segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Contêiners estão virando casas, lojas e até hotel



As gigantes caixas de aço usadas no transporte marítimo têm menos impacto ambiental e mais economia

JUSSARA SOARES
DIÁRIO SP
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TAMANHO DA LETRA
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No primeiro semestre deste ano, 891.729 unidades de contêineres, de diversos tamanhos, ajudaram a movimentar R$ 43,8 bilhões e 44, 8 milhões de toneladas de carga no Porto de Santos. Enquanto isso, em um dos condomínios de alto padrãoda Granja Viana, na Grande São Paulo, o arquiteto Danilo Corbas dava os retoques finais em quatro contêineres que ele transformou na própria casa. E o empresário André Krai acompanhava a instalação de mais 50 novas franquias da sua loja de roupas e começava as obras de um hotel em Ribeirão Preto, a 336 quilômetros capital. Ambos os empreendimentos abrigados em gigantes caixas de aço e sob o manto da sustentabilidade e economia. 

É este conceito mundial da construção civil ecologicamente correta que tem livrado contêineres de seu destino mais provável: o ferro velho. Eles têm vida útil para transporte marítimo internacional de aproximadamente dez anos. Para armazenar carga no porto, pode ser utilizado até por duas décadas. Mas depois as toneladas de aço costumam virar sucata. Ou no máximo são usadas como alojamento, escritórios e cômodos provisórios, mas nada sofisticado. 

A utilização dos contêineres como substituto de cimento, areia e tijolo, como já acontece em países como Estados Unidos e Inglaterra, está apenas chegando ao Brasil. Há duas semanas, Corbas se mudou para a casa-contênier, a primeira deste modelo habitada no país. Durante os sete meses de construção, Corbas manteve um diário na internet e, após concluída a obra, em maio, abriu a casa para exposição e recebeu três mil visitantes. Atualmente, ele trabalha no projeto de quatro outras casas-contêineres. 

foto: Daniel Pera/Diário SP
Do Porto de Santos para a Granja Viana: em três horas, a casa-contêiner estava de pé graças ao trabalho do guindaste, que colocou as quatro caixas gigantes de aço no lugar. A vizinhança estranhou, mas já se acostumou com o imóvel. A fachada foi pintada com tinta à base de água


Lar sustentável lar /A casa-contêiner não deixa nada a dever em conforto e design a qualquer outro lar doce lar de alvenaria, mas ganha em economia, rapidez e sustentabilidade. A obra fica 35% mais barata que uma convencional e produz menos entulho, diminuindo o impacto ambiental.

Para construir sua casa de 196 metros quadrados, o arquiteto utilizou quatro contêineres de 40 pés (12 m de comprimento por 2,90 m de altura) ? a estrutura custou em torno de R$ 250 mil. Como a estrutura é leve, a fundação usou sapatas isoladas, sem o uso de armação ou ferragens. As caixas foram colocadas nos lugares por guindastes. "Em três horas eu já tinha batido a laje", brinca o arquiteto.

Em todas as etapas da obra, foram usados materiais de baixo impacto ambiental e consumo de energia e água. Para equilibrar a temperatura, nas paredes em drywall foram utilizadas lã de PET como isolante térmico. O telhado do primeiro pavimento ganhou uma cobertura vegetal e do segundo, um telhado na cor branca, que ajuda a diminuir a temperatura.

Por dentro, apenas o teto do contêiner evidencia que não se trata de uma construção convencional. "Se não olhar para cima, estou dentro de uma casa normal", diz Corbas, que do lado de fora preferiu apenas pintar os contêineres, cuja porta de um deles se tornou também a porta de casa. "É bruto, mas acho legal. É possível fazer um acabamento que não identifique que é um contêiner. Mas para mim perderia o sentido e começaria a gastar mais", diz. 

Galeria de arte itinerante 
No fim de julho, contêineres trouxeram a São Paulo uma galeria de arte itinerante. A mostra ficou instalada na Praça das Flores, na região da Avenida Paulista, e reuniu obras de 15 artistas.

