terça-feira, 15 de dezembro de 2015

São Paulo – Empresas buscam cogeração para diminuir conta e garantir fornecimento, do Procel

São Paulo - Abalada pela disparada nos preços da energia, a indústria busca alternativas para driblar o aumento de custos com o insumo. Entre as saídas, destacam-se projetos que visam o consumo mais eficiente e a cogeração.

A demanda por esse tipo de serviço cresce. Na Ecogen, que pertence ao grupo Mitsui, as solicitações para estudos de projetos de geração sobem 50% neste ano, diz Pedro Silva, gerente de desenvolvimento de novos negócios.

Um dos projetos que está saindo do papel é a nova fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP). A unidade terá um sistema de cogeração, em que motores gerarão energia elétrica e térmica sob a forma de refrigeração.

A Siemens, fornecedora de turbinas de cogeração, também vê maior interesse na geração distribuída, principalmente de indústrias menores, de 2 a 3 MW (megawatt) de potência, e fabricantes de papel e celulose, segundo Ricardo Lamenza, diretor geral da divisão Power da Siemens Brasil. Entretanto, o custo ainda é uma barreira para projetos de cogeração. Segundo a GE, o investimento total mínimo é de US$ 800 por kW (quilowatt) instalado.


Clique no link abaixo e leia a reportagem na íntegra

Folha de São Paulo_28.08.2015.pdf

Tesouro já comprou dólar para pagar dívida de 2016, diz Levy, OESP


Ministro destaca que não há risco de solvência ou não pagamento da dívida externa, que está hoje em US$ 28 bilhões

Com a nota do Brasil sob pressão de novo rebaixamento pelas agências de classificação de risco, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, antecipou que o Tesouro já comprou todos os dólares necessários para o pagamento dos vencimentos futuros da dívida externa do governo federal no prazo de um ano. Na prática, a medida representa um pré-financiamento da dívida.
Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Levy afirmou que não há risco de solvência da dívida, ou dúvida sobre a vontade ou capacidade de honrar todos os pagamentos. Uma prova disso, segundo ele, é que os investidores “não querem vender” os papéis brasileiros. “Ninguém quer vender. O risco é zero. Não abrem mão da dívida soberana.”
A piora da economia e das contas públicas brasileiras, no entanto, acabou deixando novamente a dívida externa em evidência. Na semana passada, a agência Moody’s colocou em revisão o rating do Brasil para emissão externa.
A dívida externa em mercado é hoje cerca de US$ 28 bilhões, mas o Brasil tem US$ 369,5 bilhões em reservas internacionais, o que representa mais de 12 vezes o estoque, ao contrário do que ocorria no passado.
O fato de a maior parte da dívida brasileira estar atrelada ao real, na sua avaliação, é uma vantagem para o País enfrentar as dificuldades econômicas atuais. Países europeus, como Espanha e Portugal que também passaram por crises, tiveram problemas para refinanciar os bônus da dívida externa porque não controlam sua moeda, ao contrário do Reino Unido “Todos fizeram ajustes fortes após a crise, mas a dívida do Reino Unido sofreu bem menos.”
Dívida interna. O ministro ponderou, no entanto, que o crescimento da dívida interna é desconfortável e está relacionado às incertezas em relação ao futuro da economia. Levy destacou que rebaixamentos por causa de menor resultado fiscal têm como reflexo o aumento do custo do crédito para as empresas brasileiras. Por isso, afirmou, é preciso combater a complacência fiscal e concentrar os esforços nas reformas para dar fôlego à economia e diminuir a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB). O crescimento potencial da dívida em relação ao PIB é um dos principais indicadores observados pelas agência de risco.
“Queremos uma ponte do presente”, afirmou o ministro, evitando uma referência direta ao programa apresentado pelo PMDB, do vice-presidente Michel Temer, intitulado “Uma ponte para o futuro”.
Entre as mudanças que dão “pistas”, segundo ele, do que é possível fazer, citou a reforma do setor elétrico, com o leilão de US$ 17 bilhões em que o BNDES não precisou financiar os investidores e um terço do recurso apurado vai para levantar a Eletrobrás e facilitar a venda das distribuidoras federalizadas. Também “azeitam” o PIB, as propostas tributárias (PIS-Cofins, ICMS), mudanças no setor de seguros e o programa Parceria Público-Privada (PPP) “mais”, em gestação no Ministério da Fazenda para estimular os investimentos em infraestrutura e fortalecer um ambiente pós-Lava Jato.
Meta fiscal. Defensor da meta de superávit de 0,7% do PIB para 2016, o ministro minimizou o debate no governo para alterá-la na votação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentários de 2016, prevista para a próxima semana. “A questão não é 0,3% do PIB aqui ou ali, mas as reformas indispensáveis, que são a verdadeira agenda do Ministério da Fazenda.” Levy não comentou rumores sobre sua saída do governo. 

