domingo, 31 de março de 2024

Renda em alta alivia trabalhador e traz cautela para queda da inflação, FSP

 Leonardo Vieceli

Leonardo Vieceli

Cobre temas de economia, como inflação, PIB e mercado de trabalho

melhora das projeções de crescimento econômico em 2024 está associada em boa medida ao mercado de trabalho, que ainda dá sinais de força no país.

Dados do IBGE apontam que a renda média habitual dos trabalhadores alcançou R$ 3.110 por mês no trimestre até fevereiro.

É o maior valor para esse intervalo desde o início da série histórica, na virada de 2012 para 2013. Já a massa de rendimento, a soma dos salários recebidos, renovou o recorde de diferentes trimestres (R$ 307,2 bilhões).

Gabriel Cabral - 4.out.23/Folhapress

Uma combinação de fatores pode explicar o quadro. A abertura de vagas formais, que costumam pagar mais do que os populares bicos, e a política de valorização do salário mínimo fazem parte da lista.

Ao chegar a R$ 3.110 até fevereiro, a renda subiu 1,1% em relação ao trimestre anterior, até novembro, e 4,3% em um ano.

Os percentuais de aumento já foram mais intensos, mas a continuidade da recuperação é vista como possível estímulo ou suporte ao consumo das famílias.

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Em outras palavras, a renda em patamar elevado pode conter a desaceleração prevista para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2024, uma das preocupações no radar do governo Lula (PT).

Isso não quer dizer que todos os desafios macroeconômicos estejam superados. A renda em alta e o desemprego em baixa, lógico, são positivos para o trabalhador.

Analistas, porém, alertam que o consumo fortalecido requer atenção com potenciais impactos na inflação, sobretudo de serviços.

O crescimento sustentável da atividade econômica, com preservação do mercado de trabalho e combate a possíveis pressões sobre os preços, não é tarefa já superada.

Não à toa, o Banco Central sinalizou incerteza sobre a velocidade da queda da inflação e do corte dos juros.

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