R$ 6 mil  
é o preço de um contêiner de 40 pés

Terminais em Santos aumentam vendas
Segundo Roberto Dantas Gonçalves, da RPA Terminais de Contêineres,  as escolas de lata, sem o devido isolamento térmico,  estigmatizaram o uso do contêiner. "O Brasil ainda está engatinhando, mas a cada dia há mais procura", afirma. Ele trabalha em um escritório construído com oito contêineres.

Mais procurado custa em média R$ 5,5 mil
A RPA vende, faz as adaptações a pedido dos clientes e o transporte dos contêineres. O mais procurado é o de 20 pés (6 m x 2,40 m)  e custa em média R$ 5,5 mil.

Até outubro, São Paulo  ganha o primeiro hotel em contêiner

Até outubro, Ribeirão Preto, a 336 quilômetros da capital, ganhará o primeiro hotel-contêiner do Brasil. Será um prédio de oito andares, com  120 quartos na categoria econômica, construído com 70 embalagens gigantes para o transporte marítimo.  Até o ano que vem a meta é que a rede já tenha 20 hotéis.

"Em  Londres, existe  hotel de 200 quartos. No Brasil, será o primeiro. Ainda não temos a cultura de reaproveitar as coisas. Ficará aconchegante. A ideia é que o hóspede tenha conforto e satisfação",  diz o  André Krai, que há dois anos e meio abriu a primeira loja  de roupas instalada em um contêiner em Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul.  Ele procurava uma alternativa econômica para sua loja e descobriu nos contêineres  não apenas uma solução, mas um  negócio promissor.

"Foi assim que surgiu o primeira  contêiner comercial do mundo. Então pensei: ?opa, tenho de patentear?", diz Krai, que, além da marca Container Ecology Store, detém a patente do uso do contêiner para fins comerciais, como o hotel, restaurantes, bares, cafeterias, temakeria etc.

Além das lojas próprias, uma delas instaladas na Vila Olímpia, na Zona Oeste,  a Container Ecology Store já tem 50 franquias instaladas em todo o Brasil. Até o fim do ano este número chegará a cem.  O sucesso do negócio o empresário associa  à economia, uma vez que é mais barato alugar um terreno do que uma loja comercial.  "Em alguns lugares chega a ser dez vezes mais barato. Além disso, o projeto é totalmente sustentável e ecologicamente correto. Não causa impacto ambiental", afirma. Uma franquia da loja-contêiner custa de R$ 79 mil a R$ 250 mil.

Minha casa, minha 'container'


"Containers" GÊMEOS



"Fui convidado para fazer duas casas bioclimáticas, mas não fez nada " . O arquiteto, certamente as palavras. "Eu não sei se a chamada arquitetura, eu não gosto de 'sustentável'. Miguel Angel Diaz Camacho prefere disparar uma metáfora: "É como pedir uma ostra pérola e decidir que fazer." Isto teve um lote de 1.000 metros nos arredores de Griñón. Um retângulo developable plana e que, como muitos outros, foi preso em uma crise aberta. "Uma área é uma construção cultural", diz Diaz Camacho. Um pedaço de um vilarejo agrícola na última década, dobrou sua população (cerca de 10.000) por um modelo conhecido: casas geminadas, jardim e piscina-dependente do consumo de água eo carro.

    A notícia em outros sites

    "Por outro lado, um campo de energia é um mapeamento, hidrografia, vento, sol, umidade, geotérmica relativa ... tudo mapeado", explica o arquiteto desenhos mostrando a incidência do sol e do vento. O enredo é parte da Sagra Madrid, uma região belíssima que vai desde as fronteiras políticas. "Cereal A planície castelhana, que é único como o vento." Então, sempre havia moinhos, e, portanto, as casas GÊMEOS consome 10 vezes menos do que as convencionais, as moradias têm turbinas eólicas.
    Removendo a partir daqui e chegar lá ", como fazem os holandeses polders ", Diaz Camacho formas do terreno para construir mais vento e sol. Em sua trama sem cercas "que cortam a terra como se fosse cocaína precioso": ". Tudo que você vê é o seu, se só se trata de uma parte, como o elevador de uma comunidade" Fez a ostra ", poderia ser colocado dentro de uma casa vitoriana e que iria funcionar melhor", diz Diaz Camacho.Não é o caso. Suas casas são "bolhas" que partilham instalações comuns escondido nas dunas da paisagem (redes de caldeira de biomassa, ar e água, esgoto). "Além de mudar as regras do jogo imobiliário." Eles são um kit: um container com 200 componentes.Para cada um há um contrato com o fabricante se compromete a recomprá-los ou, pelo menos, reutilizar quando não for mais necessário. "Assim, o usuário não é casada com o objeto, você se cansar de sua casa, e os iPhone3, mas você assumir a responsabilidade pelo que acontece em seguida com ela." O ciclo termina com a mobília (laminação e de dobramento) que será confiado a um Griñón marceneiro.
    Para inventar um modelo de negócio. "Comprar o usuário do recipiente ea renda da terra? Ou vice-versa? o momento só está claro que aqueles que se deslocam para ser um usuário ativo ", diz Diaz Camacho. Alguém próximo e janelas abertas no momento oportuno e move seus 150 metros, dependendo da época. "Não há nada novo", diz o arquiteto, "é o que nossas avós em sua cidade natal de Castela

