domingo, 3 de março de 2024

Tribunal de Contas da capital questiona governo Tarcísio sobre venda da Sabesp, FSP

 

SÃO PAULO

Tribunal de Contas do Município de São Paulo enviou ofícios ao governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e à Sabesp em que cobra informações a respeito da documentação disponibilizada em 15 de fevereiro para consulta pública sobre privatização da estatal.

Nos ofícios, a corte de contas da capital aponta que a documentação apresentada não contempla o cumprimento das condições estabelecidas em termo assinado pela Prefeitura de São Paulo e a gestão estadual em agosto do ano passado.

Estação de tratamento de água da Sabesp, em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo
Estação de tratamento de água da Sabesp, em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo - Gabriel Cabral-26.jul.2019/Folhapress

Na ocasião, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) assinou um termo de adesão da capital à chamada Urae 1, uma das quatro Unidades Regionais de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário. A Urae facilita a privatização porque a negociação da Sabesp com as cidades poderá ser feita em bloco, e não mais individualmente.

Entre essas condições estabelecidas no termo de 2023 estão a destinação de 7,5% da receita obtida pela Sabesp na capital para o fundo municipal de saneamento, a manutenção do investimento em serviços em 13% da receita na capital e a antecipação da universalização do acesso à rede de esgoto na cidade.

Nos ofícios, o TCM-SP também aponta a necessidade de resolver pendências financeiras entre Prefeitura de São Paulo e Sabesp antes da conclusão do processo de privatização.

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Como revelou o Painel, a gestão Ricardo Nunes cobra que a Sabesp ressarça os consumidores paulistanos por tributo que estaria sendo cobrado em dobro na conta de água desde 2018. Além disso, a prefeitura calcula ter dívida de cerca de R$ 2,5 bilhões em precatórios com a estatal.


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