O Brasil está destroçado. Dividido entre brasileiros de esquerda e de direita que reivindicam a primazia da verdade. Coxinhas, petralhas e bolsomitos se enfrentam, apresentam versões fantasiosas de uma cruzada para nos salvar da cegueira moral e cívica.
Na janela em frente, os pobres agonizam. Cerca de 50 milhões de brasileiros, 25,4% da população, vivem na linha da pobreza.
Vivemos em uma democracia na qual as mulheres ganham menos e são espancadas nos quatro cantos desse impávido colosso.
Profundamente entristecido, vejo companheiros de voluntariado, cidadãos do bem, oscilando entre o ódio e a desesperança.
Neste momento tenso, permito-me fazer um inventário dos últimos 16 anos. Como fundador e presidente da Turma do Bem, passei --ao lado dos mais de 17 mil dentistas-voluntários-- por vários governos, partidos e ideologias.
Temos batalhado para influenciar políticas públicas que tornem a odontologia acessível a 40 milhões de brasileiros que não vão ao dentista por falta de dinheiro.
Neste Brasil das soluções mirabolantes dos políticos, 16 milhões de cidadãos pobres perdem os dentes.
Nesta jornada, encontro inúmeros empreendedores sociais inovadores --que atuam em organizações não governamentais, negócios de impacto, empresas e de maneira voluntária-- que transformam a maneira de pensar saúde, habitação, educação, atendimento a idosos e crianças. Gente transformadora de diferentes religiões, gênero e ideologia.
Não fosse a força obstinada desses dentistas do bem, não atenderíamos 74 mil crianças e adolescentes por ano. No Apolônias do Bem, são mil mulheres, transexuais e cisgêneros que voltam a ter o direito de sorrir, passar batom, beijar e não continuar a ver no espelho a marca da violência que sofreram.
Mais do que tratamentos odontológicos e ortodônticos, resgatamos a autoestima e a possibilidade de vida plena de jovens em situação de risco social e mulheres vítimas de violência. Se dependesse dos políticos, não teríamos nos tornado uma das cinco organizações com maior impacto social do planeta.
O fato é que as mulheres e os homens que fazem o bem estão acima de questões ideológicas. O bem não tem lado. Está preocupado em trazer impacto transformador.
Na janela em frente, os pobres agonizam. Cerca de 50 milhões de brasileiros, 25,4% da população, vivem na linha da pobreza.
Vivemos em uma democracia na qual as mulheres ganham menos e são espancadas nos quatro cantos desse impávido colosso.
Profundamente entristecido, vejo companheiros de voluntariado, cidadãos do bem, oscilando entre o ódio e a desesperança.
Neste momento tenso, permito-me fazer um inventário dos últimos 16 anos. Como fundador e presidente da Turma do Bem, passei --ao lado dos mais de 17 mil dentistas-voluntários-- por vários governos, partidos e ideologias.
Temos batalhado para influenciar políticas públicas que tornem a odontologia acessível a 40 milhões de brasileiros que não vão ao dentista por falta de dinheiro.
Neste Brasil das soluções mirabolantes dos políticos, 16 milhões de cidadãos pobres perdem os dentes.
Nesta jornada, encontro inúmeros empreendedores sociais inovadores --que atuam em organizações não governamentais, negócios de impacto, empresas e de maneira voluntária-- que transformam a maneira de pensar saúde, habitação, educação, atendimento a idosos e crianças. Gente transformadora de diferentes religiões, gênero e ideologia.
Não fosse a força obstinada desses dentistas do bem, não atenderíamos 74 mil crianças e adolescentes por ano. No Apolônias do Bem, são mil mulheres, transexuais e cisgêneros que voltam a ter o direito de sorrir, passar batom, beijar e não continuar a ver no espelho a marca da violência que sofreram.
Mais do que tratamentos odontológicos e ortodônticos, resgatamos a autoestima e a possibilidade de vida plena de jovens em situação de risco social e mulheres vítimas de violência. Se dependesse dos políticos, não teríamos nos tornado uma das cinco organizações com maior impacto social do planeta.
O fato é que as mulheres e os homens que fazem o bem estão acima de questões ideológicas. O bem não tem lado. Está preocupado em trazer impacto transformador.
Na história da humanidade, Platão investigou essa natureza multiforme e bela do bem em "A República", escrita provavelmente em 380 a.C.
O filósofo localiza o bem em um mundo transcendente; para ele, é preciso se afastar dos modos comuns de pensar --e das opiniões-- para alcançar o conhecimento verdadeiro e científico que se opõe à opinião infundada.
A filosofia de Platão envereda para a alegoria do "mito da caverna"; avança para a ideia de que o bem se utiliza das virtudes e da justiça, pois está acima de todos os outros atributos humanos.
Vivemos tempos difíceis e belicosos. Todos querem que a sua verdade prevaleça e esmague a do outro. Temos que sair desse ciclo de ódio e nos encontrar naquilo que nos torna fortes e únicos. O bem!
Vamos nos reunir, de 2 a 7 de novembro, no que tenho chamado de "semana da esperança": o Festival de Inovação e Impacto Social (FIIS), em Poços de Caldas (MG).
Chegaremos ao FIIS machucados. Não haverá vencedores ou vencidos sem cicatrizes. O país vai precisar dos cidadãos do bem, dos empreendedores sociais e dos "social makers" mais do que nunca. Combate à corrupção e inclusão social são agendas que podem e devem andar juntas.
Vamos celebrar – como irmãos brasileiros – o bem. Vamos nos abraçar e honrar o privilégio de termos uns aos outros. Espero todos vocês na semana da esperança no FIIS.
O filósofo localiza o bem em um mundo transcendente; para ele, é preciso se afastar dos modos comuns de pensar --e das opiniões-- para alcançar o conhecimento verdadeiro e científico que se opõe à opinião infundada.
A filosofia de Platão envereda para a alegoria do "mito da caverna"; avança para a ideia de que o bem se utiliza das virtudes e da justiça, pois está acima de todos os outros atributos humanos.
Vivemos tempos difíceis e belicosos. Todos querem que a sua verdade prevaleça e esmague a do outro. Temos que sair desse ciclo de ódio e nos encontrar naquilo que nos torna fortes e únicos. O bem!
Vamos nos reunir, de 2 a 7 de novembro, no que tenho chamado de "semana da esperança": o Festival de Inovação e Impacto Social (FIIS), em Poços de Caldas (MG).
Chegaremos ao FIIS machucados. Não haverá vencedores ou vencidos sem cicatrizes. O país vai precisar dos cidadãos do bem, dos empreendedores sociais e dos "social makers" mais do que nunca. Combate à corrupção e inclusão social são agendas que podem e devem andar juntas.
Vamos celebrar – como irmãos brasileiros – o bem. Vamos nos abraçar e honrar o privilégio de termos uns aos outros. Espero todos vocês na semana da esperança no FIIS.
Fábio Bibancos
Cirurgião-dentista graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), é especialista em odontopediatria e ortodontia, mestre em saúde coletiva, fundador da Turma do Bem e integrante da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais
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