    Consumo médio de água na Região Metropolitana de SP cai 14% em 10 anos


    Volume que deixou de ser consumido equivale a 13 bilhões de litros por mês; campanhas de uso racional da Sabesp e combate a perdas explicam a redução

    Em dez anos, caiu 14,3% o consumo médio de água por domicílio na Região Metropolitana de São Paulo. Os dados da Sabesp mostram que, em 2001, cada casa gastava mensalmente uma média de 17.080 litros de água. Em 2011, esse índice diminuiu para 14.650 litros a cada mês.

    Essa redução levou a uma economia de 13,4 bilhões de litros por mês. Atualmente, a Região Metropolitana consome mensalmente 80,5 bilhões de litros de água. Se a média de 2001 tivesse se mantido, seriam gastos 93,9 bilhões de litros. Para ter uma ideia do resultado, é como se em cada casa deixassem de ser tomados 18 banhos de 15 minutos.
    Esses 13,4 bilhões de litros são suficientes para abastecer uma população de 2,9 milhões de habitantes. É mais do que Salvador, que tem 2,7 milhões de moradores, ou mais do que todo o ABC paulista, onde vivem 2,55 milhões de pessoas.
    Quatro fatores explicam esse fenômeno: conscientização da população, graças às campanhas de redução no consumo da Sabesp e à educação ambiental; diminuição nas perdas de água na rede de abastecimento; melhorias nos equipamentos, que hoje gastam menos água; e queda no número de moradores por domicílio.

    Os fatores

    A redução nas perdas de água é um dos principais motivos para a diminuição no consumo médio. Em 2001, o índice nas cidades operadas pela Sabesp era de 31,4%. O pico foi atingido em 2004, com 34%. Em 2010, esse indicador baixou para 26%. O objetivo da Sabesp é chegar a 13% em 2019, com um investimento de R$ 4,3 bilhões. Só com a diminuição das perdas entre 2004 e 2010, deixou de ser desperdiçada água suficiente para abastecer 1,7 milhão de pessoas.
    As ações de conscientização e de educação ambiental também influenciaram no resultado. Campanhas de uso racional da água, promovidas pela Sabesp desde o fim dos anos 1990, ajudaram a mudar hábitos. Além disso, novos equipamentos hidráulicos contribuíram. Se, no começo da década passada, torneiras e chuveiros gastavam muita água e não paravam de pingar, hoje eles são muito mais eficientes e econômicos. As caixas acopladas de descarga, que consumiam até 18 litros por acionamento, hoje usam 6 litros.

    Houve também uma queda no número de habitantes por domicílio. Ao final de 2000, a Região Metropolitana tinha 3,54 pessoas por moradia, segundo o Censo daquele ano. Ao fim de 2010, a média caiu para 3,22.

    Ganho ambiental

    Um dos efeitos mais importantes da redução no consumo médio é o adiamento de novos investimentos, já que o aumento da produção de água inclui pesados gastos com expansão da rede, novas represas e equipamentos para o transporte desse volume. Há também um enorme ganho ambiental. A água tratada é mais bem aproveitada; os mananciais são menos exigidos; e novos reservatórios deixam de ser explorados ou têm seu uso adiado. Além da não execução de obras que impactam a natureza, como a instalação de tubulações, estações elevatórias.

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