Motivado pelo resultado brasileiro nas Olimpíadas, o deputado Fernando Máximo (União-RO) apresentou um projeto de lei prevendo a venda da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) para que os recursos sejam usados na reforma da Vila Olímpica, no Rio de Janeiro.
Além de melhorias no local, o parlamentar propõe a construção de um centro de treinamento de excelência para atletas que poderia ainda ser usado para eventos esportivos nacionais ou internacionais.
Para o deputado, a privatização ou concessão da EBC seria uma forma de manter sua sustentabilidade financeira e operacional.
O projeto prevê ainda que o Orçamento hoje destinado à empresa pública de comunicação, algo em torno de R$ 600 milhões, seja destinado para um programa de formação de atletas paralímpicos.
Antecedentes
Em 2021, a EBC chegou a ser incluída no Plano Nacional de Desestatização do governo Jair Bolsonaro, mas foi retirada da lista em abril do ano passado.
Até 2020, a estatal contava com mais de 1.880 funcionários. Além da TV Brasil e da Agência Brasil, a companhia cuida de nove emissoras públicas de rádio pelo país.
Como mostrou a Folha, a antiga Vila Olímpica fluminense, criada para ser vendida no mercado imobiliário, ainda tem quatro dos sete condomínios fechados, sem autorização da prefeitura para habitação.
Dividida em residenciais para venda, o empreendimento, localizado em Jacarepaguá, ocupa uma área de 820 mil m², com 31 edifícios de 18 pavimentos cada um.
Dos mais de 3.604 apartamentos construídos, menos de 40% foram vendidos e a avaliação de agentes do mercado imobiliário é de que a ocupação não ultrapassa 30%.
O BTG Pactual tenta, em negociação com a construtora Carvalho Hosken, comprar os imóveis remanescentes que não foram vendidos.
Com Diego Felix
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