Redação, O Estado de S. Paulo
28 de março de 2022 | 09h48
Atualizado 28 de março de 2022 | 11h30
Alain Delon, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) em 2019 e mencionou algumas vezes a possibilidade de recorrer ao suicídio assistido, voltou ao centro do debate nos últimos dias quando o filho disse que o pai havia pedido sua ajuda para realizar o procedimento. Agora, o perfil oficial de Alain Delon no Instagram publicou uma espécie de agradecimento e despedida de um dos maiores atores e galãs da história do cinema. Delon tem 86 anos.
“Eu gostaria de agradecer a todos que me acompanharam ao longo dos anos e me deram grande apoio. Espero que os futuros atores possam encontrar em mim um exemplo não só no campo do trabalho, mas na vida cotidiana entre vitórias e derrotas. Obrigado, Alain Delon”, diz o post publicado na sexta-feira, 25.
Alain Delon está aposentado desde 2017 e em 2021, durante uma entrevista à TV5 Monde, comentando sobre a ideia de a pessoa escolher o momento de sua morte, ele afirmou: "Sou a favor. Em primeiro lugar, porque vivo na Suíça, onde isso é possível. Também considero a coisa mais lógica e natural. A partir de uma certa idade, de um determinado momento, temos o direito de partir com calma, sem passar por hospitais, injeções, ou coisas do tipo.”
Em recente entrevista coletiva sobre sua autobiografia Entre Chien et Loup, que trouxe o assunto à tona novamente, Anthony disse que o pai pediu para ele ajudar com o procedimentode suicídio assistido em um futuro próximo.
Mais tarde, segundo informações do site Le Point, o filho teria prometido ao ator acompanhá-lo até o fim, seguindo as instruções dadas para o momento de finalizar tudo. De acordo com ele, sua mãe, a atriz Nathalie Delon, também cogitou a medida enquanto sofria com um câncer no pâncreas, do qual foi vítima fatal em janeiro de 2021. "Felizmente, não recorremos a isso. Digo felizmente porque tudo estava pronto, tínhamos até uma pessoa (para realizá-la)", disse Anthony.
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