A Volkswagen cumpriu a promessa feita em 2017: a Kombi está de volta ao mercado, agora em versão elétrica. Embora tenha dado origem a diferentes vans da marca na Europa, o modelo que ressurge agora sob o nome ID. Buzz é inspirado na primeira geração, que no Brasil foi apelidada de corujinha.
As linhas permanecem as mesmas do conceito que foi exibido há cinco anos no Salão do Automóvel de Detroit. Cores e formas da carroceria e das janelas até lembram o modelo feito oficialmente no Brasil a partir de 1957, mas, por dentro, trata-se de um carro bem mais luxuoso.
O ID. Buzz obedece a comandos de voz do motorista, e suas respostas são acompanhadas por LEDs que se acendem no topo do painel. Parte da forração interna é feita a partir de garrafas PET recicladas.
Em vez de faróis redondos, há um conjunto triangular com LEDs. A mesma tecnologia está presente nas lanternas traseiras e nas luzes da cabine.
Há espaço para cinco pessoas e muitas bagagens: o porta-malas tem 1.121 litros de capacidade. A nova Kombi tem 4,72 metros de comprimento, tamanho equivalente ao de SUV de grande porte.
O motor elétrico tem potência equivalente a 204 cv. A Volks não divulgou qual é a autonomia do ID. Buzz, mas certamente será bem maior do que o do primeiro conceito elétrico feito pela marca, há 50 anos.
Na época, uma Kombi T2 –igual às produzidas no Brasil a partir da década de 1970– foi transformada em um veículo movido a eletricidade. Não rodava mais do que 85 quilômetros com uma carga completa.
A plataforma do novo modelo é a mesma usada no ID. 3 e no ID. 4, veículos elétricos da VW que serão vendidos no Brasil. Com isso, o caminho natural é o lançamento da nova Kombi no país, posicionada em uma faixa de preço acima de R$ 200 mil.
Contudo ainda não há uma data prevista para o início da comercialização por aqui. Na Europa, as entregas terão início em setembro, mas haverá pré-venda a partir de maio.
Haverá ainda a versão Cargo, voltada para o setor de entregas urbanas e com capacidade para transportar 600 quilos.
O formato monovolume permanece fiel ao desenho feito por Ben Pon em 1947. Ele, que era um concessionário holandês da Volkswagen, aproveitou um encontro com oficiais que controlavam a fábrica alemã após o fim da Segunda Guerra para mostrar os rabiscos.
A Kombi foi o veículo que ficou mais tempo em produção no Brasil. A montagem durou até 2013, quando normas de segurança e emissões mais exigentes determinaram o encerramento da fabricação.
O lançamento na Alemanha ocorreu em 1950. Três anos depois, as primeiras unidades chegaram ao Brasil, trazidas desmontadas pelo grupo importador Brasmotor.
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