatação de que uma segunda barragem da Vale apresentava risco iminente de rompimento. Um alarme de aviso soou às 5h30. A possibilidade de um novo rompimento foi descartada depois, e os moradores puderam retornar às suas casas.
A barragem 1, que se rompeu na sexta, é uma estrutura de porte médio para a contenção de rejeitos e estava desativada. Seu risco era avaliado como baixo, mas o dano potencial em caso de acidente era alto.