sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Produção de etanol de milho bate recorde no Brasil e deve continuar crescendo, da Novacana

A produção de etanol de milho no Brasil não para de crescer. Tendo como base o ano-safra da cana-de-açúcar, na temporada 2014/15 foram produzidos 84,88 milhões de litros de etanol a partir do grão. Na safra seguinte, já foram 141,05 milhões de litros.
Agora, a safra 2016/17 já registra uma produção acumulada até o mês de janeiro de 169,53 milhões de litros de etanol de milho. Assim, antes mesmo do fim da temporada, o valor representa um crescimento de 20,2% em relação ao total da produção da safra anterior. Ao final de março a produção deve ultrapassar 210 milhões de litros (crescimento de 50%).
Desde 2014, quando um amplo estudo mostrou como o etanol de milho pode ser rentável, os ventos sopram a favor. A importância dessa opção ganha força com o volume recorde de etanol produzido a partir do grão e a perspectiva de que a oferta continuará progredindo.
A expectativa do banco holandês Rabobank é que a safra de milho do Brasil em 2016/17 atinja um total de 84 milhões de toneladas. Os volumes são semelhantes aos projetados pelo governo, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e apontam uma evolução de 26%, ante a colheita de 66,6 milhões de toneladas em 2015/16.
Afinal, o biocombustível é uma das saídas brasileiras diante dos excedentes do grão e dos preços baixos pagos no mercado, especialmente no Mato Grosso. Para as usinas de etanol, ele é a solução para diminuir o tempo de ociosidade dos parques fabris no período da entressafra.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Independência Ou Morte, Osvaldinho da Cuíca

Valeu o sacrifício dos Andradas
E as preces da princesa Leopoldina
A morte de Tiradentes não foi em vão
São hoje símbolos vivos da nossa nação

A maçonaria muito contribuiu
Na surdina do nome conseguiu
E o príncipe regente se fez imperador
Num gesto de coragem e de amor

Independência ou Morte Dom Pedro primeiro bradou
E o sonho dos brasileiros se concretizou

Oh, meu Brasil segue avante
Olha o futuro que lhe espera
Ninguém segura esse gigante
Raiou-se o sol de primavera

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Serra e seus motivos, Eliane Cantanhêde, OESP

O senador José Serra alegou um único pretexto, mas na verdade pesaram três motivos para pedir demissão de um dos cargos mais importantes da República, o Ministério de Relações Exteriores. Além das dores na coluna, que ele não conseguiu superar após a cirurgia de dezembro, e da depressão, que vem aumentando, Serra não estava feliz no cargo, que é muito distante da Fazenda com que sonhou, e temia entrar num bolo comum dos ministros e parlamentares da base aliada citados na Lava Jato.
Pelo menos desde o final do ano passado, amigos e correligionários do ministro vinham demonstrando preocupação com o desânimo dele no cargo. Considerado muito atuante no Ministério do Planejamento e brilhante no Ministério da Saúde, ambos no governo do amigo Fernando Henrique, Serra dava sinais desconforto no Itamaraty. Sua agenda era vazia, vários dias seguidos resumida a despachos com o secretário geral, embaixador Marcos Galvão.
Mesmo na viagem do presidente Maurício Macris, um importante ponto para a aproximação dos dois governos, do Brasil e da Argentina,  o chanceler brasileiro parecia distante, distraído. Entre os diplomatas, havia constrangimento. No Planalto, preocupação. Na bancada do PSDB na Câmara e no Senado, expectativa. Antes de assumir o Itamaraty, ele foi o senador a aprovar o maior número e os mais importantes projetos no Congresso. Um exemplo foi a flexibilização das regras de exploração do Pré-Sal.
Serra – que foi o primeiro grão tucano a aderir à tese do impeachment de Dilma Rousseff e da posse de Temer – volta agora ao Senado numa dobradinha com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, de quem se reaproximou diante do crescimento político do governador de São Paulo, o também tucano Geraldo Alckmin.
Nas articulações de Aécio, ele próprio disputará a Presidência em 2018, enquanto Serra pode concorrer a um novo mandato como governador de São Paulo. A Lava Jato, particularmente com as delações premiadas da Odebrecht, joga uma enorme interrogação sobre a viabilidade desses planos.
Com sua saída, o presidente Michel Temer tem agora dois cargos-chave para preencher, as Relações Exteriores e a Justiça, vaga com a ida do ministro Alexandre de Moraes para o Supremo. Isso significa uma dupla pressão sobre o presidente, que esperava emergir do carnaval com uma agenda otimista, capitalizando os sinais de recuperação da economia, mas vai ficar refém de interesses, candidatos e até nada sutis ameaças dos próprios aliados pela cobiça não mais por um, mas por dois cargos de grande influência e prestígio.
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