O ala-esquerdo Davies, do Bayern Munique, nasceu em Gana.
Os zagueiros Bombito, pretendido pelo Botafogo, Miller, Laryea e Cornelius, descendem de jamaicanos, ganenses e barbadianos.
O meia Koné vem da Costa do Marfim e o atacante Larin é mais um cuja família é jamaicana.
Os sete são titulares da seleção mais surpreendente da Copa América, que era para ser figurante e virou protagonista ao terminar em quarto lugar, derrotada apenas pelos campeões mundiais da Argentina — a do Canadá.
Derrotou o Peru, venceu a Venezuela nos pênaltis, só não ficou no terceiro lugar porque o Uruguai a derrotou, também nos penais, e depois de 2 a 2 em que esteve sempre na frente, gol de empate nos acréscimos.
Como uma das três sedes da próxima Copa do Mundo na América do Norte, a seleção canadense avisou: endurecerá para quem vier.
Como vemos já há anos nas melhores seleções europeias, a negritude faz milagres no futebol pelo mundo e, diferentemente do que propõe a extrema-direita, os imigrantes são fator de progresso estimulado pelo Canadá.
A França conhece bem os dois lados dessa moeda.
Sabe o quanto progrediu desde do franco-argelino Zinedine Zidane e a barra pesada que faz suportar jogadores como Kylian Mpabbé e os também negros goleiro Maignan, Saliba, Upamecano, Koundé, Kanté, Tchouaméni, Dembélé e Muani.
A seleção bleu/blanc/rouge acabou eliminada da Eurocopa pela Espanha de Lamine Yamal e Nico Williams, mas ganhou o mais importante, a eleição contra os que querem vê-la pelas costas, extremistas seguidores da madame Marine Le Pen.
O traço que distinguia os reis brasileiros do futebol está cada vez mais distribuído pelo mundo afora. Ótimo!
Deixou de ser exclusividade dos inventores do jogo bonito, de Didi, o Príncipe Etíope, do indígena Mané Garrincha, dos Ronaldos, Romário, Rivaldo, de Marta, de Pelé.
A fantasia, o drible, a ginga, a dança está democratizada e se houve boçais em Valencia que ficaram mais felizes com a eliminação francesa por motivos políticos do que pela vitória espanhola, devem estar pensando se darão ao espanhol/ganês Williams, do Athletic Bilbao, e a Yamal, do Barcelona, pai marroquino, mãe da Guiné Equatorial, o mesmo tratamento racista dado a Vinicius Júnior.
Yamal e Williams foram fundamentais para a Espanha conquistar o primeiro tetracampeonato da Eurocopa ao vencer a Inglaterra por 2 a 1 e deixar a Alemanha tricampeã para trás em pleno estádio Olímpico de Berlim.
Fundamentais e parceiros no primeiro gol, na finalíssima que teve a Espanha em busca permanente da vitória e a Inglaterra a apostar na defesa e numa bola ocasional.
Quase conseguiu ao empatar 1 a 1 graças aos também negros Bukayo Saka e Jude Bellingham, arquitetos da jogada para o gol de Cole Palmer que, aliás, deveria ser titular do England Team.
A Espanha mostrou tamanha superioridade durante o jogo inteiro que, na batata, o goleiro Pickford acabou como melhor em campo.
Melhor para o futebol que o título tenha sorrido para os espanhóis.
TENHA FÉ, FIEL
Em tempos só de más notícias, eis uma boa para os corintianos: a direção do clube procurou os comandantes do grupo disposto a pagar a dívida, sanear as finanças e abrir o capital para os torcedores.
Simples não será, mas, ao menos, está dado o sinal. E se outros investidores tiveram oferta melhor serão bem-vindos.
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