Jéssica Lima
SÃO PAULO
O número de passageiros que embarcam na linha 5-lilásdobrou desde a semana passada, quando as estações Santa Cruz e Chácara Klabin, que fazem a integração com as linhas 1-azul e 2-verde, começaram a operar no horário comercial, das 4h40 à meia-noite. Inauguradas em 28 de setembro, elas só começaram a funcionar plenamente no dia 13 de outubro.
Até então, a única conexão da linha 5-lilás era na estação Santo Amaro, com a linha 9-esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Agora, a linha liga o Capão Redondo, extremo da zona sul, à estação Chácara Klabin.
Entre os dias 15 e 19 de outubro, a linha recebeu uma média diária de 463 mil passageiros. Na terceira semana de setembro, antes da inauguração das conexões, a média foi de 231 mil diários.
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No caso da estação Santa Cruz, eram feitos 62 mil embarques por dia na terceira semana de setembro. Na semana após o início das conexões em horário comercial, esse número subiu para 105 mil, um aumento de 69%. Na Chácara Klabin, foram 7.400 mil no mês passado ante 47,9 mil, alta de 547%.
Faltando apenas a estação Campo Belo, a Via Mobilidade, concessionária responsável pela linha-5, estima que quando todas as 17 estações estiverem operando e as integrações completadas, 850 mil pessoas embarquem diariamente. Por meio de nota, disse que está “avaliando a evolução da demanda e adequando a estrutura operacional conforme a necessidade”.
O engenheiro Horácio Augusto Figueira, especialista em transportes, afirma que o aumento era esperado. “Essas novas conexões podem ajudam a desafogar os corredores de ônibus Ibirapuera e Santo Amaro.” Segundo Figueira, é importante analisar se esses 200 mil passageiros a mais representam um aumento real ou se são antigos usuários que embarcavam em estações diferentes.
Os usuários que moram ou trabalham na zona sul da capital elogiaram o ganho de tempo com a nova transferência da linha 5-lilás para as linhas 1-azul e 2-verde.
A enfermeira Sandra Xavier mora em Itaquaquecetuba (Grande SP) e trabalha em Santo Amaro (zona sul). “Levava três horas até o trabalho. Ia de trem para o Brás, pegava a linha 3-vermelha, a 1-azul e a 2-verde até a estação Brigadeiro e então ia de ônibus sentido Borba Gato. Agora vou de metrô e gasto uma hora e vinte minutos a menos.”
A estudante Ester Batista, 15 anos, mora no Campo Limpo (zona sul) e estuda na Consolação (centro). Ela usava o ônibus da sua casa até a avenida Paulista (centro) e embarcava no metrô até a Consolação, levando cerca de uma hora e meia. “Agora vou até o metrô Campo Limpo andando, desço na Chácara Klabin e faço a transferência para a Consolação. Eu sempre chegava atrasada ao curso e agora chego adiantada.”
Do Capão Redondo ao Bom Retiro (centro), o tecelão Luiz Carlos de Souza, 62 anos, gastava cerca de uma hora e meia por dia. “Eu pegava um ônibus até Santo Amaro, de lá embarcava no trem da linha 9 até Pinheiros e descia na Luz. Ganhei meia hora e melhorou a locomoção.”
AGORA
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