Marcos Augusto Gonçalves
Na ausência do PT no Planalto para ser malhado e unificar o campo conservador, a direita, em suas diversas matizes, briga entre si. O tiroteio compromete as instituições e o andamento da pauta no Legislativo.
No campo governista, os enfrentamentos são múltiplos. Populistas circenses da seita olavista brigam com os generais. O núcleo familiar se estranha com várias frentes. O PSL é uma desarmonia só.
No campo institucional, o STF, o ministro Moro, a Lava Jato e o presidente da Câmara duelam à luz do sol, pondo em risco o que resta de estabilidade do país.
A prisão intempestiva do ex-presidente Temer e de seu ex-ministro Moreira Franco (do qual a mulher de Maia é enteada) se inscreve nesse contexto perigoso de litígios. Como já havia alertado o colunistaVinicius Torres Freire, o poder está em guerras.
A ideia de que o impeachment de Dilma Rousseff levaria o país a um ciclo liberal virtuoso de estabilidade e desenvolvimento vai se confirmando como quimera. O ambiente se deteriora. Nuvens cinzas se acumulam no horizonte. Oremos.
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