A reciclagem de plásticos retirados das praias brasileiras virou motor do negócio da Embalixo, que anunciou, neste mês, a linha de sacos Oceano, feita a partir de material plástico recolhido. A meta é recolher 150 toneladas de resíduos plásticos do mar em 12 meses.
Segundo Rafael Costa, CEO da companhia, todo o material plástico que for retirado de cidades litorâneas será reutilizado na produção de novas embalagens. Para isso, a Embalixo está incentivando financeiramente as cooperativas nessas regiões para impulsionar a limpeza das praias.
Em São Paulo, a companhia fechou uma parceria com o Instituto Argonauta, em Ubatuba (SP), e vai pagar valores acima do praticado no mercado para cooperativas que recolherem os plásticos.
"Hoje, os catadores dão preferência para o que tem valor agregado maior, como alumínio, vidro e papelão. O plástico é muito leve, então as pessoas não têm tanto interesse de coletar para a cooperativa", diz Costa.
Esse é o primeiro passo para uma proposta maior da companhia, que pretende incentivar toda a cadeia de reciclagem de plástico e construir uma indústria focada no segmento.
Para os próximos 12 meses serão investidos R$ 10 milhões na campanha com o Argonauta e o objetivo é aportar até R$ 50 milhões nos próximos três anos. O dinheiro também será usado para compra de maquinário, treinamento e pesquisa.
No final do ano passado, a companhia se tornou signatária do Pacto Global da ONU e entrou para um time de quase 2.000 empresas que se comprometeram a desenvolver um ambiente mais sustentável no mundo corporativo.
Com Diego Felix
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