PF faz buscas na casa de Eduardo Cunha, portal Estadão


POR ANDREZA MATAIS, DANIEL CARVALHO E JULIA AFFONSO
15/12/2015, 07h06
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Casas dos ministros Henrique Eduardo Alves (Turismo), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), do senador Edison Lobão (PMDB-MA), dos deputados Eduardo da Fonte (PP-PE) e Anibal Gomes (PMDB-CE) e do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, são alvo de operação

ADCO692   BSB -  20/10/2015 - CAMARA / CUNHA  -  POLITICA - Presidente da Câmara deputado Eduardo Cunha  da entrevista ao sair da  reunião com lideres dos partidos, na presidencia da Câmara dos deputados,  em Brasilia.  FOTO: ANDRE DUSEK/ESTADAO
O presidente da Câmara é investigado na Operação Lava Jato. Foto: André Dusek/Estadão
Atualizada às 8h45
A Polícia Federal faz nesta terça-feira, 15, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) uma operação de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara Eduardo Cunha, em Brasília, e na casa do parlamentar no Rio. O deputado é acusado por corrupção e lavagem de dinheiro pela Procuradoria-Geral da República, nas investigações da Operação Lava Jato. A operação da PF tem outros alvos: o ministro de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (PMDB-RJ), o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o senador Edison Lobão (PMDB-MA), o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), o deputado Anibal Gomes (PMDB-CE) e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado foram alvo de busca e apreensão.
A operação Catilinárias cumpre ao todo 53 mandados de busca e apreensão – na Câmara dos Deputados, sede do PMDB em Alagoas, na residência dos investigados, endereços funcionais, sedes de empresas, escritórios de advocacia e órgãos públicos – expedidos pelo STF, referentes a sete processos instaurados a partir de investigações da Lava Jato. Os mandados, expedidos pelo ministro Teori Zavascki, estão sendo cumpridos no Distrito Federal (9), em São Paulo (15), no Rio (14), no Pará (6), em Pernambuco (4), em Alagoas (2), no Ceará (2) e no Rio Grande do norte (1).
Três carros da Polícia Federal e sete policiais estão na frente da residência oficial de Cunha. O perímetro foi isolado. O celular de Eduardo Cunha foi apreendido.
Catilinárias são uma série de quatro discursos do cônsul romano Cícero contra o senador Catilina.
Eduardo Cunha foi denunciado pelo Ministério Público Federal em agosto. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que acusa Eduardo Cunha de ter recebido propina no valor de ao menos US$ 5 milhões para viabilizar a construção de dois navios-sondas da Petrobrás, no período entre junho de 2006 e outubro de 2012.
Celso Pansera foi apontado pelo doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do esquema de corrupção investigado pela Lava Jato, como “pau mandado” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
O deputado Aníbal Gomes é alvo de quatro inquéritos no STF.  O parlamentar é suspeito de ser ‘interlocutor’ do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que teria usado Anibal Gomes como “interlocutor” dos contatos com a diretoria de Abastecimento da Petrobrás – reduto do PP no esquema de corrupção instalado na estatal.
Catilinárias, do wiki
Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?
Quam diu etiam furor iste tuus eludet?
Quem ad finem sese effrenata iactabit audacia?
Nihilne te nocturnum praesidium Palatii,
nihil urbis vigiliae,
nihil timor populi,
nihil concursus bonorum omnium,
nihil hic munitissimus habendi senatus locus,
nihil horum ora vultusque moverunt?

Patere tua consilia non sentis?

Constrictam omnium horum scientia teneri coniurationem tuam non vides?
Quid proxima, quid superiore nocte egeris, ubi fueris, quos convocaveris, quid consilii ceperis, quem nostrum ignorare arbitraris?
O tempora, o mores!
 [1]
— Marcus Tullius Cicero
Até quando, Catilina, abusarás
da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
Nem a guarda do Palatino,
nem a ronda noturna da cidade,
nem o temor do povo,
nem a afluência de todos os homens de bem,
nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado,
nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te?
Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste?
Oh tempos, oh costumes!
O primeiro e o último destes discursos foram dirigidos ao senado de Roma, os outros dois foram proferidos diretamente ao povo romano. Todos quatro foram compostos para denunciar explicitamente Lúcio Sérgio Catilina.
Falido financeiramente, Catilina, filho de família nobre, juntamente com seus seguidores subversivos, planejava derrubar o governo republicano para obter riquezas e poder. No entanto, após o confronto aberto por Cícero no senado, Catilina resolveu afastar-se do senado, indo juntar-se a seu exército ilícito para armar defesa.
No ano seguinte o rebelde falhado caiu, vindo a morrer no campo de batalha.


    Ver também[editar | editar código-fonte]