A produção de etanol de milho no Brasil não para de crescer. Tendo como base o ano-safra da cana-de-açúcar, na temporada 2014/15 foram produzidos 84,88 milhões de litros de etanol a partir do grão. Na safra seguinte, já foram 141,05 milhões de litros.
Agora, a safra 2016/17 já registra uma produção acumulada até o mês de janeiro de 169,53 milhões de litros de etanol de milho. Assim, antes mesmo do fim da temporada, o valor representa um crescimento de 20,2% em relação ao total da produção da safra anterior. Ao final de março a produção deve ultrapassar 210 milhões de litros (crescimento de 50%).
Desde 2014, quando um amplo estudo mostrou como o etanol de milho pode ser rentável, os ventos sopram a favor. A importância dessa opção ganha força com o volume recorde de etanol produzido a partir do grão e a perspectiva de que a oferta continuará progredindo.
A expectativa do banco holandês Rabobank é que a safra de milho do Brasil em 2016/17 atinja um total de 84 milhões de toneladas. Os volumes são semelhantes aos projetados pelo governo, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e apontam uma evolução de 26%, ante a colheita de 66,6 milhões de toneladas em 2015/16.
Afinal, o biocombustível é uma das saídas brasileiras diante dos excedentes do grão e dos preços baixos pagos no mercado, especialmente no Mato Grosso. Para as usinas de etanol, ele é a solução para diminuir o tempo de ociosidade dos parques fabris no período da entressafra.