O PSDB agoniza e caminha para um enterro de indigente. Não se pode dizer que fará falta porque, insepulto, perdeu qualquer relevância.
O partido de Fernando Henrique Cardoso, a quem se deve a restauração do valor da moeda, deu a São Paulo dois grandes governadores. Franco Montoro e Mário Covas.
Quem hoje reclama da polarização política na verdade expressa uma certa saudade do PSDB. Elitistas e moderados, os tucanos foram a oportunidade perdida de uma social-democracia brasileira.
Civilizados, geralmente comprometidos com a moralidade pública, essa geração fugiu nos anos 80 e saiu (ou foi saída) de cena, substituída por variantes de coisa nenhuma.
Itaipu Productions
A Itaipu Binacional adquiriu um estranho gosto por eventos. Em novembro passado, torrou R$ 83,4 milhões com iniciativas paralelas à reunião do G20 no Rio. Agora, a repórter Andreza Matais conta que ela abriu uma licitação para contratar, por R$ 13,5 milhões anuais, uma empresa de eventos.
Vá lá que o seu atual presidente, o ex-deputado federal Enio Verri (PT-PR), queira lustrar sua gestão. Contudo o valor do novo contrato será 187% superior ao custo anual do que esteve em vigor. Mais: ele durará cinco anos, indo até a segunda metade do mandato do próximo presidente da República.
Procurando qualificar os concorrentes, o edital exigia, por exemplo, que, em pelo menos um evento, tivesse a presença de chefes de Estado ou autoridades do primeiro escalão de outros países.
Empresas do setor impugnaram o edital. Uma cláusula que exigia experiência em montagem de stands, painéis luminosos e totens foi retirada.
Continua de pé a oferta de uma viagem espacial a quem saiba de outra hidrelétrica que patrocina eventos com esse vigor.
Memória: o coronel da reserva e ex-deputado Costa Cavalcanti construiu Itaipu no século passado sem eventos, e assim a Binacional continuou por anos.
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